Os amigos que passarem por aqui por favor, mantenham as luzes acesas, volto logo.
Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão
"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)
26 janeiro, 2006
Férias
Os amigos que passarem por aqui por favor, mantenham as luzes acesas, volto logo.
25 janeiro, 2006
Não sei
Pois é, um assunto que tem sido tratado com tanto destaque nos noticiários, não conseguiu me empolgar ou me fazer tomar um posicionamento, no mínimo contra ou a favor. Olha que sou um daqueles poucos nesse país que tenta diariamente acompanhar o noticiário político e as principais modificações legislativas, até mesmo porque, parte dos meus vencimentos é frutos desse tipo de conhecimento.
De maneira simples e explicada, a “verticalização” é o vínculo entre as coligações partidárias nacionais refletidas hierarquicamente nos Estados, ou o mesmo vínculo simétrico envolvendo Estados e Municípios durante o processo eleitoral, ou seja, se há uma coligação partidária no âmbito nacional para Presidência da República entre o PRP e o PTR, a mesma composição das forças políticas deve ser respeitada nas eleições proporcionais estaduais (deputados federais e estaduais), como também nas majoritárias de cada unidade da Federação (senadores e governadores). Até ai entendi tudo, só não consegui me posicionar no que seria melhor para o processo eleitoral e claro, para o país.
Se por um lado a “verticalização” fortalece as relações partidárias, fazendo com que as legendas tenham um maior compromisso com seus ideários estatutários, por outro, querer unificar realidades diversas existentes, é entregar aos “caciques” dos partidos a decisão de com quem e quando devem ser travadas alianças, enfraquece a vontade popular e tira das bases a melhor composição para cada situação específica.
Quando me afasto no raciocínio casuístico do que é “melhor” para as próximas eleições, até porque ainda gosto de leis que são escritas com propósito de perdurarem no tempo, independentemente do “momento” ou da “conveniência” de ocasião, mais me aproximo da dúvida causada pela falta de discussão e participação popular na matéria pautada no Congresso Nacional.
Nesse exato momento do post, está aprovado em primeiro turno o fim da “verticalização”. Aguardo a segunda votação para balançar a cabeça e aceitar passivamente, qualquer que seja o resultado.
24 janeiro, 2006
Persona non grata
Contemplada com oito pontos na cabeça, a ex-miss de Bora Bora que estava no mesmo clube noturno que o “possuído”, envolveu-se numa rusga com uma das filhas do valentão, quando teve atirado contra si pelo “corajoso” um vaso. A agressão valeu ao “crack” (no duplo sentido claro!) uma ação penal e, se Deus quiser, pode ser condenado a até três anos de prisão. Leia Mais
Algumas pessoas têm o toque de Midas, as coisas se transformam rapidamente em ouro com seus toques. Outros por sua vez, têm o toque de “Merdas”, na verdade esses nem precisam tocar em nada, a própria presença basta para atrair todos os fluídos negativos. Maradona tem essa “qualidade”, tudo que fala, tudo que toca e aonde se encontre tem o destino da confusão. Nem na sua “carreira” (novamente, no duplo sentido) deixou de aprontar, amparado por um povo imbecil e arrogante, como estou sendo agora, humilhou sua seleção quando se envolveu com a cocaína e desrespeitou o esporte mundial.
Maradona quer vir ao Brasil para o carnaval, quer ficar no Rio de Janeiro para acompanhar a festa. Não venha não Diego, go home, você por onde passa se torna persona non grata.
Projeto social
Com o fracasso do projeto “Primeiro Emprego”, não tendo conseguido cumprir a meta de 10 milhões de novos postos de trabalho até o fim do mandato, inspirado na onda Juscelino Kubitschek, que tinha como meta cinqüenta anos de realizações em cinco de governo, bem como as proximidades das eleições, resolveu a burocracia palaciana de uma só tacada mostrar que tapar buracos tornou-se seu maior projeto social.
23 janeiro, 2006
Marcando posição
Duvido muito que o Parquet Federal consiga alguma coisa com a medida proposta, a pressão vai ser grande, afinal, o caixa está baixo e vem eleição por ai.
Ironia do destino
O periódico “Migalhas Jurídicas”, nos fez lembrar que por aquelas ironias do destino, assume a partir de junho de 2006 a presidência do órgão Superior Eleitoral o Ministro Marco Aurélio Mello. Para quem não se lembra, o supremo magistrado não é ninguém menos que o primo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, por quem a propósito, foi indicado a ocupar a vaga na Corte.
Imparcialidades à parte, o Ministro-maior-fiscal-das-eleições de 2006 já soltou a primeira farpa, dizendo que o operário-meu-patrão "deveria dar o exemplo evitando antecipar a campanha". Marco Aurélio fez alusão às ultimas manifestações pró-reeleição de aliados do governo em solenidades oficiais, nas quais Lula inclusive estava presente.
Como o art. 2º da Constituição principia a independência e harmonia dos Poderes da República, estaremos a partir de junho diante de uma silenciosa luta de Poderes, onde estará em jogo o “querer” do candidato e o “poder” autorizado pela lei, tudo sobre rigoroso controle do magistrado.
Aprendendo mais uma lição, me atrevo a criar um novo provérbio: Depois de um Nelson Jobim vem sempre um Marco Aurélio Mello.
21 janeiro, 2006
Querem nos enganar
Ainda não estão presentes todos os candidatos e, essa visão maniqueísta de “bom” e “mau”, “contra” ou “a favor”, tende a ser desfeita com o decorrer da campanha. Não existe um “natural” candidato contrario ao governo.
Uma coisa é certa, pelo menos é o que indicam hoje as pesquisas, haverá segundo turno.
Ora, então porque tenho que ”aceitar” o Serra/Alckmin ou o Garotinho como adversário delle? Vou votar livremente, na verdade já tenho até meu candidato, acho que é o melhor e que vai ganhar, meu voto será decisivo.
O segundo turno é nova eleição, aceito me violentar só pra não deixar elle ganhar, mas no primeiro turno ninguém me engana, o mundo é muito maior do que querem me fazer crer.
Auto-definição
“Querem dar o mesmo tratamento de um homicida para um batedor de carteira, querem a mesma pena para quem bate uma carteira ou mata alguém”.
Nada como uma definição do próprio personagem. É isso que ele é, “batedor de carteira”.
Infelizmente excelência, o Congresso Nacional não pode aceitar punguistas e perseguir só os bandidos mais violentos, não é o caso de tolerâncias, até porque “casa de tolerância” de qualidade em Brasília, já tem uma famosa funcionando do outro lado da Praça.
20 janeiro, 2006
Premiação
A bunda arremessada para dentro do bote inflável é da Rosinha Garotinho.
Parabéns aos vencedores.
Conforme o prometido, segue a premiação com as instruções necessárias.
Instruções:
1) Imprima o “Vale Escada”;
2) Recorte o “Vale Escada”;
3) Dirija-se a qualquer shopping center de sua cidade;
4) Antes de subir na escada rolante procure o administrador geral do shopping;
5) Apresente o seu vale ao administrador;
6) Preencha o "cadastro de usuário de 'Vale Escada'” e deixe sua identidade na administração;
7) Receba o crachá de usuário;
8) Dirija-se até a escada rolante;
9) Suba e desça QUANTAS VEZES QUISER!!!
10) Ao terminar seu passeio, retorne a administração do shopping;
11) Devolva seu crachá de usuário e retire sua identidade retida;
12) Ao retornar ao shopping, sempre que for usar seu “Vale Escada”, proceda conforme os itens 1 a 11;
13) Seu “Vale Escada” tem o prazo de validade de trinta dias a partir de sua impressão.
19 janeiro, 2006
Fidelização
“O objetivo da fidelização é reter os clientes, evitando que migrem para a concorrência, e aumentar o valor dos negócios que eles proporcionam. As empresas desejam clientes fiéis para obter vantagens financeiras. Já nos relacionamentos pessoais, a fidelidade está diretamente ligada a vantagens emocionais”. Leia Mais
Pois bem, o Blog do Ozéas resolveu fidelizar seus amigos-leitores, dando vantagens para aqueles que freqüentam e participam do Blog. Como sou da antiga, e aprendi também que tudo que é de graça perde seu valor de conquista, dentro do processo de retenção de leitores ora iniciado, o Blog está lançando o jogo “DE QUEM É ESSA BUNDA?”
TODOS que acertarem a resposta serão contemplados. O Blog usando de seu prestígio junto aos administradores de shoppings e, através do pessoal do
Novas campanhas virão, afinal nosso objetivo é a felicidade do leitor.
18 janeiro, 2006
Dois posts, três temas, uma idéia.
Ontem encontrei no Blog da Luma outra pepita preciosa. Acostumada a escrever sobre o sol e a lua, amores e desencantos, indicações literárias e o trivial com classe, a Luna nos presenteou com valiosas linhas sobre o terrorismo de Estado praticado nas prisões especiais da CIA que estão espalhadas pelo mundo, particularmente, dedicou um bom espaço de suas considerações à prisão de Guantanamo na ilha de Fidel. Um texto consistente, que vai além das grades ou de práticas de torturas, Luma encontrou as portas de entrada e saída para muitos dos problemas que se meteram os “donos do mundo” e, de tabela, nos arrastam diariamente para legitimação de seus atos.
São dois temas que aparentemente não possuem um elo de ligação, para quem quiser ver dessa forma, são duas tragédias da modernidade no nosso mundo. Acontece que não consegui desassociar as duas idéias na minha cabeça e ainda, lembrei de outra matéria publicada em 19/09/2001 sobre as torres Gêmeas destruídas em 11 de setembro de 2001. Sob o título “Quem cria lobos...”, Fritz Utzeri escreveu sobre as mazelas dos miseráveis e esquecidos globais, sobre a própria existência de uma lei material de retorno e sobre os desiguais nesse planeta. A “globalização”, palavra que não ouço a muito, talvez por estar saindo de moda, é desnudada no comentário de Utzeri, quando o mundo ainda em “choque” pelo atentado ao World Trade Center, tentava entender e se perguntava, por que?
Não vou além, poupo meus amigos-leitores de divagações, até porque os três temas indicados são as evidências necessárias às conclusões. A mim bastará a unificação das questões levantadas através da poesia materialista de Albert Einstein, oferecendo à leitura aquilo que acredito seja uma só idéia.
A vida é como jogar uma bola na parede;
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma que você não esteja pronto a recebe-la. A vida não dá nem empresta. Não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.
Albert Einstein
17 janeiro, 2006
Tópico permanente
São recordações que nos acompanharam durante os últimos três anos e serão postadas bem devagar, para nosso deleite e desespero.
Voto Útil
No Blog coloquei inclusive um banner no espaço destinado a “Campanhas e Direitos”, em que esgorjava o dito cujo, que se perceberem já foi retirado.
Perdi, perdemos, sou bom perdedor. Sei que objetivamente não há condições do afastamento do operário-meu-patrão, apesar dos pesares, a “máquina” foi mais forte e como cantava o poeta, “mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.
Assim, o Blog abandona a tese do impeachment e encampa a do “voto útil”. Votar útil pelo Brasil é não ter medo ou vergonha de dizer "não", votar útil é votar no “seu” candidato no primeiro turno e, se necessário, votar num eventual segundo turno “contra elle”.
Sei que muitos amigos questionam esse posicionamento, acham que combinações eleitorais podem nos deixar num segundo turno ente a forca e a guilhotina, ou como diria o amigo Serjão no seu Blog, entre o jiló e o quiabo. Mas não podemos ter medo, por baixo da água podre do esgoto corre água limpa, não há espaço para o nojo, temos que por a mão na água suja para chegar no fundo mais limpo.
Sou da época da redemocratização do país e lembro bem a dificuldade que foi convencer ao eleitor que entre Miro Teixeira, candidato pelo PMDB, herdeiro do patrimônio político populista do Chagas Freitas no Rio de Janeiro e Moreira Franco, candidato do PDS, apoiado inclusive em palanques pelo general Figueiredo, havia uma diferença, e quanta diferença.
Política se faz com compromissos, e o compromisso naquele momento era a redemocratização do país. Perder as eleições no segundo Estado da Federação para o governo militar poderia representar alguns anos de atraso em todo o processo, não poderíamos ter medo, era Miro ou Moreira, não deu outra, deu Brizola.
A vitória do Brizola não era bem a prevista na fórmula acima indicada, mas apesar dos pesares, foi de grande valia para restauração da democracia. Assim é a política, muitas vezes os surpreende.
Volto a questão do “voto útil”. O que é mais importante hoje para o Brasil? Essa resposta deverá ser dada com qualquer configuração que surja num eventual segundo turno. E agora, vou para praia me indignar e esbravejar pelos próximos quatro anos, dizer em alto e bom tom “eu não tenho nada com isso”, ou vou cobra meu voto e minha cidadania exercida?
O Brasil não merece mais quatro anos, ou quem sabe mais, desses salteadores de sonhos. O Blog respeita os defensores do voto nulo, mas nega tal proposição por pura convicção democrática.
16 janeiro, 2006
Só baixaria
Pra onde a gente olha imagina safadeza e vê sacanagem em tudo, e olha que não estou falando em IPTU, IPVA, IR e outras roubalheiras mais, que sempre nos esperam na esquina do início de ano.
Nesses dias não há post que resista também, acaba entrando na onda da gente e sai um monte de bobagens com duplo sentido.
A política se mistura com as vadias, o que já era de se esperar.
O congresso acaba confundido com casa de tolerância, por vezes bem mais freqüentada.
A “musa do verão” fica sendo o buraco do operário-meu-patrão, já que se depender do “dragão doméstico” que ele tem em casa, não chega nem perto do segundo turno.
A propósito, a Sra. Garotinha também não tem nada de bom em! Pode fazer "chapinha" a vontade, quando o produto é ruim, a embalagem só serve pra enganar, quando se abre o pacote, é pura decepção.
Não adianta nem pensar em ir para o botequim tomar uma gelada, acaba entrando na porta errada e lá vem na cabeça pornografia de novo.
Dizer pra patroa que vai relaxar a cabeça dando umas tacadas no bilhar nem pensar...
De tudo concluo que na verdade não é minha cabeça que ficou pervertida, pornográfica são as mensagens que nos passam todos os dias.
15 janeiro, 2006
Procura-se
Por questões éticas omiti a identificação da Instituição de Ensino, até porque sou profissional de outra casa.
Mas o anuncio me lembrou o Detran da minha cidade a cerca de dez anos atrás, na oportunidade o órgão expediu carteira de habilitação para um cego. A coisa funcionava na base do “pagou passou”.
Diante da propaganda ora postada passo a achar mais honesta uma outra Instituição, que exigia um quilo de alimento não perecível como forma de pagamento para inscrição no seu vestibular. Famosa por ter em certa feita enviado pelos correios os carnês de pagamento para todos que se inscreveram no vestibular, antes mesmo da realização da prova, essa arapuca educacional pelo menos deve ter alimentado algum abrigo de crianças ou velhinhos.
Vai entender essa lógica lusitana
Num secador de cabelos:
(Sei lá, você pode querer ganhar tempo....)
Em alguns pacotes de refeições congeladas Swan:
"SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO: DESCONGELAR PRIMEIRO"
(É só sugestão! De repente o pessoal pode estar a fim de chupá-las como picolé...)
Numa touca para a ducha:
"VÁLIDO PARA UMA CABEÇA"
(Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca...) Na embalagem do sabonete anti-séptico Dial:
"INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL"
(Boa! Cabe a cada um imaginar pra que serve um sabonete anormal...)
"NÃO INVERTER A EMBALAGEM"
(Oops!!! leu o aviso...é porque já inverteu!)
No pudim da Marks & Spencer:
"ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO"
(Brilhante!)
Na embalagem do ferro de passar Rowenta de fabricação alemã:
"NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO"
(Gostaria de conhecer a infeliz criatura que não deu ouvidos a este aviso)
Num medicamento pediátrico contra o catarro infantil, da Boots:
"NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINÁRIA PESADA DEPOIS DE TOMAR ESTE MEDICAMENTO"
(Tantos acidentes poderiam ser evitados se fosse possível manter esses travessos miúdos de 4 anos longe dos volantes dos carros e dos tratores Caterpillars)
Nas pastilhas para dormir da Nytol:
"ADVERTÊNCIA: PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA"
(Pode não, deve!!!! Foi prá isso que eu comprei!!!!).
Numa faca de cozinha:
"IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO"
(Será que lá os cachorros e gatos são ninjas disfarçados? Nunca vi nenhum mexer em faca!!)
Numa caixa de luzes decoração de Natal:
"USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR"
(Alguém pode me dizer qual é a 3ª opção??)
Nos pacotes de amendoim da Sainsbury:
"AVISO: CONTÉM AMENDOINS"
(Mania de estragar as surpresas!!)
Numa serra elétrica da Husqvarna, de fabricação sueca:
"NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS"
(Kit de castração caseira??!!)
Num saquinho de batatas fritas:
"VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES DENTRO"
(sem comentários)
Numa fantasia infantil de Super-Homem:
"O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR"
(Traumatizante...Olha como isso destrói a imaginação da criança!)
14 janeiro, 2006
Tolerância zero
Hoje publico outro texto para reflexão dos amigos do Blog, desta feita sobre a chamada “tolerância zero”.
Críticas são bem vindas, pois como diria um amigo meu, “cada um é cada um”.
"Violência urbana e tolerância zero: Verdades e mentira
Aury Celso Lima Lopes Júnior
Doutor em Direito Processual Penal pela Universidade Complutense de Madrid
Professor de Processo Penal na FURG e na PUC/RS e Advogado Criminalista
A sociedade brasileira tem convivido nos últimos anos com uma alta taxa de criminalidade urbana, geradora de um fundado sentimento de temor e insegurança. Recentemente, alguns setores do governo têm postulado pela adoção do famoso programa nova-iorquino de “tolerância zero”, como um modelo a ser seguido no Brasil. O plano americano é reflexo do chamado direito penal máximo, segundo o qual, em síntese, todas as condutas ilícitas, por mais irrelevantes que sejam, devem ser objeto de apenamento, as penas devem ser mais longas, os regimes de cumprimento mais rígidos e as possibilidades de benefícios menores. Como conseqüência, o processo penal deve ser mais célere e utilitarista, no sentido de diminuir as garantias processuais do cidadão em nome do interesse estatal de mais rapidamente apurar e apenar condutas. Esse discurso, quando levado a cabo por políticos hábeis e demagogos, acaba gerando na população o equivocado sentimento de que o programa de tolerância zero é a solução para todos os males.
Nada mais falacioso. O modelo de tolerância zero é fruto de uma equivocadíssima política repressivista norte-americana, chamada de movimento do law and order (movimento da lei e da ordem). O law and order prega a supremacia estatal e legal em franco detrimento do indivíduo e de seus direitos fundamentais. O Brasil já foi contaminado por esse modelo repressivista há mais de 10 anos, quando a famigerada Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8072/90), seguida de outras na mesma linha, marcou a entrada do sistema penal brasileiro na era da escuridão, na ideologia do repressivismo saneador. A idéia de que a repressão total vai sanar o problema é totalmente ideológica e mistificadora. Sacrificam-se direitos fundamentais em nome da incompetência estatal em resolver os problemas que realmente geram a violência.
Exemplo claro do fracasso nos dá o próprio modelo brasileiro. Basta questionar: com o advento da lei dos crimes hediondos (e posteriores) houve uma diminuição no número de delitos graves (latrocínios, seqüestros, tráfico de entorpecentes, etc.)? A política de aumentar penas e endurecer o regime de cumprimento diminuiu as taxas de criminalidade urbana? Obviamente que não. A cada dia ocorrem mais delitos de latrocínio, seqüestros (agora na sua versão “relâmpago”) e o tráfico de entorpecente cresce de forma alarmante, apenas para dar alguns poucos exemplos.
Nos Estados Unidos, o marketing de que a redução da criminalidade urbana em Nova York foi conseqüência da política de tolerância zero, é severamente criticada. É pura propaganda enganosa. Não é prendendo e mandando para a prisão mendigos, pichadores e quebradores de vidraças que a macro-criminalidade vai ser contida. As taxas de criminalidade realmente caíram em Nova York, mas também decresceram em todo o país, porque não é fruto da mágica política nova-iorquina, mas sim de um complexo avanço social e econômico daquele país. É fato notório que os Estados Unidos têm vivido nas últimas décadas uma eufórica evolução econômica, com aumento da qualidade de vida e substancial decréscimo dos índices de desemprego. Nisto está a resposta para a diminuição da criminalidade: crescimento econômico, sucesso no combate ao desemprego e política educacional eficiente.
Ademais, o modelo de tolerância zero é cruel e desumano. Os socialmente etiquetados sempre foram os clientes preferenciais da polícia e, com o aval dos governantes, nunca se matou, prendeu e torturou tantos negros, pobres e latinos. A máquina estatal repressora é eficientíssima quando se trata de prender e arrebentar hiposuficientes. Como aponta Vera Malaguti de Souza (Discursos Sediciosos. Freitas Bastos, 1997) a mensagem do prefeito de Nova York foi muito bem entendida pelos policiais que, ao torturarem Abner Louima, afirmaram: stupid nigger...know how to respect cops. This is Giuliani time. It is not Dinkins times” (crioulo burro...aprenda a respeitar a polícia. Esse é o tempo de Giuliani. Não é mais tempo de Dinkins [ex-prefeito negro de NY]). Essa é a face cruel do modelo, pouco noticiada.
A criminalidade é fenômeno social complexo, que decorre de um feixe de elementos, onde o que menos importa é o direito e a legislação penal. A pena de prisão está completamente falida, não serve como elemento de prevenção, não reeduca e tampouco ressocializa. Como resposta ao crime, a prisão é um instrumento ineficiente e que serve apenas para estigmatizar e rotular o condenado, que, ao sair da cadeia, encontra-se em uma situação muito pior do que quando entrou. Se antes era um desempregado, agora é um desempregado e ex-presidiário. Dessarte, a prisão deve ser reservada para os crimes graves e os criminosos perigosos. Não deve ser banalizada.
Devemos questionar, ainda, porque o modelo escolhido foi o americano se, por exemplo, o inglês é muitíssimo mais eficiente? A polícia inglesa é o extremo oposto da americana. Policiais desarmados, educados e próximos da população. Sem dúvida uma instituição típica de um Estado Democrático de Direito. Sua eficiência é motivo de orgulho para os ingleses. Mas isso é muito difícil para nossos incompetentes governantes, acostumados a fazer prevalecer a força em detrimento da razão.
Em definitivo, estamos sendo vítimas de uma propaganda enganosa, que nos fará mergulhar numa situação ainda mais caótica. É mais fácil seguir no caminho do direito penal simbólico, com leis absurdas, penas desproporcionadas e presídios superlotados, do que realmente combater a criminalidade. Legislar é fácil e a diarréia legislativa brasileira é prova inequívoca disso. Difícil é reconhecer o fracasso da política econômica, a ausência de programas sociais efetivos e o descaso com a educação. Ao que tudo indica, o futuro será pior, pois os meninos de rua que proliferam em qualquer cidade brasileira, ingressam em massa nas faculdades do crime, chamadas de Febem. A pós-graduação, é quase automático, basta completar 18 anos e escolher algum dos superlotados presídios brasileiros, verdadeiros mestrados profissionalizantes do crime".
Sábado de trabalho
Com o fim do sábado anunciam os arautos os proclamas do domingo, com todas suas características de verão. Amanhã provavelmente vai dar praia e eu devo tomar um bom “banho de bar” num quiosque a beira mar.
A propósito do verão, publico o texto a seguir do Luis Fernando Veríssimo, que embora não inédito merece ser lido.
Bom final de semana para todos.
Chegou o verão
E com ele também chegam os pedágios, os congestionamentos na estrada, os bichos geográficos no pé e a empregada cobrando hora-extra.
Qualquer semelhança com a vida real, é uma mera coincidência...
12 janeiro, 2006
Cova rasa
Com toda pompa de obra eleitoral, estando presente inclusive em uma das “inaugurações” o próprio ministro dos transportes, além de outras personalidades como o deputado Sandro Mabel, “aquele” mesmo que acabou de escapar da cassação, o (des)governo do operário-meu-patrão está tapando buracos deixados por governos passados e os seus próprios, que sozinhos comemoram três anos de abandono e descaso, largados pelas estradas do país e que já resultaram em incalculáveis prejuízos materiais e vítimas fatais.
Eu mesmo tive a um mês uma roda de motocicleta empenada numa cratera digna de exploração pela NASA, que a propósito treina um “cosmonauta” brasileiro em suas instalações. Vale até a sugestão para primeira missão do “nosso” explorador, pesquisar a profundidade e largura da fenda que quase me engoliu.
A maneira “urgente” com que se abriu o crédito extraordinário e as “flexibilizações” da lei de licitação diante dessa “emergência” é temerária e deixa no ar dúvidas quanto a lisura da aplicação dos recursos.
Pra terminar uma reflexão, aqueles que achavam que o governo estava indo para o fundo do poço, erraram, vai terminar mesmo é de se afundar agonizante num buraco raso de rodovia federal.
Ato falho
Falando para as câmeras da “Vênus Platinada”, o Secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques a uma possível retaliação, decorrente da frustrada tentativa de resgate de presos da penitenciaria de segurança máxima Presidente Bernardes no dia nove passado.
De olhos na câmera e microfone na boca, esbravejou o Secretário que “se eles pensam que vão intimidar, agora que nos vamos caçar mesmo”.
Deixa eu entender, quando o Sr. Secretário diz que agora vai perseguir os marginais “mesmo”, pra valer, será que ele quis dizer que antes não os procurava “mesmo”, era “meia bomba”, “só par inglês ver” era de “mentirinha”?
Não dá pra trabalhar com segurança de maneira séria somente quando o Estado se torna vítima dos infratores, o combate ao crime se faz de maneira permanente e dedicada, ou como se diz no jargão policial, num eterno “enxugar gelo”, só que com qualidade e de maneira igual para todos.
Tradição
"Flu fica entre os 30 melhores times do mundo em 2005
Tricolor é a segunda melhor equipe brasileira, perdendo apenas para o São Paulo
A Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) divulgou a lista dos melhores times da temporada de 2005. O Fluminense aparece como o 22º colocado e o segundo melhor brasileiro na classificação, perdendo apenas para o São Paulo que foi o sétimo colocado.
O todo-poderoso Real Madrid e o campeão brasileiro Corinthians, aparecem atrás do Tricolor carioca.
Em 2005, o Fluminense conquistou o seu 30º título estadual, chegou à final da Copa do Brasil, além das quartas-de-final da Copa Sul-Americana. O time foi ainda o quinto colocado no Campeonato Brasileiro.Segue a lista dos 30 melhores times da última temporada:
10 janeiro, 2006
Eleições 2.006
Entre as novidades a serem implantadas estão: a obrigatoriedade da prestação de contas quinzenal via internet; a proibição da utilização de dinheiro em espécie para pagamento das despesas de campanha; a substituição da Justiça Eleitoral pela Receita Federal para o exame contábil dos valores apresentados; e a mais esperada das medidas, a responsabilização direta e objetiva do candidato pelas constas da campanha, afastando na prática a responsabilidade do tesoureiro e levando ao próprio candidato todo e qualquer vínculo referente a arrecadação e aos gastos com a campanha.
Não se iludam os que acreditam que a lei mais rígida será coibidora da prática do “caixa dois”, até porque se dependesse de lei, não haveria a mesma prática no comércio, na industria e mesmo nas contas das pessoas físicas, mas já é um começo e deve servir como instrumento inibidor.
Pelo menos com as medidas as expressões “Eu não sabia”, “desconhecia”, “a responsabilidade é do tesoureiro”, e tantas outras desculpas esfarrapadas não poderão mais ser utilizadas. Com acompanhamento quinzenal por via eletrônica, a fiscalização contábil sendo feita por quem entende de números e trabalha com eles na lida diária, bem como a possibilidade concreta da perda da candidatura ou do mandato pela prática ilegal, certamente teremos nas eleições desse ano uma maior transparência, até porque surgirá com essas medidas uma legião de candidatos opositores fiscais, ávidos para achar e denunciar seus oponentes, de olho nas suas vagas.
Caberá finalmente a Justiça Eleitoral criar mecanismos que agilizem a utilização prática das medidas apresentadas, não deixando para o final do mandato dos denunciados a apreciação dos processos de cassação de candidaturas, sob pena de novamente estarmos diante de normas inócuas e desmoralizadas.
Uma boca, dois ouvidos
Em uma dessas andanças na “blogosfera”, fiz um comentário (desabafo) no post “Refrescando a memória de Gilberto Gil”, editado lá no Blog da Santa, que por sinal é “blogueira” de referência pela qualidade dos textos e impar na qualidade artística apresentada.
Pois bem, não vou voltar a polêmica inicial apresentada no post de 09/01/06, acho que por lá as visitas e considerações foram bastante suficientes para enriquecer ainda mais a própria matéria. A questão é outra.
Caridosa com os amigos, a “Santa” prestigiou meu longo e cansativo desabafo e fez dele um novo post, dessa vez com o título “E a propaganda aonde entra nisso?” Gentil como sempre, a “Santa” me honrou em estar presente no seu Blog com destaque, agradeci em apartado por modéstia e orgulho contido.
O “Blog da Santa” é um espaço democrático, recebe e respeita a todos independentemente de colorações ideológicas, exigindo somente dos seus visitantes a educação mínima de limpar os pés no capacho antes de entrar, depois disso deixa todos a vontade, podem falar livremente com o único ônus de terem que escutar se for o caso.
Comentando o post editado a partir de meu texto, agora com o batismo de “E a propaganda aonde entra nisso?” o “blogueiro” Jean Scharlau disse:
“Estes salteadores não jogaram ao chão, nem estupraram, nem entregaram aos cães e chacais as empresas nacionais, como fizeram os que os antecederam, de onde resulta que hoje não temos mais quase nada.
Acho que o leitor do meu comentário original poderá perceber que em momento algum disse que defendia qualquer governo ou governante anterior ao do “operário-meu-patrão”, até porque, já tive oportunidade de dizer e fazer o mea culpa, declarando meu voto nesses estelionatários que ajudei a instaurar no poder. Meu voto no 13 me deu muito mais azar do que esperava, e hoje quando critico qualquer comportamento vindo do Planalto Central, o faço como outorgante de procuração desonrada, cujo instrumento por cláusula pré-fixada não admite substabelecimento antecipado.
Portanto, confundir a defesa da liberdade de expressão, das instituições democráticas e do texto constitucional que defendi, nada tem em comum com a tese sustentada por Jean Sharlau de entreguismo ocorrido no reinado de FHC. O que sustentei e sustento que esse governo que está ai, sempre que pode e que lhe dão espaço, avança nas liberdades individuais e na supressão de direitos, sempre que lhe é possível, aumenta o controle do Estado sobre os cidadãos e reduz a independência dos Poderes e a autonomia das instituições, valendo-se de leis notadamente inconstitucionais. Ou Jean leu com poucas luzes meu texto original, ou tem má-fé no coração quando tenta desviar o foco da questão para o campo que lhe parece ser mais interessante e conveniente.
Ainda e já que “levantou a bola”, o “blogueiro” Jean ataca o que chamou de “privilégios” dos funcionários públicos, por receberem acima do limite nacional estabelecido para as aposentadorias, diz que “ganham em média R$9.000, brasileiros comuns, da iniciativa privada, ganham em média R$900. Os``príncipes`` acham ruim aposentadoria de R$2.400”. Diante dessas ponderações, novamente creio que ou estamos diante de uma má conduta moral ou completo despreparo para falar sobre o assunto, prefiro ficar com a segunda posição, a da ignorância dos fatos e da lei.
Realmente, os funcionários públicos recebiam aposentadorias integrais ao término de seus trinta anos de serviço público prestados, diferentemente dos empregados privados que não poderiam passar dos limites conforme mencionado, entretanto, os funcionários públicos sempre contribuíram sobre a totalidade de seus vencimentos, ou seja, se recebiam R$ 9 mil, contribuíam para a previdência sobre os R$ 9 mil, diferentemente dos trabalhadores da iniciativa privada, que se recebem R$ 9 mil e sempre recolheram suas contribuições ao limite de vinte salários mínimos, assim e por isso, a “poupança” previdenciária que realizaram é equivalente ao que hoje recebem. Pouco? Sem dúvidas, mas nunca foram impedidos de complementar seus pecúlios futuros através do pagamento da previdência privada.
Só para final esclarecimento do assunto, após a reforma implantada os novos servidores públicos passaram a ter o limite igual ao trabalhadores “comuns”, sendo que contribuirão, se quiserem, para uma outra caixa previdenciária a ser criada pelo governo federal, ou seja, tudo mudou mas nada ocorreu que já não ocorria antes. Pagarão mais sobre seus salários para receber mais na aposentadoria.
09 janeiro, 2006
Tempos de BBB
A noticia da conta do “BBG - Big Brother de Gorilas”, onde na televisão da República Tcheca, um gorila com três fêmeas e um filhote, disputam o voto do público no reality show, que conta com a cobertura de 16 câmeras na casa onde ficam os “artistas”.
A reportagem conta até com um link para um filme, que mostra as impressões dos produtores e do público do programa, além é claro de tomadas de cenas dos artistas principais.
Para quem quiser “dar uma olhadinha”, dá um pouco de trabalho se não tiver Real Player instalado, porque para ver a matéria que também é em inglês, necessita-se do programa. Download Aqui
De qualquer forma, acho que quando menos se esperar o Senor Abravanel vai copiar o programa e colocar no seu canal, até porque, descobri essa semana que por lá está passando um outro plágio do BBB, sendo que com noivos ou pessoas que querem se casar, confesso que não entendi bem a dinâmica.
Agora resta minha dúvida, não sei qual Big Brother acompanhar nesse verão, se o dos gorilas tchecos ou os da fauna nacional.
Carapuça
Importa a autoria real, mas não interfere tanto assim agora. O que mais importa entretanto, é que realmente, “to ficando velho”.
To ficando velho!
Um dia desses, às 2 da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente na saída do show do Charlie Brown Jr. Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa. "E aí, o show foi legal?". A resposta veio de uma mais exaltada do banco de trás: "Cara! Tipo assim, foda!". E a outra emendou: "Tipo foda mesmo!". Fiquei tipo assim calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista.
Tô precisando conversar um pouco mais com minha filha, senão daqui a pouco vamos precisar de tradução simultânea. Pra piorar ainda mais, inventaram o ICQ, essa praga da Internet onde elas ficam horas e horas escrevendo abobrinhas umas pras outras, em código secreto. Tipo assim: "kct! vc tmb nunk tah trank, kra. Eh d+, sl. T+ Bjoks. Jubys". Em português: "Cacete! Você também nunca está tranqüila, cara. É demais, sei lá. Até mais, beijocas. Jubys". Jubys, que deve ser pronunciado "diúbis", é isso mesmo que você está imaginando, a assinatura. Só que o nome de batismo é Júlia, um nome bonito, cujo significado é "cheia de juventude", que eu e minha mulher escolhemos, sentados na varanda, olhando a lua. Pois Jubys é hoje essa personagem de cabelo cor de abóbora, cheia de furos na orelha que quer encher o corpo de piercings e tatuagem. Tô ficando velho!
Outro dia tentei explicar pro mesmo bando de adolescentes o que era uma máquina de escrever. Nunca viram uma. A melhor definição que consegui foi "é tipo assim um computador que vai imprimindo enquanto você digita". Acho que não entenderam nada. Eu sou do tempo do mimeógrafo. Pra quem não sabe, é uma máquina que você coloca álcool e dá manivela pra imprimir o que está na folha matriz. Por sua vez, essa matriz precisa ser datilografada (ver "datilografia" no dicionário) na tal máquina de escrever, sem a fita (o que faz com que você só >descubra os erros depois do trabalho feito), com o papel carbono invertido. Enfim, procure na Internet que deve haver algum site sobre mimeógrafo, papel carbono, essas coisas. Se eu ficar explicando cada vocábulo descontinuado, não vou conseguir acompanhar meu próprio raciocínio.
Voltando às garotas, a cultura cinematográfica delas varia entre a "obra" de Brad Pitt e a de Leonardo de Caprio. Há anos tento convencê-las a ver "Cantando na Chuva", mas sempre fica para depois. Um dia, cheguei entusiasmado em casa com a fita de um filme francês que marcou minha infância: "A guerra dos botões". Juntei toda a família para a exibição solene e a coisa não durou nem 5 minutos. O guri foi jogar bola, Jubys inventou "um trabalho de história sobre a civilização greco-romana que tem que entregar tipo assim até amanhã senão perde ponto" e até minha mulher, de quem eu esperava um mínimo de solidariedade, se lembrou que tinha um compromisso com hora marcada e se mandou. Fiquei ali, assistindo sozinho e lembrando do tempo em que eu trocava gibi na porta do capitólio.
Uma amiga me contou que o filho de 10 anos ficou espantado quando viu um telefone de discar. Sabe telefone de discar? É tipo assim um aparelho sem teclas, geralmente preto, com um disco no meio, todo furado, onde cada furo corresponde a um algarismo. Você enfia o dedo indicador no buraco correspondente ao número que precisa registrar, gira o negócio até uma meia lua de metal e solta a roleta, que lá por dentro está presa a uma mola e faz ela voltar à sua posição inicial. Esse aparelho serve para conversar com outra pessoa como qualquer telefone comum, desde que esteja, é claro, conectado na parede.
Eu sou do tempo em que vidro de carro fechava com maçaneta. E o Fusca tinha estribo e quebra vento. Não espalha, mas eu andei de Simca Chambord, de DKW, Gordini, Aero Willis e até de Romiseta. Não dá pra explicar aqui o que era uma Romiseta, só vou dizer que era tipo assim um veículo automotivo, com 3 rodas, que a gente entrava pela frente e a direção era grudada na porta. Procure na Internet, deve haver um site.
Tá bom, tá bom, confesso mais. Usei Camisa Volta ao Mundo, casaquinho de Banlon, assisti à Jovem Guarda, o Direito de Nascer, mas é mentira essa história de que meu primeiro disco gravado foi em 78 rotações. Há pouco tempo, João, meu filho de 8 anos, pegou um LP e ficou fascinado. Botei pra tocar e mostrei a agulha rodando dentro do sulco do vinil. Expliquei que aquele atrito gerava o som que estávamos escutando mas aí ele já estava jogando o Pokemon Stadium no Game Boy.
Não é que ele seja desinteressado, eu é que fiquei patinando nos detalhes. Ele até que é bastante curioso e adora ouvir as "histórias do tempo em que eu era criança". Quando contei que a TV, naquela época, era toda em preto e branco ele "viajou" na idéia de que o mundo todo era em preto e branco e só de uns tempos para cá é que as coisas começaram a ganhar cores.
Acho que de certa forma ele tem razão. Tipo assim...
Caça-Fantasmas
“Guilherme é o fundador de uma das comunidades mais polêmicas do orkut: "Profiles de Gente Morta". Ok, primeiro vamos deixar claro o que é um profile pra quem ainda não sabe. Toda vez que uma pessoa entra como membro do orkut, um gigantesco site de relacionamentos, ela preenche um perfil (profile) onde põe todos os seus dados: sua idade, se está solteira ou não, do que gosta, do que não gosta, suas fotos, as fotos dos amigos, suas comunidades favoritas, enfim…
08 janeiro, 2006
Meia volta
Perguntar “você é contra ou a favor da venda de armas e munições”, foi uma articulada pergunta dos que acreditavam numa resposta positiva, ou seja, os defensores do “sim” antecipavam-se a resposta do eleitor, acreditavam numa vitória esmagadora de suas propostas, o que inviabilizaria por questão lógica a pergunta que ora é posta.
Derrotado o “não”, estaria proibido o comercio de armas, sendo imaginável como passo seguinte medidas para o desarmamento completo da sociedade, através de indenizações compulsórias num primeiro momento ou mesmo através de compulsória devolução ao mais resistentes num estágio final.
Tudo combinado, ajustado e pensado nos detalhes, só esqueceram de acertar com o povo, que em manifestação impar através do referendo, rechaçou a proposta desarmamentista e defenestrou os planos dos “pacifistas” de ocasião.
E agora, a população é contra ou a favor que o cidadão tenha uma arma de fogo? Essa pergunta será respondida pelo Congresso Nacional, que através da discussão de projeto de lei de autoria do Deputado Alceu Collares, poderá revogar o atual Estatuto do Desarmamento.
Projeto de lei pretende revogar Estatuto do Desarmamento
O Projeto de Lei 6107/05, do deputado Alceu Collares (PDT-RS), se aprovado, irá revogar integralmente o Estatuto do Desarmamento (Lei 10826/03). O projeto foi apresentado depois que a maioria da população brasileira rejeitou, no referendo de 23 de outubro do ano passado, a proposta de proibição do comércio de armas de fogo e munição. Leia Mais
05 janeiro, 2006
Da série "perco o amigo, mas não a piada"
Há um ano e meio, depois que uma galinha morreu e deixou seis pintinhos sem mãe, o galo resolveu assumir a tarefa. Para o veterinário Rodrigo Ritt, o galo é normal e a novidade é uma simples mudança de comportamento”. Fonte:Terra/popular
04 janeiro, 2006
Advogados X “Adevogados”
Como qualquer atividade que se populariza, e não seria diferente na massificação do ensino jurídico, dois segmentos surgem decorrentes dessa questão quantitativa, um positivo, com o brotar de novos profissionais mais habilitados a operarem em suas áreas, visto que em um universo maior de pessoas exercendo determinada atividade, certamente maior o é percentual daqueles com melhor qualificação. Por outro lado a massificação trás consigo também, um grande e significativo número de pessoas que desmerecem o grau imposto por ocasião de sua formatura.
Usando de imagem comparativa, somos os melhores no futebol mundial, tal como os americanos no basquete, porque temos respectivamente, campos e quadras em cada esquina. Criamos verdadeiro “celeiro de craques”, mas também formamos uma multidão de “pernas-de-pau”.
Portanto, a massificação do ensino jurídico tem seu preço e as repercussões positivas e negativas são proporcionais ao seu tamanho. Respeitando todas as profissões, mas o exemplo já se tornou clássico, quem não conhece “aquele” motorista de táxis que ostenta seu diploma de Bacharel em Direito ao lado de sua habilitação? Por outro lado também, quem não conhece “aquele” jovem advogado de sucesso, faturando horrores no mercado e com uma cultura jurídica invejável?
No último dia vinte e oito em entrevista bastante dura, mas não de toda mentirosa, o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, acusou, infelizmente de maneira um tanto leviana, vez que falou em “maioria” quando referiu-se às Faculdades de Direito, que estas estariam formando “analfabetos jurídicos”. É uma curta mas interessante matéria que disponibilizo aos amigos do Blog. Leia a Matéria Aqui
03 janeiro, 2006
E por falar em ética
A propósito, sempre esteve a serviço do governo, só que agora vai tirar a beca e vai colocar o macacão.
Segundo Andréa Pachá, presidente interina da AMB — Associação de Magistrados Brasileiros: “A magistratura defende que a função de magistrado não seja usada como trampolim para atingir um cargo político. O Judiciário deve ter sua imparcialidade muito clara”. Leia Mais
Pérola do Cláudio Humberto
01 janeiro, 2006
Valores I
A carta a seguir me foi passada por uma professora amiga, que indignada lamentava o fim dos valores. Realmente é de embrulhar o estomago.
Publiquei na ordem, assim no post seguinte publico a resposta do professor.
Excelentíssimo Dr. Professor Rubens Araújo de Oliveira,
Valores II
2.006 chegou
Vamos escrever o futuro de 2.006 a partir de hoje, quando a gente menos esperar ele já será adulto e estará se despedindo de nós. Nosso futuro terá um belo passado nas recordações que deixarmos.
Vamos a luta!