Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

29 dezembro, 2005

O Blog vai parar


Não tenho um Blog tão famoso que me faça justificar cada passo desandado que tenho que dar.

Mas tenho leitores e amigos que me ensinam diariamente a escrever, olham, palpitam, criticam e me apontam novos caminhos que sozinho não conseguiria enxergar.

Abraço a todos novamente tal como já fiz no Natal, agradeço a companhia de todos pelos últimos seis meses e congratulo-me pelo empolgante pugilismo cerebral que praticamos, pura arte no esporte de pensar, com desafiadores companheiros, que não são oponentes, mas parceiros de uma equipe de luta.

Embora não seja deputado ou senador, graças a Deus nasci de mãe mais digna, também tenho minhas benesses pessoais, também me dou ao direito e saio de recesso agora, só voltando ao Blog no ano que vem. Volto mais à frente de cara nova, renovado pelas graças do meu Pai e energizado pela fé de que cada um de nós é importante para todas as transformações.

Que o ano de 2.006 seja um ano de realizações, ano de conquistas, ano de alegrias e felicidades totais. Aos amigos que por aqui passam diariamente, obrigado pela companhia, encontro com vocês no lado de lá do calendário. Que o Grande Arquiteto do Universo nos ajude na caminhada de nossas vidas.

Feliz 2.006

28 dezembro, 2005

Garantismo


Postado o tema sobre a videoconferência mais abaixo, levantei uma questão não tão conhecida por todos, não era para ser diferente, uma expressão nova que guarda toda uma concepção de como fazer e atuar o Direito, particularmente o Direito Penal e Processual Penal, me refiro ao “garantismo”.

Em tempos de violência, explorada e vendida desde a mídia até as empresas privadas de segurança, é comum ouvir-se discursos mais inflamados e cobertos de “boas intenções”, conduzindo a todos a reações diversas de seus comportamentos regulares e, mesmos violentando convicções próprias, para atender a um instinto imediato de preservação pessoal e patrimonial, acaba-se defendendo ideologias que em sã consciência nunca se apoiaria.

Com soluções simplistas e na grande maioria das vezes demagógicas, esbravejam os defensores do segmento “lei e ordem”, doutrina antagônica ao “garantismo”, exigindo a cada dia leis mais severas, penas mais duras, restrições de direitos e abolição de garantias constitucionais, como forma de ser alcançado o fim da criminalidade.

Diante de tema tão polêmico que é a questão Penal e Processual Penal, aproveito o momento para postar entrevista do Prof. Cyro Schmitz, “garantista” declarado como eu, que em palavras não tão rebuscadas do “juridiques” tradicional, explica em linhas gerais as idéias “garantistas”, que no mínimo merece uma leitura, se não por ser a tendência do Direito de todo o mundo efetivamente democrático, pelo menos para que se possa refletir a quem serve o Direito punitivo do Estado.


“Muito se tem discutido nos bancos acadêmicos a respeito dos alarmantes números que dizem respeito à violência no Brasil hoje. Enquanto deputados propõem projetos de lei para diminuir a maioridade penal, fazem discursos em torno de políticas de tolerância zero, alguns estudiosos do Direito se movimentam na direção contrária. Idéias garantistas fortalecidas pela Constituição Federal de 1988 puderam tomar espaço também com uma visão diferente da que a sociedade em geral alimenta a respeito da justiça e da diminuição da criminalidade”.
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27 dezembro, 2005

?


A propósito, o que Edinho, filho do Pelé, foi fazer numa clínica de recuperação de viciados em droga, na cidade de Santos/SP? Leia Mais

Ao que me consta, ele foi preso por associação ao tráfico e não por uso.

Perguntar não ofende...

Milagre econômico


O operário-meu-patrão deve estar radiante com o resultado da economia nacional no ano de 2.005, considerado o ponto mais forte do atual (des)governo, o crescimento da economia brasileira consegui ganhar do Haiti.

Com a fantástica marca de 2,5% de crescimento, goleamos a potência adversária, que registrou significativos 1,5% de crescimento do PIB no mesmo período.

Assim, podemos nos orgulhar de não estarmos no último lugar no ranking sul-americano, ficamos em penúltimo.


“Com um crescimento estimado em 2,5%, o Brasil foi um dos países que menos cresceram na América Latina em 2005, ao lado de El Salvador, também com 2,5%, e Haiti, que registrou aumento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB)”. Leia Mais

Videoconferência


Nosso amigo “Serjão” com Blog recomendado ao lado, em um de seus comentários aqui no Blog, disse que hoje lembrou de mim, isso em razão da tentativa de resgate do traficante Edmilson de Souza, o “Sassá”, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Leia Mais

A princípio pensei que ele tivesse me incluído na “equipe recuperadora” do meliante, mas para meu alívio, na verdade ele fazia uma boa sugestão sobre o uso da videoconferência, como instrumento para realização de audiências de presos cautelarmente custodiados pelo Estado e aguardando julgamento.

Particularmente tenho severas reservas quanto ao uso dessa tecnologia para realização de ato processual tão singular, onde o preso tem a possibilidade de participar “de corpo e alma” nas audiências que culminarão com seu julgamento. Aqui faço uma pergunta, qual dos leitores, que por um infortúnio da vida viesse a ser preso, não gostaria de estar presente às suas audiências de instrução e julgamento? Se vale pra “Chico”, tem que valer par “Francisco”.

De qualquer forma, a título de colaboração, apresento um artigo de Luiz Flávio Gomes, jurista renomado e respeitado por suas posições “garantistas” (qualquer hora falo mais sobre o tema), que me parece ser um bom caminho para reflexão e mesmo aceitação da proposta indicada pelo Serjão.


“SÃO PAULO - Em 1976, quando eu ainda era juiz de direito em São Paulo, realizei os primeiros interrogatórios on-line no nosso país (provavelmente os pioneiros também da América Latina). Naquela época dávamos a denominação modem-by-modem, porque não tínhamos recursos tecnológicos suficientes para se fazer a videoconferência (que hoje permite a interação de áudio e vídeo: um interlocutor veja e escuta o outro, pode dialogar com o outro). O tema gerou muita polêmica, que até hoje perdura(...)”
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Tatuagem


Com registro na pré-história, onde já se cobria o corpo com desenhos, conforme atestado pela arte rupestre e mesmo em estatuetas encontradas, indicações da presença de pinturas pelos corpos dos nossos mais longínquos parentes, são evidências da origem da tatuagem. Leia Mais

Enfeitar o corpo é próprio do ser humano, na verdade, criar diferenciais para algumas espécies é mesmo fundamental para atrair membros de outro sexo. Através de simples babados espalhados pela roupa, ou mesmo de um pedaço de pano pendurado por um nó no pescoço, o bicho homem faz a corte, se insinua e se apresenta como belo, forte e atraente aos outros de sua tribo.

A pintura na própria pele através da arte permanente é irreversível e estimulante, destaca seu usuário, fazendo-o diferente e colorido, corajoso e mais atrativo para outros, sendo repudiado somente por convenções sociais.

No Japão por exemplo, a parte do corpo tatuada deve estar coberta ao público, é sinal identificador próprio dos bandidos e mafiosos locais, é imoral a exibição pública de corpos pintados e, um simples banho de mar pode terminar numa delegacia policial. Por outro lado, aqui mesmo no Brasil, proliferam os gabinetes de tatuadores profissionais, que fazem da “arte na pele” mais um componente dessa já misturada cor de pele, própria da miscigenação racial de nosso povo.

Mas parece que nem todos pensam assim no Brasil. Candidato ao cargo de Policial Militar no Estado de São Paulo, André Machado da Silva, foi excluído do concurso de admissão por ser portador de uma tatuagem nas suas costas. Mesmo aprovado em todas as fases do certame, foi impedido de prosseguir além do “exame psicológico”.

Através de Mandado de Segurança André buscou reparo a regra “desajustada” constante do edital do concurso e, poderá continuar no caminho de seu intento independentemente de ter ou não uma pintura no seu corpo. No entender do Judiciário paulista “as regras que vedavam alguns tipos de tatuagem são discriminatórias e inaceitáveis para eliminar o cidadão habilitado a determinado cargo público. Isso porque o fato de uma pessoa ter ou não uma marca no corpo não confirma que ele seja idôneo”.
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26 dezembro, 2005

Ondas renovatórias


Voltando ao Blog para uma breve passagem antes do de final de ano, afinal ninguém é de ferro e, como não vou cumprir a suspensão do recesso determinado pela “grande família” (Garotinhos Ltda), vim matar as saudades e postar algumas coisinhas que andei lendo por ai.

Cada dia mais presente em nossa vida, a tecnologia de transmissão de dados e informações vem tomando espaço e rompendo com barreiras formais e arcaicas. A Coréia do Sul demonstra que com um pouco de criatividade e boa vontade, as coisas podem mudar para melhor.

“Os sul-coreanos poderão em breve olhar para seus telefones celulares com alguma desconfiança, já que promotores planejam, a partir do próximo ano, começar a dizer para as pessoas que elas foram indiciadas através de mensagens de texto, informou uma autoridade do governo nesta segunda-feira.

Em um país onde cerca de 75 por cento da população têm telefones celulares, os promotores acreditam que já é hora de acabar com as ordens judiciais por papel e em vez disso enviá-las eletronicamente, disse Lee Young-pyo”
Leia mais. Assim, esperam os sul-coreanos economizar dinheiro e dar mais agilidade aos procedimentos judiciais, enfrentando com tecnologia o monstro formal do judiciário, emperrado em quase todos os países.

Boa iniciativa a coreana, mas nem precisava ir tão longe no Brasil, creio que muitos se dariam por satisfeitos se os cartórios das varas mandassem e-mails para os advogados informando as datas das audiências e os despachos dos magistrados para ciência. A propósito, aproveitando o pacote de sugestões natalinas, que tal o advogado encaminhar via e-mail suas razões iniciais e finais de defesa?

Bem a propósito do tema, universalizar a jurisdição é um pressuposto básico ao acesso à justiça. O processualista italiano Mauro Capelletti identificou “três ondas renovatórias do direito processual”, como forma de se atingir a um moderno processo de “resultados”: a) assistência jurídica integral e gratuita aos carentes de recursos; b) a aceitação de demandas visando à defesa de direitos difusos e coletivos, antes ignorados; e c) o aperfeiçoamento técnico dos instrumentos processuais para a garantia da eficácia social da prestação jurisdicional (Leia mais sobre o tema)

Ano novo, velha estória


Novamente cotado para voltar ao futebol tricolor, Romário, apadrinhado do presidente da UNIMED, Celso Barros, está a um passo, se já não estiver com os dois, dentro das Laranjeiras.

Numa passagem de dois anos pelo Fluminense (entre 2002 e 2004), o jogador foi pivô de discórdias, divisão do grupo e responsável até por agressões a torcedores e a outros atletas.

Acostumado a não treinar, chegar quando bem entende ao clube, ao cúmulo de se apresentar esse ano 40 minutos antes do inicio de uma partida, após uma semana longe dos treinos, para vestir a camisa e jogar, esse é o “reforço” que meu Fluminense está arrumando.

Nem preciso dizer o que significa isso para o grupo que se pretendia reforçado, como também para a construção de uma equipe disciplinada e vencedora, prometida pela diretoria, mas pelo visto não vai ser dessa vez. Mas isso é o preço, o preço da chantagem, não vejo outra palavra, que o Fluminense vai ter que pagar por erros de administrações passadas.

Derrotado judicialmente em todas as instâncias, o Fluminense deve por conta da exploração em sua camisa do nome da empresa vencedora, R$ 9 milhões de reais. O clube não tem esse valor, mas a atual patrocinadora UNIMED tem, paga e ainda por cima renova o contrato de patrocínio por mais três anos, mas quer porque quer o Romário, apadrinhado do patrocinador, vestindo a camisa tricolor. Como o “peixe” não é bobo, quer trazer junto como técnico seu amigo de privilégios e baladas, "Renato Gaúcho”.
Leia mais no O Globo

21 dezembro, 2005


Papai Noel tem colocado seus presentes na minha árvore desde julho, são verdadeiras jóias raras que já fazem parte do meu dia-dia, pessoas especiais.

São brigões, doces, inteligentes, doidos, criativos, raivosos, maliciosos, irreverentes, sentimentais, justos, românticos, firmes, panfletários, moderados, metidos, engraçados, humildes... são tudo isso e muito mais, são os meus amigos: Alice, Cotrim, Helena “Santa”, “Jacaré”, Marcelo Orlando, Elaine Paiva, “Exterminador”, Marcos do “Gotas”, Gusta, Ricardo Rayol, Paola, Odilene e Willam, Luma, Vera Lúcia, Cláudia, “Pirata”, Nemerson Lavoura, Saramar, Bruno, “Serjão”, “Star”, Marcos Vasconcelos, Antonio Rayol, Walter Carrilho, Nagib e Vanessa Valentin.

Feliz Natal para todos, que Jesus abençoe seus corações.

Silêncio solene

Meus amigos do Blog são incansáveis, comentam meus textos e ainda conseguem fazer alguns elogios, mais pela amizade que pelas qualidades dos artigos, mas não deixam de dar um pitaco construtivo e crítico, abrilhantando com suas participações assuntos, que não raras vezes, nos são tão incomodativos.

Entre uma crise renal e uma correção de prova de final de ano, postei no dia 14 de dezembro sobre um tema que sou particularmente fã, a pena de morte. Sob o título de “Quando o Estado é criminoso”, chamei ao debate a questão e, qual não foi minha surpresa, silêncio total dos leitores, nenhuma pedra atirada, nenhuma bandeira desfraldada, simplesmente nenhum comentário.

Vez por outra a gente erra na mão, perde o tema certo e não agrada a ninguém. Mas certamente, dessa vez acho que o principal obstáculo ficou por conta de minhas posições, evidentemente contrário as execuções oficiais. Abri o debate e recebi o silêncio, entendi o recado e respeitei o não.

Como diria vovó: “Quem tem Blog escreve o que quer, quem comenta, fala se quiser”.

Citrato de Potássio – Litocit

Recomendado a desenvolver e processar dois litros de xixi por dia, o que implica num quase afogamento por ingestão de água, já que não adianta beber a quantidade de líquido indicado, porque o organismo retém boa parte ingerida, ou transpiramos outros tantos mililitros, acho que finalmente “ela” se foi.

Deve ter descido por algum duto bem mais largo que minha ureter, corrido em direção ao seu destino até sua quase total dissolução, já que algum átomo ainda registrará para sempre sua existência. Foi-se a “pedra”.

Auxiliado por doses generosas de citrato de potácio, debastei a pequena pedra bruta, arredondei suas bordas e dei passagem para seu natural caminho. Sem dor volto a sorrir livremente. Agradeço aos amigos toda forma de solidariedade.

Ainda bem, vem por ai muito “líquido de especial qualidade" nas festas de final de ano.

17 dezembro, 2005

A outra versão

O Juiz de Direito Livinghsthon José Machado, aquele que foi apresentado no Jornal Nacional como o Juiz que estava soltando todos os bandidos de Contagem/MG, resolveu falar, ou melhor, escrever suas razões de agir, que não foram devidamente apresentadas pela mídia oficial.

“(...)A representação formulada para interdição das carceragens do 1º Distrito Policial foi concluída em primeiro lugar e, diante da constatação de que em duas celas onde cabiam sete, estavam 63 presos e com várias doenças, foi decretada a interdição daquela unidade. Como conseqüência, foram comunicados os juízes das varas criminais da comarca e determinada a transferência imediata dos condenados. Ordem que mais uma vez não foi cumprida(...)”.
Leia toda a matéria

Apresentado como um louco ou irresponsável, o magistrado terminou por afastado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na oportunidade recebeu apoio de seus colegas de 1ª instância, mas que de nada valeu, senão quem sabe, para irritar mais ainda os que insistem em varrer para baixo do tapete nossas mazelas carcerárias.

O preço do silêncio


Feroz combatente pelas mudanças estruturais e ideológicas no Partido dos Trabalhadores, tendo inclusive abandonado a disputa à presidência do partido, por questões apresentadas como éticas, o ex-ministro Tarso Genro tem andado muito calado, já vai tempo que não vejo seus comentários sobre a nova executiva eleita no partido, bem como, também não lembro de nenhum comentário quanto a degola do Zé Dirceu.

A propósito, Cláudio Humberto escreveu essa semana na sua coluna, que Genro admitiu ter sido convidado a ocupar a vaga do ministro Carlo Velosso no STF, que se aposenta compulsoriamente em janeiro.

Como diria o cantor sertanejo:


“E se dia dia a gente briga / de noite a gente se ama / é que nossas diferenças / acabam no quarto / em cima da cama”

15 dezembro, 2005

Pizza

Massa

Ingredientes
1 quilo de farinha de trigo
50 gr. de fermento biológico
uma colher de sal
1 xícara de oleo
água suficiente para deixar a massa macia
Dicas:Se usar forno à gás ou elétrico, abra a massa mais fina e não deixe as beiradas grossas - chamadas de cornichones - próprias para massa a ser assada na lenha

Modo de preparar
1. Coloque a farinha em uma bacia e abra uma cavidade ao centro
2. Dissolva bem o fermento em um copo com água
3. Junte-o à farinha e comece a mexer
4. Acrescente o óleo e junte o sal também dissolvido em um pouco de água.
5. Quando obtiver uma massa de consistência lisa e elástica, divida-a em 6 partes e sove bem cada uma delas.
6. Coloque as bolas sobre uma táboa ou mesa e deixe crescer até dobrar de tamanho

Molho

Ingredientes
6 tomates sem sementes
1 colher de azeite de oliva
1 colher de orégano seco
Mussarela
Anchovas
Azeitonas pretas sem caroço
Para variar o recheio
Linguiça calabreza cortada em fatias e cebola
Palmito e ervilhas coberto de mussarela
Presunto e mussarela
Anchovas, alcaparras, azeitonas cobertas com mussarela
Escarola refogada no alho
Brócolo cozido e refogado no alho
E tantas outras combinações


Modo de preparar
1. Bata o tomate no processador com o azeite até obter uma pasta não muito homogênea
2. Misture o orégano e espalhe sobre a massa já previamente assada se for usar forno à gás ou crua se for usar forno de lenha
3. Cubra com a mussarela ralada ou cortada em fatias finas
4. Espalhe sobre ela as anchovas e as azeitonas, regue com azeite de oliva e leve ao forno até a mussarela derreter

14 dezembro, 2005

Exercícios para elevação espiritual

Alguns acreditam que pelo sofrimento do corpo se chega ao paraíso, eu não, sou pela graça de Deus, que me escolheu um dia e disse: “vai meu filho, toma posse de tudo que é meu na terra e no céu”. Mas para aqueles que acreditam que é pela dor que se chega à realização, e mesmo para aquele que sem escolha, necessitam da participação do Estado em suas vidas, recomendamos uma série de exercício para se atingir o nirvana.

Como primeiro exercício espiritual sugerimos uma vistoria de automóvel no Detran/RJ.

O Rio de Janeiro é um dos poucos Estados que exigem a vistoria dos veículos anualmente, sob a alegação da manutenção, conservação e regularidade da frota dos automotivos, os proprietários de seus veículos devem pagar os devidos encargos tributários, ligar para o Detran/RJ e agendar sua ida a um posto de vistoria, quando serão verificados o estado geral do veículo, lataria e pintura, emissão de gases, pneus, extintores de incêndio e parte elétrica (faróis, lanternas, limpadores do pára-brisa, buzina etc.).

Quem olha de fora do Estado admira-se com tamanha qualidade de serviço, com hora marcada, vistoria realizada por estagiários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro –UERJ e, imagina que tudo que é cobrado e realizado não poderia ser melhor para todos.

Mentira, não funciona assim. Primeiro, marcar a vistoria é uma vitória, já que os telefones estão sempre ocupados; segundo, procuração passada por instrumento público não tem valor, o procurador tem que dar entrada com o pedido diretamente no Detran; terceiro, o agendamento não cumpre o horário estabelecido, se você marcar pelo telefone às 16h, prepare-se para sair do Detran as 18:30, isso depois de enfrentar algumas filas para ser vistoriado e em guichês para entrega de documentos; quarto, o Detran/RJ não reconhece o concubinato como forma legal de união, ou seja, para fazer a vistoria do cônjuge, só com certidão de casamento; quinto, foi construída uma industria paralela de “aluguel” de pneus e extintores só para o momento da vistoria, ou seja, o carro é “maquiado” só para a ocasião; quarto, como não poderia deixar de ser, ainda existe o “jeitinho” brasileiro, para os mais felizardos.

Atenção, não deixe de calibrar o estepe, senão você é obrigado a sair do posto do Detran só para dar um arzinho no pneu e, voltar no final da fila.

Em breve voltamos com o segundo exercício de elevação espiritual.

Notícias instantâneas

O Blog está disponibilizando acesso ao Google Notícias Brasil para seus leitores na coluna “Home Pages Indicadas”, ali ao lado esquerdo da página.

Achei bastante interessante prestar esse serviço, porque as informações contidas no site do Google não se resumem a sua editoria que, diga-se de passagem, tem uma ótima formatação, existindo no endereço indicado uma barra de pesquisa onde em tempo real, podem ser pesquisadas por palavras chaves, outras 200 fontes de atualização.

Num mundo onde a cada cinco minutos as informações se renovam, ainda que não consigamos acompanha-las em sua integralidade, nada como ter mais uma ferramenta de atualização disponível.

Quando o Estado é criminoso


O desumano ato criminoso pode ser compensado por outro ato de igual ou maior proporção?
O Estado, conjunção de fatores comuns que unificam determinada população, representa a vontade de seus legítimos titulares, o povo, pode ser instrumento de violência, a guisa de patrocinar justiça?
Na verdade a muito o homem abdicou da Lei de Talião, “olho por olho, dente por dente”, avançou, se civilizou, embora ainda não tenha conseguido solucionar o problema da retribuição penal, já nega a muito pela história o criminoso comportamento estatal, abriu mão de matar oficialmente e busca alternativas compensatórias à violação máxima da lei penal.
Alguns poucos lugares no mundo ainda acreditam na pena capital, ainda apresentam cabeças como troféus na caçada repressora ao crime, um dos poucos lugares “civilizados” que ainda adotam a pena de morte são os EUA.
Acostumado a ver na persecução penal ranços e vícios de racismo e preconceito, não admito a cruel realidade. “Os prisioneiros executados não são necessariamente os piores, mas aqueles que eram demasiado pobres para contratar bons advogados ou que tiveram de enfrentar juízes mais duros”.
“Os estudos científicos mais recentes sobre a relação entre a pena de morte e as percentagens de homicídios, conduzidas pelas Nações Unidas, não conseguiram encontrar provas científicas de que as execuções tenham um efeito dissuasor superior ao da prisão perpétua”.
Outras tantas razões poderia invocar, tais como, que a pena de morte pode ser uma arma política, que a pena de morte não é autodefesa, a possibilidade do erro no julgamento, a tortura física e mental que representa a pena de morte etc.
Meu post foi motivado a propósito da execução de Stanley "Tookie" Williams (Leia Mais), na Califórnia, EUA. Nessa terça-feira, sem a clemência do governador do Estado Arnold Schwarzenegger, foi cumprida a sentença de morte imposta por algum juiz de algum tribunal.
Não sei qual o crime de Stanley, nem procurei saber, são meus princípios, e de princípios não abro mão, qualquer que seja a situação. A vigarice que representa a pena de morte, efetivamente implantada no Brasil não oficialmente, mas pelo aparato oficial representado pelos seus “grupos de extermínios”, é um engodo aos olhos e corações desavisados.
O EUA é o país com maior número de prisioneiros percentuais que conheço, 1% da população americana vive atrás das grades, ou seja, mais de 25 milhões de pessoas foram processadas e tiveram como retribuição ao comportamento acusado, a cadeia. Como se resolvesse alguma coisa, além dessa doutrina de segurança máxima, alguns Estados da União, ainda persistem na adoção do “exemplar” remédio da morte como forma inibidora à prática criminosa
.

13 dezembro, 2005

Negligência

Dia 05 de dezembro o menino Delmar de Assunção Pacheco Albuquerque faleceu, conforme atestado de óbito, asfixiado por afogamento, na piscina do Hotel Fazenda Serra Castelhana, localizado na cidade de Saquarema/RJ Veja o Site.

A mãe de Delmar é uma de minhas alunas, Paula Marisa Albuquerque, angolana assim como o pai, sendo que este reside no seu país de origem, enquanto mãe e filho residiam aqui no Brasil, privavam-se do permanente convívio familiar só para uma coisa, estudar.

Delmar de pouco mais de sete anos, foi para o passeio numa excursão patrocinada pelo seu colégio “Escola da Luluzinha”, localizado na cidade de Niterói/RJ, sob a guarda e proteção dos professores e responsáveis pelo local da visita, não foi devidamente guardado ou protegido por quem tinha tal obrigação.

Não havia salva-vidas na piscina, ou como justificado pelo hotel, o mesmo teria saído para almoço; embora tenha sido vestido com sua sunga pelos professores responsáveis, ninguém da escola viu o menino se afogar; Delmar foi retirado da piscina por outro colega de escola de doze anos, único a perceber todo o acontecimento; não havia uma ambulância no hotel ou no mínimo um enfermeiro habilitado para primeiros socorros, o menino foi levado ao hospital da cidade num carro particular, recebendo respiração “boca-a-boca” de uma das professoras, mas já chegou sem vida para o atendimento.

A família está desolada, vários familiares vieram de Angola para acompanhar seus pais em tão difícil hora. Minha aluna no dia dos fatos tinha prova de minha disciplina, faltou para ver o corpo de seu filho negligentemente morto. Hoje fui procurado por Paula que me pedia indicação de advogados, para exigir o que bizarramente podemos chamar de justiça.

Existem certas notícias que não gostamos de postar, mas são necessariamente cruéis.

12 dezembro, 2005

Bom inicio de semana

O alimento da alma

É sempre bom lembrar que nossa alma alimenta-se da esperança de que as coisas possam mudar para melhor. Para ser otimista não é necessário inventar nada, basta lembrar de tudo de ruim que já aconteceu e de como as situações terríveis pelas quais passamos foram resolvidas, superadas, ou chegaram ao fim. Depois da tempestade, sempre vem a bonança; quem aposta no final feliz, ganhará sempre.

Moral da história: “noventa e nove por cento das piores catástrofes da minha vida simplesmente não aconteceram”.

(Olhar Acima do Horizonte – Luiz Alberto Py – ed. Rocco)

11 dezembro, 2005

É fácil, é só querer


A manchete não poderia ser mais estimulante: “Homem tenta roubar banco por telefone”.

Um homem que roubou um banco na cidade de Auckland, na Nova Zelândia, ficou tão impressionado com sua performance que tentou novamente na sexta-feira, mas desta vez por telefone.
Leia Mais

Embora seja novidade por lá, na Nova Zelândia, por aqui em terras brasilis todo dia acontecem extorsões por telefones, é o “golpe do seqüestro” querendo dinheiro, a ameaça de dentro dos presídios exigindo créditos telefônicos para celulares e tantas outras variações.

Parece que começamos a exportar know-how, só não deu certo porque a diferença está na polícia, a de lá agiu rápido, grampeou a linha e prendeu o esperto assaltante, a daqui nem se dá mais ao trabalho de registrar as ocorrências, limita-se a dizer para não pagar e que não passa de um golpe.

10 dezembro, 2005

Sensacional!!!!

Essa eu encontrei no Blog “Toque das Ruas” (link no nome).

09 dezembro, 2005

Charge, Adauto Suannes

Golpista

Trabalhando por 32 anos, de “flanelhinha” a advogado, defendendo o que é ético e decente, disputando passo a passo o espaço no magistério e, consagrado em concurso público. Tenho todo direito de dizer, presidente, no seu governo se rouba; presidente, no seu governo tem ladrão; presidente, quem trabalha e pactua com ladrão, ladrão é.

A propósito presidente, golpista é a mãe.

08 dezembro, 2005

Cadê o umbiguinho que estava aqui?

Sob o título “Retocar, sim...” a Folha Online, na Coluna do Ricardo Feltrin, conta que o que todo mundo já sabe, que não obstante os peitos, bundas, braços e pernas de silicone, nossas musas inspiradoras, fotografadas pelas revistas masculinas, também sofrem ainda um “capricho” do Photoshop, realçando ou escondendo, na maioria das vezes, suas formas.

O que chama a atenção na matéria publicada, é o fato que na edição de novembro da Playboy, o artista da “guaribada” exagerou um pouquinho, nos “retoques” sumiu com o umbigo da modelo desnudada.

Tadinha da donzela de borracharias, “desumbigada”, também ficou desacreditada de todos seus dotes esculturais exibidos.

Bons tempos quando as senhoritas pediam apenas uma meia luz, não que fosse importante, mas qualquer compensação necessária era devidamente suprida por coisas mais importantes.

Questões provincianas

Reassumindo o Blog, devidamente vigiado pelos amigos, em retorno do meu passeio pela “terra do faz de conta” ou do “me engana que eu gosto”, volto a postar trazendo só para registro uma questão “provinciana”.

Em Niterói existe uma estrada que liga as regiões sul e oceânicas da cidade, chama-se “Estrada Velha de Itaipu”, foi construída ainda no governo do interventor do Estado do Rio de Janeiro Faria Lima e do prefeito de Niterói Ronaldo Fabrício, também nomeado pela ditadura.

Quando de sua construção, não faltaram avisos que deveriam ser utilizadas manilhas com maior diâmetro e bem reforçadas, isso porque o solo não era dos mais confiáveis e com o passar do tempo, o aumento do volume de tráfego e claro, com a possibilidade de chuvas mais fortes, poderiam colocar em risco toda a estrada e a vida de seus usuários.

Pois bem, com as fortes chuvas que castigaram a cidade nas últimas semanas, não deu outra, a coisa de 20 dias a estrada desceu ladeira abaixo, e por obra do divino espírito santo, ninguém saiu ferido.

Alguns especialistas advertem que tem mais chão para cair, outros pontos da estrada também estariam comprometidos, tudo por causa de obras superfaturadas, abrigadas pelo manto da impunidade que toda ditadura trás em seu bojo.

A propósito, o construtor da obra faleceu, mas deixou a conta ao município, uma dívida de milhões que foi discutida judicialmente, mas para infortúnio de nós contribuintes, em última instância, teremos que pagar.

Quanto ao antigo prefeito nomeado, Ronaldo Fabrício, esse continua vivo.

06 dezembro, 2005

É vapt-vupt

O Blog estará sem novos post por 48h, razões de trabalho, com cálculo renal ou sem ele, me fazem partir para uma rápida viagem a Brasília.
Aos amigos, por favor, tomem conta da criança.

04 dezembro, 2005

Saco de pancada

É revoltante, mas depois da sequência de derrotas do meu time de coração, só me resta repetir o velho bordão: "Quem não tem competência não se habilita".

Imperdível

Convencido por uma crítica que li de Dominique Valansi, resolvi arriscar mais uma vez no cinema brasileiro, desta vez satisfeito, posso dizer que não me decepcionei.

Num belíssimo documentário o diretor Miguel Faria Júnior produziu o filme “Vinícius”, narrou o cineasta a trajetória de um dos maiores poetas modernos que o Brasil já teve, apresentou a vida e a obra do “poetinha” desde seus tempos de infância na Gávea/RJ, até sua derradeira declaração de partida.

O filme desnuda um personagem fantástico, sedutor, belo e generoso, que rompeu com barreiras e padrões na arte de escrever a poesia. Seu dinâmico roteiro apresenta um homem apaixonado por todas as mulheres, mas credor de seu grande amor, um artista vibrante e boêmio, que se dava a todos e encantava a quem dele se aproximasse.

Sai do cinema com o coração mais feliz e de bem com a vida, além de ter podido conhecer um pouco mais da história desse fantástico artista brasileiro, brasileiro de verdade. Depois do filme na minha mente criou-se uma nova imagem, que Vinícius de Moraes foi nosso Pablo Picasso da poesia, com todos seus conflitos, paixões e seu principal vício, de querer viver a vida em toda sua intensidade, até o fim, ou como preferirem, até o último gole.

03 dezembro, 2005

Ensino superior e oportunidade


O operário-meu-patrão editou a MP 213/04 que criou o “Programa Universidade Para Todos” (ProUni). As instituições particulares que aderiram ao programa em troca de benefícios fiscais, passaram a conceder bolsas de estudos integrais e parciais, aos alunos com renda familiar entre um salário mínimo e meio e três salários. A seleção para o programa é feita com base no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Somadas a outras medidas também especiais, tais como políticas de quotas, financiamentos oficiais (Fies) et coetera, é assim que se pretende uma política de ensino e inclusão.

Essa semana após assisti a uma propaganda oficial
(clique e veja aqui) do governo federal na TV, divulgando o ProUni, onde o jovem protagonista cantava a inesquecível música de Geraldo Vandré, “para não dizer que não falei das flores”, passei a refletir sobre o projeto “universidade para todos”, suas medidas operacionais e especificamente o que representará a continuidade da política de massificação do ensino superior no Brasil.

A abertura do setor privado educacional, promovida na gestão do ministro Paulo Renato no governo FHC, pode ser considerada a “abertura dos portos” no setor, foi um processo sem precedentes, vez que as medidas adotadas facilitaram a criação de novos cursos e extinguiram a obrigatoriedade das instituições serem “sem fins lucrativos”, o que se fez um grande atrativo para os empresários e investidores.

Essa expansão no setor educacional atendeu a uma demanda reprimida de alunos, que sem o acesso as universidades públicas, limitadas pelo oferecimento de vagas, passaram a ter a opção privada como caminho ao nível superior. Por outro lado, a educação superior particular passou a ser um bom negócio, o empresariado investiu cada vez mais em instalações e oferecimentos de cursos, visando atender a procura então bastante significante, porém desordenada, tanto no que se referia aos rumos empresariais do segmento, como também nas necessidades do mercado quanto aos novos formados que surgiram.

A “alta atratividade” do setor educacional, que prometia ao cliente (aluno) a possibilidade de agregar valores, desenvolver potencialidades, acumular conhecimentos e conseguir novos espaços mercados de trabalho, fez com que a procura aos cursos superiores atingissem patamares quase que imprevisíveis. Reflete-se até hoje aquela política de expansão, que ainda não se encerrou por completo, num contexto bastante expressivo, onde algo em torno de meio milhão de estudantes adquirem por ano o grau superior nas universidades brasileiras.

Nossas universidades atualmente graduam vinte vezes mais alunos do que em 1960, sem que entretanto, a oferta de trabalho para contingente tão significativo, tenha crescido na mesma proporção. O retrato do mercado de trabalho para esse exército de graduados é sombrio, apresentando segundo estimativas mais concretas, índices de 50 % de empregados em sua área com vagas de qualidade, ou conforme se olhe, 50% de desempregados ou atendidos por empregos frustrantes e de baixa qualidade.

Quando se consegue romper as barreiras do mercado, ainda assim pesam ponderações. Se por um lado quem emprega reclama da formação dos novos graduados, por outro, quem busca o emprego não se acha preparado para aplicar seus conhecimentos acadêmico, por vezes até bastante satisfatórios, a nova realidade profissional. É a completa dissociação do mundo acadêmico com o mercado de trabalho, potencializando os números informados e gerando frustrações das mais diversas ordens.

A propósito, a questão do desemprego, tema sempre discutido na
Organização Internacional do Trabalho, esta chama a atenção para uma nova realidade que se consolida, aponta a OIT nos seus estudos para uma drástica redução nos níveis de oferta nos anos vindouros, que se confirmam a cada dia, tanto no setor industrial quanto no de serviços.

Dados concretos apontam recuo na oferta de vagas de trabalho no Brasil, que chegaram a atingir 20% de queda na industria na última década, refletindo nos índices gerais acumulados o total de quase 15% de desempregados em todos os níveis e setores profissionais.

A questão posta é como atender ao mercado e garantir emprego àqueles que passaram quatro ou cinco anos se preparando para sua saída dos muros acadêmicos. A massificação do ensino talvez não seja a solução desejada e necessária para o atendimento do jovem profissional e do país. Também a democratização em todos os níveis do ensino não pode recuar dos patamares atingidos. Questões étnicas e sociais não podem ser instrumentos discriminadores ou supressores de oportunidades, embora ainda incomodem, as medidas relativas a democratização do ensino são irreversíveis e não poderão ser alteradas ou utilizadas como reguladores de demanda. O que fazer?

Só “para não dizer que não falei de flores”, "na quarta-feira, dia 30 de novembro, o comando nacional de greve da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) avaliou o resultado das assembléias realizadas no início da semana. Das 26 universidades de sua base, 16 optaram pela volta ao trabalho".
(fonte - MEC)

Obrigado

Ainda dói, mas a solidariedade é bálsamo que alivia.

02 dezembro, 2005

Dor


Qualquer coisa, menos a dor

A dor da partida,
A dor da decepção,
A dor da impotência,
A dor de barriga

Dói, como dói

Não há jeito
Posição ou remédio
Emplasto, dipirona,
Ou paz

Dói a dor

Dói nas costas
Dói na virilha
Dói no abdomem
Dor que dói, dói, dói

Dor que muito dói

Dor do parto,
Dor no peito,
Dor de cabeça,
Dor de corno

Incalculável

Dor

Cálculo renal

01 dezembro, 2005