Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

09 agosto, 2005

Hipocrisia universitária

Que R. Jefferson é uma daquelas pessoas que nunca me venderia um automóvel, disso não tenho dúvidas.
Que o R. Jefferson sempre manteve ligações perigosas e duvidosas em todos os seus mandatos, também não duvido.
Que o R. Jefferson desde os tempos do Collor sempre se posicionou no lado mais atrasado e reacionário do campo político, não há como contestar.
Na verdade, o R. Jefferson é um daqueles políticos que vão sendo expurgados do cenário político cada vez que a sociedade avança pelas veredas da democracia.
Os Rs. Jeffersons da vida sempre existirão, mais ou menos presentes na vida pública, conforme o grau de esclarecimento da sociedade.
O que me chama a atenção, conforme publicado no “O Globo” de hoje, é o fato de R. Jefferson ter sido tremendamente hostilizado quando presente na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo para proferir uma palestra.
Não entendi, ou faço de conta que não, mas não posso ficar ser perguntar, por que o R. Jefferson foi atacado e xingado de “picareta” e “ladrão” durante todo o tempo que permaneceu tentando falar na Faculdade?
O R. Jefferson por ter seus interesses pessoais atacados e sentindo-se acuado, resolveu partir para a briga, denunciou talvez o maior esquema de corrupção montado na história da República. Se os seus propósitos iniciais eram vingativos, tentando retalhar seus acusadores, após a descoberta da “petequinha” de três mil reais aceita por um de seus aliados nos Correios, na verdade R. Jefferson com suas denúncias sobre o mensalão prestou um grande serviço à nação.
Longe de mereceu busto ou placa em via pública, ou mesmo um voto que seja no futuro, R. Jefferson evitou com suas denúncias que uma ditadura corrupta se instalasse no país pelas próximas décadas, na verdade, evitou um mal maior quando lavou suas mãos na pia virgem dos éticos petistas.
A estudantada ficou zangada com R. Jefferson por ele ter declarado que recebeu uma “pratinha” (quatro milhões) do Valerioduto, ou por que denunciou que a musa não era mais virgem?
Até aonde os R$ 1.180.000,00 recebidos pela UNE influenciaram nessas laranjadas que atingiram o R. Jefferson?

2 comentários:

Elaine disse...

Amigo Ozéas o quê esperar de um presidente e um partido que queriam se perpetuar no Governo? Eles fizeram o certo. Compraram os estudantes, os políticos estão tentando nos desarmar. Mas graças a Deus, o "Roberto Jefferson" com toda a sua cara de pau, como o amigo disse, nos prestou um grande favor. O problema é que quem se vendeu não quer perder a boquinha. Pois diga-me, em que época a UNE teve em suas mãos um valor tão grande de "incentivo" do Governo? Pois, é... e por aí vai...

Ricardo Rayol disse...

Com certeza tem dedo da UNE nisso, até é merecido por sinal. Mas ele tá virnado celebridade não acham?