Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

29 outubro, 2008

Charada

No complexo penitenciário de Bangu/RJ estão internados os criminosos mais perigosos do Rio de Janeiro, julgados ou aguardando julgamento. No local já existem oito presídios construídos, abrigados os custodiados conforme a facção (Comando Vermelho – CV, Amigos dos Amigos – ADA , Terceiro Comando – TC), grau de periculosidade ou por direito a prisão especial.

Pois bem, era lá em Bangu VIII que o ex-policial militar Ricardo Carvalho dos Santos, conhecido como “Batman” estava preso aguardando julgamento.

“Batman estava na cadeia desde agosto de 2007. Ele foi preso em flagrante depois de matar duas pessoas e tentar assassinar um policial militar no município de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Batman faria parte do mesmo grupo do deputado estadual sem partido Natalino Guimarães, do vereador licenciado Jerominho Guimarães (PMDB), e dos filhos de Jerominho, a vereadora eleita Carminha Jerominho (PT do B) e Luciano Guinâncio Guimarães” (
leia mais).

Da mesma forma que não existe crime perfeito, também não há cadeia inexpugnável, isso todos sabemos. Alcatraz, a Ilha do Diabo, Ilha Grande, todas consideradas cadeias de segurança máxima, também possuem suas estórias de fugas espetaculares.

Da Ilha Grande, José Carlos dos Reis Encina, o “escadinha”, fugiu de helicóptero, numa manobra espetacular; da Ilha do Diabo, o protagonista do livro “Papillon”, posteriormente em filme, interpretado por Steve McQueen, fugiu boiando sobre côcos, após lançar-se aos rochedos da arrebentação; a Prisão de Alcatraz, em São Francisco/EUA, que oficialmente nunca registrou uma fuga sequer, serviu de inspiração para o filme protagonizado por Clint Eastwood, “Fuga de Alacatraz”, que relata a possibilidade de três detentos que atingiram a liberdade pelo mar.

Durante a contagem de presos em Bangu VIII, na manhã da última segunda-feira, foi detectada a fuga do miliciano Ricardo, talvez não tão espetacular como as anteriores, mas destacável pela sua ousadia.

O preço do vôo do “homem-morcego”, R$ 2.000.000,00, possivelmente pagos por Alfred, seu fiel mordomo (
vaquinha).

1357

Na madrugada de hoje, foi deflagrada a “Operação 1357”, que levou à cadeia o conhecido contraventor Aniz Abraão David, o “Anísio da Beija-Flor” e, entre outros, o Agente de Polícia Federal Luciano Botelho, presos pela suposta exploração de máquinas caça-níqueis em Natal/RN (noticias terra).

As operações da Polícia Federal normalmente batizadas com nomes de fantasia, por vezes de criatividade duvidosa, dessa vez foram superadas, não só em originalidade, como também em qualidade.

O dado interessante do nome escolhido para a operação policial está na relação, entre a forma de tratamento que os membros da suposta organização se davam, se chamavam de “primos”.

Na versão policial, os “primos” formavam uma “família”, quadrilha ou bando, voltado às práticas ilícitas da exploração de jogos não autorizados. Na matemática “a propriedade de ser um primo é chamada ‘primalidade’, e a palavra 'primo' também é utilizada como substantivo ou adjetivo. Como 'dois' é o único número primo par, o termo 'primo ímpar' refere-se a todo primo maior do que dois” (
Wikipedia).

O nome é bom de tudo, até porque, mesmo se “vazasse” qualquer indicativo da realização da operação, por seu nome jamais seria identificada.

A propósito, segundo consta, ainda em “off”, o policial federal foi preso no pátio da Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro, isso porque estava escalado para participar da mesma, só não sabia que figuraria no polo passivo da missão.

26 outubro, 2008

A Cesar o que é de Cesar

Para prefeitura do Rio de Janeiro, ganhou o herdeiro natural de Cesar Maia.

Essa aparente oposição declarada durante toda campanha, nada mais é que teimosia e interesses não atendidos, os dois são iguais, não há exagero em dizer, são a mesma pessoa política.

Eduardo Paes é cria do alcaide carioca, foi seu subprefeito e secretário de governo, não seria nada sem a água de batismo do seu padrinho político.

Com estilo técnico, empreendedor, gestor de coisa pública, deixando as questões políticas num segundo plano, assim é Eduardo Paes, assim é Cesar.

Paes é um político preocupado com números, planilhas, fluxo de caixa e manga de camisa virada segurando a enxada para a foto. Não se iludam, Solange Amaral, candidata oficial da situação perdeu, desde sua indicação até os pífios 3,92% dos votos no primeiro turno, mas Cesar Maia ganhou.

Tantas foram as trocas de partido do Paes em 15 anos (PFL, PTB, novamente PFL, PSDB e PMDB), que não será estranho, muito em breve, que o filho pródigo volte para suas origens, volte para os braços de Cesar.

22 outubro, 2008

Atenção crianças, não tentem fazer isso em casa!


Cada coisa... Já soube que uma vez um menino ficou preso numa piscina de um clube do subúrbio no Rio, a criatura colocou seu "brinquedinho" no buraco de sucção, na parede da piscina, ai só teve um jeito, chamar os bombeiros para tirá-lo de lá "inteiro". Fico imaginando a gozação que esse garoto sofre até hoje.

No outro dia li quem um indiano se casou com uma cadela, parece que era pra se livrar de uma maldição relacionada a morte de outros dois caninus. Será que nesse casamento tem dever conjugal obrigatório?

Curiosidades e fetiches à parte, quem não os tem, mas como diria o profeta, há coisas e coisas!

Hoje, dando uma volta no portal Terra, noticias popular, encontrei um link interessante, Lavador de carros e preso por sexo com aspirador, não fiz por menos, fui lá pra conferir... não é que o camarada estava se aproveitando do coitado do aspirador da empresa!

Parece que depois da temporada na cadeia, o dono da lavadora de automóveis vai obrigar o rapaz a reparar seu erro, vai obrigá-lo a se casar com o aparelho.

Ele não é o primeiro, nem será o último, a notícia fala também num polonês, que em março justificou o flagrante dizendo que estava aspirando a cueca. Conta outra vai...

20 outubro, 2008

Trinta anos depois

Em todos os anos da história, são registrados acontecimentos que os marcam. O ano de 1978 é o da morte de dois Papas, Paulo VI e João Paulo I, esse último, substituído por Karol Jozef Wojtyla, João Paulo II; nos EUA, seguidores do Pastor Jim Jones, praticam o suicídio coletivo, ocasião que morreram mais de 900 pessoas; a Argentina foi campeã mundial enquanto ficamos com o terceiro lugar...

1978 registra o início do fim do regime militar no Brasil, com o envio pelo Presidente Geisel ao Congresso Nacional da emenda que sepultaria o AI-5; é o ano da eleição indireta do Gen. João Batista de Figueiredo, aquele que dizia “prender e arrebentar” quem conspirasse contra a abertura política; nesse mesmo ano visita o país o Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, que se solidariza aos presos políticos, apoiando a anistia ampla geral e irrestrita, indicando como meta de relações internacionais de seu governo para o Cone Sul, a redemocratização do continente.

É também o ano em que dois jovens resolvem publicar pela primeira vez seus poemas. É o ano em que esses dois amigos mostram e desnudam seus sonhos e aflições, através da palavra escrita.

Trinta anos se passaram, pouco restou do ano de 78, mas permanecem aprisionados nas folhas em branco daquelas páginas, os registros de um tempo, os registros captados por dois olhos juvenis, que viviam seu tempo, mas nem por isso descompromissados.

Em setembro de 1978 era publicado o livro “
Aos Pés da Letra”, dividido por seus autores Ozéas Lopes Filho e Maria Celina Martins, que agora é reeditado através da internet, sendo disponibilizado a todos que queiram passear pelas palavras jovens e angustiadas de seus autores.

11 outubro, 2008

Vivos

É grave a crise, disso ninguém mais tem dúvidas. Não sou economista ou especialista em mercado, quando muito um curioso das leis, atividade que me ensinou a busca a exegese, o espírito, a idéia central do pensamento do seu criador.

Através da interpretação das normas aprendi a olhar as nuvens, a olhar o tempo e ver que embora algumas tempestades possam durar mais que o desejado, um dia vai passar.

O país tem toda chance de sair da crise com um dos menores índices de baixas de todo o mundo, não por obra e graça e uma política econômica inteligente, ou por gestão responsável do seu mandatário maior, o operário-meu-patrão, mas por coincidência, sorte e uma política inicialmente proposta, de sacrifícios principalmente à classe média, que agora irá resultar em saldo positivo para a assistência que se fará necessário.

A verdade é que para nós a política de crise já existe há muito tempo, a questão é que até agora o mundo vivia na bonança, enquanto guardávamos, sabe Deus pra quem, como formigas que esperavam um inverno castigador.

Acasos da vida, fomos “previdentes” demais enquanto os outros cresciam e aproveitavam a fartura, agora ouvimos as cigarras chorando na nossa porta, puro acaso, até porque NINGUÉM tinha condição de prever que o inverno chegasse com tanto frio.

Herança ainda de Fernando Henrique Cardoso, a inflação está contida (
IPC-FGV de 5, 59% em um ano), portanto, com gordura para queimar, não fará irreversível estrago na nossa economia o crescimento de alguns poucos pontos percentuais relativos ao aumento de preços, diante da fúria dos vendavais financeiros internacionais.

Com
superávit primário até o mês de agosto de R$ R$ 108,4 bilhões no ano, o governo tem caixa para enfrentar oscilações bruscas de preço e despesas extras que surjam diante de dificuldades ainda ignoradas.

Nossos bancos obedecem a taxas de depósitos compulsórios altíssimos, figurando entre as maiores do mundo, política iniciada ainda na gestão de FHC, quando resolveu intervir no sistema financeiro, socorrendo bancos em dificuldade através do
PROER, a época tão criticado, mas que agora dá liquides e certa segurança aos ativos. (leia mais )

Isso para não falar que temos a terceira maior carga tributária do planeta, ou seja, o país também tem margem de corte nesses índices para fomentar o enfrentamento recessivo.
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E nossa taxa de juros, só para o consumo de pessoa física os índices de agosto eram de 135,27% ao ano. Enquanto o Federal Reserve - FED, anuncia corte de 0,5%, juntamente com o Banco Central Europeu - BCE, se o Brasil baixar em 30% suas taxas, ainda assim, estaremos além de qualquer taxa civilizada e operacionalmente melhores para enfrentar a recessão que se anuncia.

Por último, as reservas cambiais do país estão na ordem de
US$ 200 bilhões, dinheiro suficiente, se corretamente utilizado, para socorrer a economia como um todo e evitar especulações com a moeda, desde que não aplicado em programas eleitoreiros e populistas, ignorando a gravidade do momento.

Sairemos vivos, não ilesos, mas vivos. Algumas portas derrubadas pelos ventos, algumas casas destelhadas, mas no final, vivos. Repito, não por uma política consciente de uma crise que se aproximava, adotada nos últimos oito anos, mas boa parte por sorte, isso porque não deu tempo de ser queimado nosso estoque, nossas reservas, a crise chegou antes das eleições que acontecerão em dois anos.

07 outubro, 2008

Manicômio

O que vai acontecer...

“O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje que o governo vai preservar os recursos para a área social e para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) previstos no Orçamento de 2009, mesmo que haja uma frustração de receitas por causa de uma desaceleração da economia...

...O governo prevê um crescimento de 5,5% na economia neste ano e de 4,5% em 2009. Mas analistas já falam em uma desaceleração para cerca de 3,5% no próximo ano...

...‘Se for uma redução muito grande, vamos ter de fazer um grande corte de despesas. O que nós temos como critério é não cortar recursos da área social e não cortar recursos do PAC, e depois distribuir o corte de forma a minimizar o impacto sobre as outras áreas’, disse o ministro em audiência na Comissão Mista do Orçamento”. (leia mais)

O que ele fala...

“O Presidente Lula da Silva recomendou hoje aos brasileiros, ao inaugurar em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, a primeira plataforma de petróleo totalmente construída no Brasil, que mantenham a normalidade da vida apesar da crise financeira mundial...

‘Durante muitas semanas vai se falar em crise no mundo. A bolsa vai subir e vai descer... Não se abalem, porque esse país se encontrou com seu destino’”

As contradições...

...‘Talvez seja a maior crise dos últimos 50 anos, acho que só houve outra igual em 1929. É uma crise profunda e está a chegar à Europa, porque também os bancos europeus participavam do cassino imobiliário dos Estados Unidos'" (
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A irresponsabilidade

“Continuem fazendo as mesmas coisas que vocês faziam” (
leia mais)

04 outubro, 2008

Assim é mais fácil

Quando acabei de postar sobre os fundos hedge, logo abaixo, percebi que a linguagem estava um pouco técnica, então resolvi explicar com a seguinte estória que achei na net.
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"O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bebuns e quase todos desempregados.
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Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito e o aumento da margem para compensar o risco).
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O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.
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Uns zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, PQP, TDA, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
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Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
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Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
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Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu."

Fundos hedge


Literalmente a tradução da palavra hedge quer dizer “cerca”, uma proteção, uma barreira. Sua utilização na economia tem esse mesmo significado, representando instrumento de proteção financeira, contra riscos de variações de preços de determinado ativo.

Considerada uma das mais eficientes para a proteção dos investimentos, a estratégia de hedging, por isso é uma das mais utilizadas pelo mercado, que através de constituições de fundos de investimentos, patrocinam o capital suficiente para a engrenagem dos negócios funcionarem, realizando para seus investidores em contrapartida, lucros consideráveis.

Para melhor compreensão da hedge transcrevo o exemplo de Júlio Brant, reporter do InvestShop.com: “Suponhamos que uma família vá fazer uma viagem ao exterior e debite a maioria de suas despesas em cartão de crédito. Como qualquer gasto no exterior é calculado em dólar pela administradora, o valor das contas virão indexadas à variação da cotação dessa moeda. Para se proteger de qualquer crise cambial, o investidor calcula em média quanto gastará em sua viagem e compra o mesmo valor em dólar ou simplesmente aplica o dinheiro num fundo cambial (atrelado ao dólar). Ao retornar da viagem, pode vender os dólares comprados e, com o equivalente em reais, pagar sua fatura. Assim, ele livra-se do risco de uma crise cambial, com desvalorização da moeda nacional, no nosso caso o Real”.

Não diferente atua uma empresa, que tem determinada fatura para pagar em moeda estrangeira no prazo de alguns meses, busca comprar dinheiro no mercado futuro para se proteger de oscilações cambiais bruscas.

Assim, se a empresa deve pagar no final de três meses um milhão de dólares, compra a moeda hoje, num fundo hedge, especulando seu débito para uma data avençada. A diferença, entre o que foi prometido e quanto vale no momento final do negócio, se para menos ou para mais, resultará em receber ou cobrir no contrato.

A estratégia do hedging, portanto, serve para limitar apenas parcialmente o risco cambial, se a cotação do dólar ultrapassa a cotação fixada, a empresa está protegida, pois terá direito a comprar a moeda mais barata, entretanto, se a moeda fica abaixo do ajustado à compra, perde com a especulação pois terá a obrigação comprar a moeda por um preço acima do praticado pelo mercado, operacionalizando, por outro lado, lucros para os investidores nos fundos.

Finalmente, adverte o Prof. Ricardo Almeida do Ibmec/SP, em matéria publicada em 02/10, no
Estadão, “que a maioria dos fundos hedge tem cláusulas que obrigam o investidor a fazer aportes em caso de perdas expressivas. ‘Quando se aplica em título público ou ação, o máximo que acontece é perder tudo’, diz. Nos fundos hedge, não. Existe a alavancagem, que é definida por ele como ‘a possibilidade de as perdas superarem o patrimônio’”. Essa é a hedge cambial.

Acompanhando o noticiário da crise, já surgem os nomes de empresas nacionais, investidoras em fundos hedge, que acumulam prejuízos consideráveis, alvo inclusive de críticas do operário-meu-patrão, logo ele, que disse que a crise não passaria por perto daqui.

Para o apedeuta, as perdas registradas pela Sadia e Aracruz com operações no mercado de câmbio, se deram por "
ganância" das empresas, como se no capitalismo existisse lucros puros e impuros. Na verdade o que há é uma fuga de investidores dos fundos hedge, com as especulações de uma quebradeira geral, até porque, esses fundos são considerados de alto risco. (leia mais)

Circulam na internet alguns números das operações, realizadas pela Sadia no mercado futuro de dólares, que fazendo as contas, a grosso modo, pois os detalhes da operação não foram explicados, temos:
- considerando a média das mínimas do dólar recentemente a R$ 1,60;
- considerando a média das máximas do dólar recentemente a R$ 1,92.
A Sadia deve ter vendido o dólar a R$ 1,60 e comprado a R$ 1,92, cerca de 20% de perda. Como a perda total anunciada foi de R$ 760 milhões, significa que a empresa devia ter em especulação cambial cerca de R$ 4 bilhões.

O que se comenta, que é ”impossível um diretor financeiro operar esta quantia sem o conhecimento e aval dos demais diretores, do presidente, dos acionistas majoritários e do conselho de administração”, ou seja, a Sadia não vivia de “ganância”, mas de aplicações em fundos hedge e todos sabiam.

Pra finalizar, olha o currículo do Diretor Financeiro, prontamente destituído da Sadia: Adriano Lima Ferreira - Diretor Financeiro, anteriormente era Gerente Financeiro na Sadia. Também trabalhou na Atento Telecomunicações – Telefonia, na Espanha, CCR – Odebrecht e Lehman Brothers em Nova Iorque (grifo do Blog). É graduado em Economia pela Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia é graduado em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas.

Imagina o quanto vale o silêncio desse homem, que assumiu toda a responsabilidade, sozinho, por todo o prejuízo da empresa.

PGN

Quem como eu costuma ficar engarrafado no transito de Niterói, todos os dias, entre 08:30 e 09:00, tem a opção de fazer uma “leitura” nas principais notícias que amanhecem com a gente, através da Rádio Bandeirantes FM, ou “Band News” como ficou estilizada.

Nesse horário, mais precisamente as 08:42, entra no ar o jornalista, dublê de humorista,
José Simão, que além de escrever em vários jornais suas colunas satirizadas, faz parceria com o jornalista, ancora da Band, Ricardo Boechat, naquele horário.

A dupla Boechat-Simão lançou há algum tempo, o Partido da Genitália Nacional, o PGN, vulgaridade bem humorada de um suposto partido político, que já lançou o próprio Simão para Presidente da República, com um ministério bem melhor que o do operário-meu-patrão.

Para Ministro da Fazenda o PGN indicou o nome de Nerson da Capitinga, no ministério da habitação, ninguém menos que Sérgio Naya, para a Educação o nome escolhido foi o da Luciana Gimenez, no ministério do Turismo ele, o Padre voador Adelir de Carlo, na pasta da Secretaria Especial dos Direitos Humanos o popular Alexandre Nardoni, acompanhado na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres de Ana Carolina Jatobá.

Esse é o PGN, irreverente, mas vai no ponto da dor, sem perder o balanço do barco, fala sério debaixo de gargalhada.

A dupla que comanda o PGN nessa última eleição colecionou os nomes mais bizarros de candidatos à vereança pelo país, agora aproveitando término das campanhas, lança o
Hino do PGN com algumas lembranças da coletânea. A meta é o Planalto.

Meio sem opção nessa eleição, não descarto a possibilidade de votar no PGN, nº 94, sem culpa e sem medo, não me vejo representado por nenhum partido ou candidato tradicional. Para quem já definiu seu voto, boa eleição.