Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

31 agosto, 2005

Apertadinho

Bate Boca na Câmara

Gabeira: "Sou um deputado isolado, mas afirmo que Vossa Excelência está em contradição com o Brasil. A sua presença na Presidência da Câmara é um desastre para o Brasil e para a imagem do País. Ou Vossa Excelência começa a ficar calado ou vamos iniciar um movimento para derrubá-lo".
Severino: "Vossa Excelência se recolha à insignificância de vossa excelência e não fica fazendo insinuações que só cabem à Vossa Excelência".

O nobre colóquio deu-se em razão das manobras detectadas por parlamentares, quando o Presidente da Câmara em seu pronunciamento criava todos os empecilhos regimentais possíveis, para o prosseguimento dos processos de cassação dos parlamentares envolvidos no “mensalão”.
Dizem os especialistas que Severino está fazendo das tripas coração para proteger seus pares, particularmente o mandato do Deputado José Janene (PP/PR), que já falou que vai botar a boca no trombone e puxar para dentro da crise o próprio Presidente caso seja cassado pela Comissão de ética.
“Passarinho que come pedra sabe a saída* que tem”.
(*pudica adaptação)

30 agosto, 2005

Bom programa

Ainda na II Semana UNIPLI em Niterói, o Curso de Direito em parceria com o Curso de Serviço Social, vão exibir o filme “JUSTIÇA”.
O Filme narra o cotidiano do judiciário no Rio de Janeiro, onde os personagens principais são os servidores dos judiciários, incluídos os juízes, os promotores, os defensores e os próprios réus.
Não é mais um filme, na verdade é o filme, que em uma linguagem direta explica porque da forma como é conduzida a justiça brasileira, nunca dará certo, particularmente quando seu dever é castigar.
"JUSTIÇA" recebeu o Prêmio de Melhor Filme no Festival internacional de Documentário ´Visions du Réel´em Nyon, Suiça, 2004 e o Prêmio "La Vague d'Or" de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Feminino de Bordeaux, na França.
O filme será exibido nesta quarta-feira 31/08, às 18 horas no Ginásio da Associação Educacional Plínio Leite, localizado na Av. Visconde do Rio Branco nº 123 , Centro Niterói.
No final ainda de lambuja um debate sobre o filme com o Dr. João Ziraldo Maia, Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal de Niterói e da Profª. Tânia Dahmer, Assistente Social.

Talita


Minha menina mais velha hoje faz 12 anos.
Se ela soubesse o que faz com meu coração.
Se imaginasse o domínio completo que tem da minha alma, permaneceria criança e me jogaria para o alto,
como uma gatinha brincando com seu novelo de lã.

29 agosto, 2005


Segunda-feira é dia de recompor as energias, definitivamente não consigo escrever nada que preste, como se nos outros dias da semana conseguisse.
Mas depois de ver essa bucólica cena, ai mesmo que fiquei sem palavras.

Não vou escrever nada sobre política, nada sobre violência, nada sobre economia, nada sobre educação, estou sem paciência, o negócio hoje é o amor dos "garotinhos".

28 agosto, 2005

A Banda (ligue o som e clique aqui)

“Estava à toa na vida, O meu amor me chamou, Pra ver a banda passar, Cantando coisas de amor”.

A banda em destaque é a da Associação Educacional Plínio Leite, mantenedora do Centro Universitário Plínio Leite – UNIPLI, com link ao lado.
Nesse domingo a Banda esteve na praça Getúlio Vargas em Icaraí, aqui em Niterói, exibindo seus dotes musicais em comemoração a II Semana UNIPLI, onde diversos Cursos inclusive o nosso de Direito, estiveram em ação comunitária atendendo a população domingueira.
Aprendi ainda no movimento estudantil, que o papel da universidade vai além do ensino e da pesquisa, é seu compromisso social atender a população através de suas atividades de extensão.
Banda na praça, não vou mentir não, é um barato!!!

27 agosto, 2005

Manuel Bandeira

Sábado é bom pra isso também, abrir Bandeira e passear por Pasárgada


Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

26 agosto, 2005

Exclusivo

Deu entrada na 8º Vara da Fazenda Pública no Rio de Janeiro Ação Civil pleiteando indenização por Perdas e Danos em razão de desvalorização de imóvel situado na Ladeira dos Tabajaras em Copacabana, Rio de Janeiro. A autora não é ninguém menos que J.D.P., a vovó heroína que filmou o “movimento” do tráfico naquela localidade e que resultou na prisão até agora de vinte traficantes, incluídos os Policiais Federais envolvidos.
Maiores dados não podem ser dados porque a ação corre em segredo de justiça, mas foi dado pelo advogado o valor da causa em R$ 20 mil reais.

Esse modesto Blog publica antes de todos essa informação, observando que independentemente do prejuízo moral que causou essa senhora as instituições responsáveis pela segurança pública, além emporcalhar mais ainda a própria imagem do Rio de Janeiro no Brasil, agora surge também o prejuízo pecuniário, ou seja, a vovó-herói vai botar um “trocadinho” no bolso também, tudo na conta da incompetência do Poder do Estado.
Só para lembrar, ela ganha a ação e quem paga a conta somos nós.

25 agosto, 2005

Ainda os quiosques

Conforme já postei anteriormente, é só ver mais abaixo, os pontos de venda de cocos na Praia de Icaraí ficam mais feios ainda nos dias que chovem.
As barracas de plásticos coloridos não fazem jus aos R$ 15 milhões que estarão disponibilizados ainda esse ano a Secretaria de Turismo para fomentar a industria turística de Niterói.
Camelô não, quiosque sim.

A história segundo Lula

O operário-meu-patrão está cada vez melhor, ainda mais quando se trata de discursar de improviso, nisso ele é imbatível, tanto na economia dos “esses” e dos “erres”, quanto na demonstração de cultura geral.
Particularmente quanto à história do Brasil, “lulinha paz e amor” sempre deu show na matéria, seu último recontar histórico aconteceu nessa quinta-feira em cerimônia no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, quando nosso mandatário maior disse que a "Crise nesse país já levou o presidente Getúlio a se matar, Juscelino a ser mais achincalhado do que qualquer outro presidente, o Jânio desistiu por causa do inimigo oculto e tão oculto que ele nem apontou para a gente. O Jango foi obrigado a renunciar...”
Fazemos das observações de Ricardo Noblat em seu blog as nossas, João Goulart, o Jango, não renunciou à presidência, foi deposto pelo golpe militar de 64. Não há uma só vírgula na história dando conta que o ex-presidente tenha querido sair da presidência, muito pelo contrário, não maculou sua história renunciando e com isso fez-se vítima das forças golpistas, tornou-se assim um símbolo da resistência.
O operário-meu-patrão bem que poderia nos últimos 25 anos ter estudado um pouquinho a história do país que sempre quis governar, até para mostra que conhecendo a história não cometeria os mesmos erros do passado.
A propósito, o Vicentinho, que também foi operário metalúrgico e Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Paulo, o mesmo que o Lula também presidiu, em 13/04/04 colou grau como bacharel em Direito pela UNIBAN de São Bernardo do Campo.
Vicentinho formou-se em Direito em pleno exercício de seu mandato de Deputado Federal, o que não tirou em nada seu carisma pessoal, sua autenticidade na militância política e ainda mostrou que o homem progride de acordo com as oportunidades que lhes são oferecidas, reafirmando suas convicções.

24 agosto, 2005

Muito bonito em Hollywood

A propósito da matéria postada logo abaixo, acho que vale a pena conhecer um pouco mais do programa de proteção a testemunha, conforme publicado no JB em 29/06/04.

“Programa de proteção agoniza no Rio
Convênio entre Estado e governo federal espera por assinatura de governadora para liberação de R$ 1,1 milhão ao projeto

Marco Antônio Martins

O Programa de Proteção à Testemunha (PPT), no Rio, está paralisado. Sem dinheiro, o programa não tem condições de ampliar o número de pessoas atendidas e só pode manter apenas aquelas que já integram o PPT. A esperança da Organização-Não Governamental (ONG), que gerencia o projeto no Estado, e do governo federal é a assinatura do convênio que já está nas mãos da governadora Rosinha Matheus. Com ele, serão garantidos mais de R$ 1,1 milhão ao programa, que poderá chegar à meta de atendimento de 80 pessoas.
Proteger pessoas que denunciam crimes à Justiça tem sido um problema no Rio. Pouco mais de 10 dias após depor contra um grupo de policiais militares do Grupamento Especial Tático Móvel pela morte de três jovens do Morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, a principal testemunha do caso desapareceu. Os PMs foram liberados da prisão, mas a polícia talvez não conte com aquele que pode reconhecer os assassinos dos jovens. Não houve qualquer pedido das autoridades estaduais para inclui-la na proteção vigiada.
De acordo com a coordenadora nacional do programa, Nilda Turra, o convênio com o governo estadual terminou em 31 de maio. Esse acordo com o Estado melhora as condições das testemunhas.
- Acredito que o problema será solucionado. Dependemos apenas da governadora. Com os recursos anteriores não era possível ampliar a meta - analisou Nilda.
No Rio, 40% das pessoas atendidas se protegem de criminosos que pertencem ao próprio Estado: os policiais. Outros 40% são de crimes que envolvem o tráfico de drogas, mas tratam de grupos de extermínio, que também têm a participação de policiais. Os 20% restantes são protegidos de casos de corrupção, roubo de carga e crimes contra a Previdência Social.
De acordo com a lei 9.807, que regulamenta a proteção às testemunhas, o prazo para uma pessoa permanecer sobre proteção é de dois anos. A renovação acontece enquanto houver risco ou depoimentos na Justiça. Bem diferente da Itália, onde o prazo de permanência no PPT pode chegar a 10 anos. Nos Estados Unidos o tempo é indeterminado.
- Não é fácil aceitar as normas. Há pessoas que não suportam a demora da Justiça. Passa um ou dois anos sem serem ouvidos. É frustrante - conta Eliete de Souza, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, responsável pela administração do PPT, no Rio. Desde 2002, 10 pessoas deixaram o programa.
Eliete lembra que já houve um caso em que a testemunha foi convocada a depor três anos após o início do processo. Não adiantou. Já havia abandonado a proteção.
- A Justiça precisa ser mais ágil. Há pessoas que não suportam a lentidão - comentou Eliete.
O juiz Walter Maierovitch, ex-secretário nacional Anti-drogas critica o modelo. Para ele, o Estado deveria cuidar da proteção das pessoas e não as ONGs, como acontece atualmente no país.
- Está em jogo a vida de pessoas. No Brasil, os projetos são feitos à tapa com falta de estrutura e de verbas - comentou Maierovitch lembrando o encontro de 27 corregedores de Justiça, ocorrido em Cuiabá, no Mato Grosso, na semana passada.
- Na maioria dos casos, proteção às pessoas é carro de polícia na porta de casa – sentencia”.

Policia para quem precisa de polícia

Entregue a própria sorte, a sociedade reage como pode diante do crime e seus agentes.
A matéria com link do Portal IG abaixo, conta a estória de uma senhora de 80 anos que indignada com a venda de drogas em frente a sua casa, na Ladeira dos Tabajaras em Copacabana, Rio de Janeiro, resolve comprar uma filmadora em 12 prestações e durante dois anos gravou trinta e três horas de “movimento”.
Além de filmar a vovó comentava indignada todo o comércio ilícito, onde eram vistos compradores e consumidores no local, pessoas de várias idades, inclusive crianças.
Todo o tráfico que contava inclusive com a participação de policiais, um cabo e um capitão da Polícia Militar, era protegido por jovens traficantes armados de pistolas e de diversos calibres e fuzis, nos momentos mais movimentados da mercancia formavam-se filas na “boca” de vendas.
A Senhora resolveu filmar por sua conta e risco o tráfico explicito, porque em ocasião anterior teria procurado a polícia para noticiar todo o comércio e, pelo que ficou evidenciado na matéria, não teve resposta positiva às suas súplicas.
Resultado final é que em razão das investigações particulares, hoje a polícia realizou operação na Ladeira dos Tabajaras para cumprir mandados visando as prisões dos envolvidos.
Quanto a cidadã exemplar, lhe coube o pior pedaço, foi incluída no programa de proteção a testemunhas, ou seja, abandonou sua vida para viver outra, abandonou seu apartamento comprado a duras penas para viver sabe Deus aonde e, certamente para o resto da vida viverá nos sobressaltos do medo.


Para ler toda a matéria clique no link:
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/brasil/2091001-2091500/2091301/2091301_1.xml

Preservando o belo

Cada um tem que se virar como pode, no Brasil hoje é assim, a necessidade impera e qualquer outras questões se tornam segundo plano diante do desemprego.
Acontece que o subemprego, ou na linguagem popular o camelô, campeia e vai conquistando espaço na área urbana, avacalhando qualquer projeto de desenvolvimento ordenado.
Na foto um exemplo do que é se jogar fora qualquer planejamento turístico de verade..
O arquiteto mundialmente consagrado Oscar Niemayer projetou o que em Niterói passou a ser chamado de “Caminho Niemayer”, onde há previsto e já realizados museus, estações hidroviárias e praças integradas ao que podemos dizer ser uma das mais belas vistas do Rio de Janeiro, a Baia da Guanabara.
Acontece que fazendo parte desse caminho, está o calçadão da Praia de Icaraí, e por autorização sabe lá Deus de quem, uma dezena de vendedores de coco se instalaram nas areias e servem aos caminhantes daquele espaço de lazer.
Nada contra os vendedores, muito menos contra as famílias que deles dependem, entretanto, na forma que está autorizado, deixaram de ser carrocinhas ou um isopores, para virar verdadeiros “quiosques”, sem a menor infraestrutura ou mesmo organização, chegando os vendedores nos dias de chuvas, a estenderem lonas amarelas, verdes, azuis para se abrigarem. Com respeito a palavra, mas formam verdadeiras favelas que no dia-dia já poluem a bela vista que a praia proporciona.
Que tal ao invés de deixar como estar, ou retirar os ambulantes tolerados (por quem?) não sejam realizadas obras de pequenos quiosques integrados a arquitetura do local e que os mesmos ambulantes se tornem pequenos empresários do coco gelado.
Em Tempo: Niterói após a conclusão de todo o "Caminho Niemayer" será a segunda cidade no mundo em obras do arquiteto.

23 agosto, 2005

Bom malandro

Quem se lembra do desmemoriado que apareceu na Inglaterra?
Encontrado vagando próximo a uma praia, o cidadão X durante uns quatro meses ficou em um hospital sem que ninguém conseguisse identifica-lo.
Suas roupas não tinham sequer etiquetas, não havia nada que levasse a qualquer pista sobre quem seria o indigente misterioso.
Nosso personagem seria mais um abandonado pela sorte, não fosse o caso de haver no hospital que estava internado um piano, e embora sem dizer uma palavra o misterioso cidadão teria se dirigido ao instrumento musical e tocado-o, como inicialmente foi amplamente noticiado, realizou músicas clássicas e outras desconhecidas, provavelmente de sua autoria.
A matéria tomou mundo, no Brasil saiu até no Fantástico, todo mundo se mobilizou e se sensibilizou para tentar identificar aquele artista abandonado pela sorte mas com amnésia. O cidadão X ganhou o romântico nome de “Homem Piano”.
Pois é, a coisa seguia esse rumo quando o próprio “Homem Piano” resolveu contar tudo, disse para as enfermeiras do hospital quem era, disse que era alemão, que não sabia tocar piano (?), que era alemão e que perdera o seu emprego em Paris, onde trabalhava com enfermeiros de doentes mentais.
Sua idéia inicial era tentar o suicídio se jogando ao mar, como não deu certo, logo após sua tentativa sem êxito foi encontrado pela polícia enquanto vagava todo molhado.
Tendo sido bem acolhido e levado para um hospital, gostou da idéia de compensar sua triste sorte e foi ficando, ficando, ficando...Não é nada, não é nada, mas para um desempregado, casa, comida e mordomias como uma cama quentinha e paparicos, levaram o “Homem do Piano” a viver sua fantasia de desmemoriado artista.
Acontece que depois de sua confissão foi devolvido para a Alemanha e agora, a turma inglesa não muito satisfeita com 171 que ganhou durante todo esse tempo, resolveu também processar o bom malandro em US$ 40 mil.
Só uma última observação, imagina se alguém tentasse aplicar o mesmo golpe aqui no Brasil, não iria agüentar dois dias sequer na rede de saúde pública, ou pior, conseguiria realizar seu intento inicial morte, só que por ter adquirido uma infecção hospitalar.

Recesso


Segunda-feira não é um bom dia para escrever, a gente fica meio relaxado por causa do fim de semana.
Amanhã a gente posta alguma coisa, apesar de que agora já é amanhã, mas deixa pra lá....

21 agosto, 2005

Botão vermelho

Descobri esse botão vermelho no Blog da Luz de Luma....
Boa semana.

http://www.botao.pt.vu/

20 agosto, 2005

Angostura



Para aqueles que gostaram do Camboinhas encalhado na Praia de Itaipu, postado logo ali embaixo, segue agora uma foto bastante interessante, também feita pelo meu pai.
Aconteceu o seguinte, encalhado o Camboinhas, a Marinha mandou socorro, destacou a Corveta V20, com nome de batismo “Angostura”, para rebocar o cargueiro.
Conforme se vê na foto, outra trapalhada, mais um navio preso na praia, imagina a confusão que isso não deu.
A praia que hoje é chamada de Praia de Camboinhas, bem que poderia ser chamada de Praia da Angostura.

Desvoto

Votei naquele que hoje chamo de Partido Trapalhão, não agüentava mais os ACMs da vida, os Malufs, os FHCs, seus tesoureiros, suas negociatas, suas vendilhagens. Sou culpado de cada ato de improbidade e imoralidade pública que hoje assisto, assim como milhões de outros brasileiros, que também apostaram na esperança.
Votei e quero desvotar, acreditei e agora desacredito, apostei e agora quero minha aposta de volta, e não aceito censura ao meu pedido sob o argumento de “votou, agora tem que agüentar”, o jogo não foi limpo, roubaram já no momento da aposta, estava viciado o caminho já no seu início e de mim foi escondido.
A minha revolta não é solitária, é solidária aos outros enganados, eleitores trapaceados pelo discurso do ilusionista que escondia a carta na manga e apresentava suas mãos vazias e limpas.
Nesse texto faço minha autocrítica e transbordo minha desilusão já anunciada. Chega de mentiras, de defesas orquestradas, de justificativas infundadas. Não quero a explicação do inexplicável nem a dúvida da inocência daqueles que se valem da lei para avilta-la. Não quero ensinar para meus alunos que o status de inocência não deve ser rompido diante da dúvida, quando a legalidade é detalhe diante da imoralidade. A Justiça não pode ser joguete ou palco dos espertos, muito menos se perpetuar como instrumento de poderosos.
Fora Delúbiu, Silvinho, Meireles, Marcos Valério, Waldomiro, Genuíno, Palotti, Dirceu..... FORA LULA! Quero meu voto de volta

19 agosto, 2005

Lixão

"O advogado Rogério Buratti, assessor do ministro Antônio Palocci durante sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), afirmou que, quando era prefeito, o ministro da Fazenda recebia R$ 50 mil mensais das empreiteiras que faziam o serviço de limpeza pública da cidade. O dinheiro seria repassado ao então tesoureiro do diretório nacional do PT, Delúbio Soares.As informações são do promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) de Ribeirão Preto.
Depois de ser preso sob a acusação de orientar a destruição de provas de negociações ilícitas, Buratti aceitou acordo de delação premiada".
(Portal IG – 19/08/05)
Depois do mensalão só faltava essa agora, o escândalo do lixão.
Aonde vai parar tudo isso ninguém sabe até agora, a cada dia que nasce o povo vê aflito o escândalo de última hora.

Movimento estudantil

Na recente manifestação promovida "contra a corrupção e a favor do lula", os aparelhados manifestantes não conseguiram esconder suas licenças devidamente pagas.

Camboinhas



Em maio de 1958, por razões ainda não muito claras, o navio mercante Camboinhas foi lançado na praia de Itaipu em Niterói/RJ, tendo sua história de navegação terminado naquele local, onde durante muitos anos nas décadas seguintes, ainda se podia encontrar nos dias de maré baixa, o fundo do casco cortado e abandonado por não ter sido possível seu resgate.
Assim, o trecho maior da praia de Itaipu ganhou o nome de Praia do Navio Camboinhas, sendo mais tarde conhecida somente pelo nome Praia de Camboinhas.
Camboinhas hoje é um bairro de classe alta, referência de urbanização e organização na cidade de Niterói.
A foto do navio Camboinhas foi tirada pelo meu saudoso pai Ozéas Corrêa Lopes, existindo muitas outras que com o tempo vou mostrando, inclusive a da a Corveta V2o, a "Angostura", escalada pela Marinha para resgatar o navio encalhado e que acabou encalhando também.
Mas ai é outra história...

18 agosto, 2005

Peixe podre


Fluzão 2 X 1 santos
Bacalhau ou peixe paulista, a gente papa tudo.

17 agosto, 2005

Brasil (ligue o som e clique)

A cada semana que passa surgem novos atores nesse imbróglio político nacional que R. Jefferson detonou.
A personagem dessa vez não é banqueiro, empresário, doleiro, político ou secretária. Chegou a vez das garotas de programas. Perdoem-me se não as chamo de putas, que além de poder ferir os ouvidos mais sensíveis, não seria politicamente correto no governo do Partido Trapalhão.
Existe na trama uma senhora de nome Jeany Mary Corner, que se auto-intitula “empresaria de eventos”, que é detentora de uma agenda interessantíssima, nela estariam relacionados os nomes de seus principais clientes em Brasília, as moças encaminhadas e os valores pagos pelos serviços, sempre em dinheiro.
No popular, a Sra. Jeany é uma cafetina que tem registrado seus clientes e gostos. Particularmente o que interessa da vida dessa “promotora de evento” e suas "meninas" são seus clientes poderosos na República.
Se o deputado, senador, magistrado ou administrador público que sair com uma prostituta, ninguém tem nada com isso. A coisa incomoda é quando as festas de embalo são patrocinadas com recursos públicos ou provenientes de corrupção.
Não pude deixar de Lembrar o Cazuza nessa hora:
.
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer (refrão I)

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha

Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim (refrão II)

Não me convidaram ...( refrão I)

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer "sim, sim"

Brasil... (refrão II)

Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)

Criatividade

A manifestação promovida pelos PCB, PSTU, PSOL e PRONA tem no mínimo pessoas com bastante criatividade e bom humor. Entoava o coro da militância na Esplanada dos Ministérios:
"Lula sabia, PT Ladrão. Rouba do povo pra botar no cuecão".

16 agosto, 2005

Esquerdista

Um GRANDE amigo me fez uma severa crítica e ao Blog:
- Seu Blog está reacionário, fascista.
Meditei, meditei, meditei muito, até porque de onde vinha, a crítica merecia ser respondida com bastante consideração e argumentos.
Já tinha escrito um texto enorme, cheio de ponderações e argumentos, que para mim justificavam o impeachment a defesa das Instituições e dos Poderes constituído, quando surgiu a pérola publicada hoje, que a seguir transcrevo do Blog do Noblat:
O que fez o PT, segundo o leitor
Do leitor que assina "O Guarani":
Como o PT é um partido de esquerda perseguido pela direita resolveu em 2002 formar uma chapa com os trotskistas do PL e o camarada José Alencar, velho militante popular revolucionário.

Depois de eleito, fez do esquerdista histórico José Sarney, líder combatente que lutou contra a ditadura, o seu principal agente no Senado; nomeou para o BC um socialista chamado Henrique Meirelles, do Bank Boston (um banco comunista dos EUA).

Também elegeu o revolucionário Marcos Valério seu doador, avalista, credor, e que numa operação audaciosa com o marxista Delúbio Soares criou um propinoduto para a causa socialista.

Em São Paulo, o PT se aliou com o proletário Paulo Maluf na campanha de Marta Suplicy. Depois, deu para a esquerda radical do PP, PL e PTB milhões de reais em troca de apoio para a revolução petista.
Tornou consultor no Ministério da Fazenda o grande comunista Delfim Netto, pagou os militantes de esquerda Janene, Henry, Mabel e Bispo Rodrigues na Câmara, e ainda deu um ministério ao leninista Severino Cavalcanti."
Abraços especiais para H.C., meu GRANDE amigo, mas discordo de sua avaliação, depois dessa descobri que minha linha é de esquerda ultra-radical.

No cofre e no armário do PTB

O primeiro-secretário do PTB Emerson Palmieri, que administrava o partido e fazia vezes de “tesoureiro informal”, falou o que todo mundo já imaginava:
- Na minha opinião, ele não distribuiu.
Referia-se a R.Jefferson e aos R$ 4 milhões que disse ter recebido do Marcos Valério.
Conclusões:
Se pegou e repassou, R. Jefferson tinha que dar os nomes dos beneficiários;
Se pegou e não repassou, R. Jefferson tinha que devolver;
Se não pegou e não repassou, está todo mundo louco.

Na verdade as armas de R. Jefferson serviam mais que palavras denunciadoras. Diferenciando muito pouco dos assaltantes do Banco Central, assaltava os cofres de sua própria legenda.

(Charge - Batistão)

Falando em Banco Central em...

Aparece um milhãzinho aqui, outro milhãozinho ali.... mas o grosso R$ 150 milhões, nada.
Será que se as investigações cainham na direção certa, ou na verdade é mais um boi-de-piranha para desviar as atenções do caminho certo.
As pistas deixadas são evidências esquecidas pela quadrilha, tão perfeita durante a ação e tão descuidada no final, ou são na verdade um caleidoscópio colorido e ilusório às vistas mais ingênuas?

15 agosto, 2005

Series premiadas

A Roupa de Gandhi

Mahatma Gandhi provou que a "roupa não faz o homem"
Só usava uma tanga afim de se identificar com as
massas mais simples da Índia.

Certa vez chegou assim a uma festa dada pelo governador
inglês. Os criados não o deixaram entrar.

Voltou para a casa e enviou um pacote ao governador, por um mensageiro.
Continha um terno.

O governador ligou para a casa dele e lhe perguntou o
significado do embrulho.

O grande homem respondeu:

- "Fui convidado para uma festa, mas não me
permitiram entrar por causa da minha roupa.
Se é a roupa que vale, eu lhe envio o meu terno..."

14 agosto, 2005

Patrulha

Coitado do Cristovam, foi vaiado no velório do Miguel Arraes.
Esqueceram a história do Senador, só porque não quer ficar misturado num partido cheio de bandidos e vigaristas, é vaiado pela claque patrocinada pelo dinheiro do povo.
Solidariedade ao brasileiro Cristovam Buarque, que até sexta-feira era considerado até pelos seus agressores, reserva moral do país e político exemplar, mas que por divergir da canalha agora é atacado.

Outra vítima dos bandidos é a exemplar senadora Heloísa Helena, que foi vaiada e chamada de traíra, mas como era de esperar, não passou recibo: "Eles deveriam estar aborrecidos com quem destruiu e jogou o PT nesse lamaçal de corrupção".

Frase na internet:

"Um dos primeiros Presidentes do Brasil foi o Prudente de Morais, daí prá frente tivemos um monte de Presidentes imprudentes e imorais."

13 agosto, 2005

Salva-vidas

A opção Lula cada dia fica mais longe, ou melhor, cada dia o operário-meu-patrão fica mais distante de uma saída política aceitável pela nação.
Com as declarações do ex-deputado e presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o Vice-Presidente José de Alencar também comprou uma passagem Brasília /Minas Gerais, sem direito a volta, ou seja, como eventual sucessor constitucional também está fora.
Sobrou para o Severino Cavalcante, que na qualidade de Presidente da Câmara assumiria a presidência, até a posse do novo Presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, no prazo de em trinta dias após a última vaga, para o término do mandato que vai até janeiro de 2.007.
É chegada a hora do Presidente da República começar a pensar na governabilidade política e econômica que ele tanto apregoa.
Em gesto de grandeza final, Lula deveria encaminhar uma Proposta de Emenda Constitucional apontando o fim da reeleição; a convocação para dezembro de 2.005 de eleições gerais para Presidente, Vice-Presidente e para o Congresso Nacional; convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte para funcionar a partir de janeiro de 2.006.
O operário-meu-patrão tem que andar rápido, até porque, se demorar nem salva-vidas haverá.

Estava sobrando

Deu no O Globo que, em entrevista à Rádio CBN neste sábado, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) disse que anunciará oficialmente na segunda-feira, no plenário do Senado, sua saída do Partido dos Trabalhadores.
Longe de ser um fujão, ou estar a abandonar o navio nos primeiros sinais do afundamento, o senador Cristovam Buarque é um daqueles brasileiros digno e respeitável homem público, que a muito estava “sobrando” no PT.
Na verdade o senador já vinha sendo fritado pela cúpula do Partido Trapalhão desde antes de sua saída do Ministério da Educação, que vale lembrar deu-se por telefone. Na ocasião o operário-meu-patrão estava em Portugal e quem articulava a reforma ministerial no Brasil era ele, o Zé Dirceu.
Conta-se que as relações do senador e do ex-ministro azedaram após o Cristovam regulamentar no final do ano de 2003 os centros universitários, posição radicalmente contrária a dos donos de universidades privadas e do Zé.
Na época o reitor da Unip, João Carlos Di Gênio, dono da rede Objetivo e da Universidade Paulista, era tido como o intermediador dos interesses das universidades privadas junto a Zé Dirceu, com interesse pontual em barrar a regulamentação dos centros universitários, atacados como inconstitucionais.
Também me lembro de um papo estranho sobre bois milionários comprados pelo Di Gênio e o advogado do Zé, saiu até na revista Isto é Dinheiro (rural), mas ninguém tinha coragem de fazer ilações ou comentários mais comprometedores.
Teve também outro papo, esse bem reservado, conhecido por quase ninguém, falando alguma coisa sobre quarenta milhões....
Quem sabe depois de sua saída da base governista, o senador abra mais essa caixa preta e sejam dissipados ou confirmados os boatos que circularam então, os quais não conto aqui nem se amarrado no pelourinho.

Perdão nacional, arrependimento ineficaz


“Remorso só é grande mesmo quando o errado que se fez não deu certo” (Antonio Callado – Quarup)

A Internacional (ligue o som e clique)





À Francisco Milani e Miguel Arraes, homens que representaram com suas idéias e mandatos a vontade popular, homens de bem que morreram sem fazer fortuna com o dinheiro público, dois eternos “jovens” que acreditavam numa sociedade mais justa e fraterna.

Agradecimento

MAIS DE MIL VISITAS EM UM MÊS.

Quando coloquei no ar esse Blog, não esperava ter uma visitação tão permanente, para mim é uma surpresa.

Obrigado pelas visitas no Blog do Ozéas.

12 agosto, 2005

Refém do dia seguinte

“A revista "Época" deste final de semana traz reportagem de capa com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que renunciou ao mandato de deputado federal na semana passada. Em entrevista, ele diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do acordo de R$ 10 milhões feito entre PT e PL para selar a aliança da campanha de 2002. Segundo ele, o dinheiro foi pago só depois das eleições, por Marcos Valério, em malas de dinheiro.” (Portal IG – 12/08/05)

A que ponto se chegou, o Presidente da República decidiu fazer um pronunciamento à nação, esclarecendo os acontecimentos que dominam o noticiário, entretanto, não o fez antes de ler a edição antecipada da revista “Época”.
Teve medo de falar alguma coisa hoje, e amanhã os fatos o desmentir, o presidente está na fase de temer ser atropelamento pelos fatos.
Após tudo lido e pensado, resolveu falar. Falou à nação na presença de seus ministros, lá na Granja do Torto, mesmo lugar que a um mês atrás dava uma festa junina para a quadrilha dançar.
Disse-se indignado, e “traído”, mas por quem? Isso não disse.
Soube falar de crescimento industrial e rural, inflação abaixa com contas equilibradas, emprego em crescimento exuberante. Mas o que o povo queria ouvir, quem, como, quando, onde, não falou. Pediu desculpas e disse que o seu partido tinha que se desculpar, mas de que e por causa de quem?
Disse que se dependesse dele todos já estariam punidos, um tremendo avanço para quem a menos de um mês era contrário à apuraçã. mas não indicou quem nem fez sinal que indicará.
Pois é Presidente, o senhor hoje perdeu uma grande oportunidade, a de se revelar o verdadeiro estadista que acha que é, mas como não podemos esperar mangas de um pé de goiaba, nem ovos de uma vaca leiteira, não poderíamos esperar mais do que nos deu.
Como mandatário maior da República era seu dever convocar eleições antecipadas para o legislativo e executivo pela via de emenda constitucional, era seu dever renunciar à reeleição, era sua obrigação convocar uma assembléia nacional constituinte, o Congresso certamente o apoiaria, isso como forma de legitimar e apagar as dúvidas sobre as leis aprovadas e maculadas pela compra de votos.
Pois é Presidente, o senhor não um é estadista mesmo não, quando muito o operário-meu-patrão, com as devidas desculpas aos operários de verdade, trabalhadores honestos.
Pois é Presidente sairá caro ao país esse seu apego ao cargo e essa falta de despreendimento público.

Fotos sempre atuais



Em frente ao Congresso Nacional, estudantes pintam o rosto para pedir impeachment de Fernando Collor de Melo;
Em protesto contra a corrupção, bancários lavam a bandeira nacional na rampa do Congresso em novembro de 1993 ;

“Em vinte minutos tudo pode mudar”

Está cada vez mais difícil postar alguma coisa por aqui, são tantas coisas todos os dias, em tantos lugares ao mesmo tempo que nem sei mais por onde começar.
É dinheiro em paraíso fiscal, deputado pegando carona com investigado, listas que aparecem a todo instante e listas que desaparecem diante de todos.
Tem líder renunciando, salário-mínimo aumentando, Severino arquivando, Genuíno chorando, Dirceu armando, deputado renunciando, Severino desarquivando.
Festinha vip em hotel, mariposas no alto e senhoras respeitáveis no andar de baixo, verdadeiras mentiras, hábeas corpus. Tanta informação que nem da mais para pensar, que dirá postar.
Valério deu dinheiro para Duda no exterior a pedido do Duda, ou Duda recebeu dinheiro no exterior a pedido do Valério? Quem poderá dizer... Treze milhões sem explicação, é sobra, é rapa, tem dono ou não?
O chefe de governo não viu nada, não ouviu nada, não falou nada, mas acredita piamente que nada aconteceu.
Ontem postei minha primeira manifestação pró impeachment cheio de dúvidas, hoje já esta toda oposição pedindo o afastamento do operário-meu-patrão e, mesmo a situação fala em velório do PT. Como a coisa está andando rápido.
Assim, vou continuar lendo e observando, lendo muito e cada vez falando menos, até porque com os acontecimentos cada vez mais rápidos, não tem dado nem tempo para ligar o computador, que já tem novidade.
No outro dia estava vendo a propaganda da Band News FM que dizia; “porque em vinte minutos tudo pode mudar”. Está mudando.

11 agosto, 2005

Já é 2º colocado

Fluzão 2 X 0 fortaleza


Realmente, hoje não era o dia do Dirceu, do Lula e do Fortaleza...

10 agosto, 2005

Radicalizando na cidadania


Já que ninguém quer falar no assunto, resolvi iniciar a campanha por minha própria conta, cada um que siga para seu lado.

09 agosto, 2005

Tese inédita

Ouvindo o Marcos Valério agora na TV Senado, observo um detalhe interessante.

Dos Fatos:

Perguntado sobre os quatro milhões que o R. Jefferson diz ter recebido dele, Marcos Valério diz que Jefferson não tem credibilidade, que é pessoa que rasga documentos e se recusa a responder aos parlamentares, em suma, não pode ser levado a sério.
Afirma que os únicos valores dirigidos ao PTB foram entregues a José Carlos Martinez e, que nunca repassou qualquer valor ao Deputado R. Jefferson.

Esses são os fato.

Do Direito:

Prescreve o texto constitucional, no art. 5º, LVII, “Ninguém será considerado culpado até o transitado em julgado de sentença penal condenatória.”
Versa também o Código de Processo Penal, no art. 197 que “O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para outros elementos de prova, e para sua apreciação o juiz deverá confronta-la com as demais provas do processo, verificado se entre ela e esta existe compatibilidade ou concordância.”

No primeiro texto constitucional expressa-se o princípio do status de inocência que toda pessoa goza, até que seja provado em contrário.
No texto processual seguinte, há o registro da necessidade da confrontação da confissão com a prova, para que o juiz possa aceitar a auto-incriminação e, essa sirva de base a uma condenação.

Assim, como ninguém é culpado até sentença condenatória irrecorrível e, essa condenação não pode se dar exclusivamente com base na confissão, sem provas que a confirmem.
Se um dos principais inimigos do R. Jefferson, Marcos Valério, afirma que não há dinheiro destinado para Jefferson, não há registro de repasses, ou seja, não há provas contra ele, o que resta? Somente a auto-acusação, inadmissível no Processo Penal Brasileiro como elemento único de condenação.

Corro o Risco de estar 99% errado, mas para mim a tese do recebimento dos quatro milhões é cortina de fumaça, o R. Jefferson, que sempre devemos lembrar é advogado criminalista, sabe que não pode ser condenado sem provas, e elas não existem.
Essa me parece ser a tese final da sua defesa. Sai limpinho disso tudo e rindo da cara dos outros.

Lições anarquistas

O texto escolhido pelo alcaide não poderia ter melhor propriedade para o momento.

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana." Mikhail Bakunin (Publicado hoje no Blog do César Maia)

Hipocrisia universitária

Que R. Jefferson é uma daquelas pessoas que nunca me venderia um automóvel, disso não tenho dúvidas.
Que o R. Jefferson sempre manteve ligações perigosas e duvidosas em todos os seus mandatos, também não duvido.
Que o R. Jefferson desde os tempos do Collor sempre se posicionou no lado mais atrasado e reacionário do campo político, não há como contestar.
Na verdade, o R. Jefferson é um daqueles políticos que vão sendo expurgados do cenário político cada vez que a sociedade avança pelas veredas da democracia.
Os Rs. Jeffersons da vida sempre existirão, mais ou menos presentes na vida pública, conforme o grau de esclarecimento da sociedade.
O que me chama a atenção, conforme publicado no “O Globo” de hoje, é o fato de R. Jefferson ter sido tremendamente hostilizado quando presente na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo para proferir uma palestra.
Não entendi, ou faço de conta que não, mas não posso ficar ser perguntar, por que o R. Jefferson foi atacado e xingado de “picareta” e “ladrão” durante todo o tempo que permaneceu tentando falar na Faculdade?
O R. Jefferson por ter seus interesses pessoais atacados e sentindo-se acuado, resolveu partir para a briga, denunciou talvez o maior esquema de corrupção montado na história da República. Se os seus propósitos iniciais eram vingativos, tentando retalhar seus acusadores, após a descoberta da “petequinha” de três mil reais aceita por um de seus aliados nos Correios, na verdade R. Jefferson com suas denúncias sobre o mensalão prestou um grande serviço à nação.
Longe de mereceu busto ou placa em via pública, ou mesmo um voto que seja no futuro, R. Jefferson evitou com suas denúncias que uma ditadura corrupta se instalasse no país pelas próximas décadas, na verdade, evitou um mal maior quando lavou suas mãos na pia virgem dos éticos petistas.
A estudantada ficou zangada com R. Jefferson por ele ter declarado que recebeu uma “pratinha” (quatro milhões) do Valerioduto, ou por que denunciou que a musa não era mais virgem?
Até aonde os R$ 1.180.000,00 recebidos pela UNE influenciaram nessas laranjadas que atingiram o R. Jefferson?

Notinha

Um dos maiores escândalos desta safra de escândalos cabeludos que o governo Lula não pára de produzir está passando quase despercebido da opinião pública.

Um dos advogados que assessora o ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu, preparando seu depoimento de amanhã na Câmara dos Deputados, é ninguém menos que Fernando Neves da Silva, atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Isso mesmo: o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que tem, entre suas atribuições fiscalizar o comportamento das mais altas autoridades do país, incluindo aí o chefe da Casa Civil, está no momento assessorando o ex-ministro José Dirceu, acusado de ser o chefe do esquema do mensalão!


Lucia Hippolito na CBN

Colaborando - Hildiberto

Moral da tropa

Conta a história que o General Napoleão Bonaparte, quando partia para uma batalha sempre usava uma capa vermelha.
Durante muito tempo pensou-se ser uma supertição do General, mas historiadores descobriram que na verdade a escolha pela cor da capa dava-se em razão da manutenção do moral da tropa caso fosse ferido, o ferimento não seria visto e os seus soldados não recuariam.
Não é de graça que Lula tem usado calça marrom ultimamente.

Nota jurídica

O Jornal da Globo está precisando contratar um consultor jurídico.*
Noticiou agora a pouco que se os assaltantes do Banco Central de Fortaleza forem presos, pegarão uma pena máxima de quatro anos.

Diz o art. 155 do Código Penal:
“Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Pena – Reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.”


Errou feio o JG, na verdade trata-se de furto sim, mas qualificado.
No mesmo artigo citado, em seu § 4º está previsto:
“A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.”


Como o Blog recebe visita de estudantes de Direito e curiosos críticos, faço o registro.
Blog também é cultura

*Em tempo: Que tal o Dr. Aristides Junqueira, já que perdeu a boquinha no Partido Trapalhão.

08 agosto, 2005

Bom exemplo



O R. Jefferson disse que “o Lula não gosta de trabalhar”.
Fiquei pensando aqui com meus botões, se ele não gosta, nem eu.
Assim, hoje não vou postar nada por aqui, vou seguir o exemplo do operário-meu-patrão.

07 agosto, 2005

Galo assado



FLUZÃO 2 x atlético 1




Subindo na tabela

“Toque outra vez, Sam” (clique, tem som)


AS TIME GOES BY
Letra e Música de Herman Hupfield


You must remember this,
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh;
The fundamental things
[apply



As time goes by.
And when two lovers woo,
They still say, "I love you ",
0n that you can rely;
No manter what lhe future
[bringsAs time goes by.

Moonlight and love songs,
[never out of date,
Hearts full of passion,
jealousy and hate;
Woman needs man, and
man must have his mate,
That no one can deny.

lt's still lhe same old story
A fight for lave and glory,
A case of do or die
The world will always
[welcome lovers
As time goes by.


Urna Eletrônica

Conforme a “discreta” propaganda publicada logo abaixo, já me posicionei sobre a questão da venda de armas, que será objeto de plebiscito em outubro.
Como sou uma pessoa curiosa, substituí a pesquisa “o lula sabia?” pela pergunta de como você vai votar no plebiscito.
É só votar naquela janelinha que abre junto com a página do Blog.

06 agosto, 2005

Você é a favor da proibição da venda de armas?

6 de agosto


O dia em que o homem desfez a criação.

“Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” (Gênesis 1:3/4)

“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com intenso calor” (apocalipse 16:8/9)

Deu no Noblat

Transcrevo na integra matéria postada no Blog do Noblat ontem dia cinco de agosto:
"Em homenagem a Silvinho Land Rover
Deliciosa história publicada ontem pelo jornal O Estado de São Paulo na sua primeira edição. Nas edições seguintes foi substituída para outra.

"As 23 moças eram muito formosas e atraentes, atesta quem as viu naquela tarde/noite de outubro de 2003, uma terça-feira, pegando um vôo de fim de tarde, em Congonhas, no rumo de Brasília. Ao desembarcarem na capital, o séquito de belas podia parecer uma matilha de modelos a caminho de um desfile de modas; mas não pareceu. Tanto foi assim que o condutor das moças, incomodado com a atenção que elas atraíam no aeroporto, tentou levá-las rapidamente para o micro-ônibus fretado.

No caminho, o grupo se encontrou com o advogado Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, amigo dileto do então poderoso ministro José Dirceu. Contam que um constrangido Kakay cumprimentou uma por uma e, ao final, bateu em retirada.

As moças foram conduzidas à suíte presidencial do Hotel Gran Bittar, como a principal atração de uma comemoração especial em homenagem ao então secretário-geral do PT, Silvio Pereira.
A festa tinha dois estilos, cada uma delas postado num andar da suíte presidencial.

No andar de baixo, o 13º do hotel, funcionava a festa light, que contava, inclusive, com a presença de circunspectas petistas do sexo feminino, onde eram servidos drinques e se falava de poder, de política e do partido; no de cima, a cobertura do prédio, rolava a festa heavy, com as 23 formosas e atraentes moças, indicadas pelos gêmeos Gustavo e Flávio, que se notabilizaram no programa Casa dos Artistas, do SBT. Na porta da escada para o 14º andar, um segurança filtrava quem podia passar.

A festa ameaçava ir bem mais longe do que prometia uma modorrenta terça-feira brasiliense. O formalismo do 13º andar foi quebrado repentinamente pelo toque do telefone celular do homenageado, o então secretário-geral Silvio Pereira. Era um chamado urgente do 4º andar do Palácio do Planalto. "O ministro vai falar", disse a secretária. Quem estava perto de Silvio não ouviu a parte de lá do curto diálogo, mas conta que o interlocutor gritava e que o secretário ficou roxo.
Incontinenti, Silvinho pegou pelo braço o então tesoureiro Delúbio Soares, obrigou-o a deixar o charuto Cohiba no primeiro cinzeiro, e voou com ele da festa, elevador abaixo. Para eles, a festa, mal começada, chegava ao fim. A versão "de dentro" conta que, tão logo constatou a presença das formosas e atraentes 23 convidadas, Kakay dedurou tudo a quem de direito. E "quem de direito" ligou para Delúbio e pôs o trem nos trilhos: "Saiam daí já, seus malucos"."

05 agosto, 2005

13

Conforme informação exclusiva deste Blog, o novo responsável pela imagem do operário-meu-patrão é o ex-técnico da seleção brasileira Zagalo. “Vocês vão ter que me engolir”.
Além de possuir trocadílico nome que o liga ao rinheiro Duda Mendonça, Zagalo foi escolhido também por suas convicções supersticiosas.
O operário-meu-patrão ficou impressionadíssimo com seu novo marqueteiro, que após observar os nomes MARCOS VALÉRIO, SÍLVIO PEREIRA E DELÚBIO SOARES, descobriu que todos os nomes possuem 13 letras e isso da estaria desestabilizando o governo.
Especialista em frases de impacto, retrancas e no número 13, Zagalo é tido como uma das grandes aquisições para o segundo mandato presidencial.

Fagundes Varela

Amor e vinho
.
Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer
.
A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
.
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer

Speed Racer


No outro dia foi o “Vigilante Rodoviário” e seu cachorro Lobo, depois postei National Kid e o Robô dos “Perdidos no Espaço.
Hoje trago a lembrança do maior herói do automobilismo nos desenhos animados.

04 agosto, 2005

Falando de coisa séria


Valeu FLUZÃO
3 X 2 no bacalhau


De virada é mais gostoso.

Desaparecido

Onde anda o publicitário-rinheiro Duda Mendonça, aquele do “Brasil um país de todos” e “lulinha paz e amor”?
Já se sente a sua ausência, fala-se até que o Zagalo teria assumido seu lugar, sendo agora o responsável pela nova imagem do governo, “com ódio ou sem ódio, vocês vão ter que me engolir”.
O problema que o ZaGALO embora tenha também galo trocadilhado no seu nome, não é metade do que o contraventor representa.
O “velho lobo”, não deve explicações sobre os mais de 15 MILHÕES recebidos das contas do Marcos Valério, não precisa justificar a Receita a não declaração desses valores e muito menos, deve qualquer satisfação sobre o “caixa dois” da campanha do operário-meu-patrão.
Se alguém souber alguma notícia sobre o paradeiro do publicitário-contraventor ligue para o disque-denúncia, (0XX21)2253-1177 , seu nome e telefone serão mantidos em sigilo.

03 agosto, 2005

Lições da guerrilha

Aqui mesmo no Blog postei minha decepção com o depoimento do José Dirceu na Comissão de Ética da Câmara. Achei que a postura de negar veementemente todos os fatos por parte do Zé não foram convincentes e não ajudaram em nada na elucidação das verdades que todo o povo pretendia ver no duelo Jefferson X Dirceu.
Questionei a estratégia ética da defesa adotada pelo Dirceu, quando transferiu toda a responsabilidade de qualquer coisa que possa ter acontecido para o seu partido, livrando literalmente sua cara e mais, protegendo-se de qualquer descoberta de fatos passados ou futuros, preservou sua pele e mandato sob o manto da legalidade formal, ou seja, dizendo que não poderia ser alvo de acusações de quebra de decoro parlamentar por não estar exercendo atividade parlamentar, devido sua licença para o exercício de função no executivo.
Minha indignação necessitou de uma noite de sono, para que fossem processadas e refletidas as informações fora daquele primeiro momento.
O Zé vai negar tudo, até o fim ele não confessará.
Treinado no movimento guerrilheiro, o Zé aprendeu a importância do silêncio e da preservação dos camaradas nos momentos de luta. A mente do Zé foi forjada no embate e ele sabe como poucos manter a calma nos momentos mais difíceis. O Zé sabe e aprendeu que mesmo capturado deveria manter o silêncio a qualquer preço, mesmo que custasse seu próprio sacrifício. Aprendeu que no momento da luta só estaria liberado à confissão após passar pelas mais difíceis provas físicas e mentais, resistir à tortura faz parte da formação de sua mente.
O Zé foi interrogado com todas as garantias constitucionais e soube usar da lei, preservou a si e a quem mais queria, não poderia ser outro o resultado, nada declarou.
Para mim o Zé mostrou mais uma coisa, que conhece bem a lição. A propósito, cito parte do “mini-manual do guerrilheiro urbano” de Carlos Mariguella:
A segurança da guerrilha deve ser mantida também e principalmente em casos de prisão. O guerrilheiro preso não pode revelar nada à polícia que possa prejudicar à organização. Não pode dizer nada que de pistas, como conseqüência, as prisões de outros camaradas, a descoberta de endereços e lugares de esconderijo, a perda de armas e munições.

Valores

“O projetista de calderaria Antonio Fernando Rodrigues, 53 anos, devolveu uma mala com R$ 200 mil em dinheiro, cheques e notas promissórias que encontrou no trem que liga São Paulo e Jundiaí.
O caso ocorreu na semana passada na estação ferroviária de Francisco Morato. O projetista seguia para o trabalho quando encontrou a mala em um banco do trem. Ele a levou para casa e decidiu devolver ao dono, um consultor financeiro, que foi descoberto por meio de um cartão que Rodrigues encontrou na mala.
O consultor diz ter esquecido a mala pois se distraiu mexendo em um aparelho de celular que havia acabado de ganhar e que foi perceber o ocorrido quando estava chegando em casa.
Rodrigues disse que em momento algum pensou em ficar com o dinheiro. Ele recebeu uma gratificação de R$ 110”
(Portal Terra – 03/08/05)

Vez por outra aparecem essas notícias de honestidade incondicionada, na semana passada mesmo, o operário-meu-patrão muna de suas investidas populares emergenciais, aproveitou-se da imagem daquele cidadão da Infraero de Brasília, aquele que se não me falha a memória achou R$ 50.000,00 e devolveu, de tão surpreendente sua ação virou até garoto propaganda do publicitário-rinheiro.
Reflito sobre a importância e de como se tornou artigo de luxo a qualidade “ser honesto” no Brasil.
As notícias que nos chegam são permanentemente no sentido a “se dar bem” e, quando surgem pessoas que abandonam o senso comum, são tratadas como heróis nacionais ou no mínimo pessoas de destaque.
No outro dia mesmo apareceu no Fantástico uma matéria onde um casal encontrou uma máquina fotográfica digital e lá estavam registrados momentos de outra família. O casal verdadeiramente investigou até encontrar os legítimos donos da máquina e a devolveu, tudo em horário nobre da Globo no domingo.
Nossa sociedade nas exceções vem firmando a regra geral do individualismo e da ganância, da riqueza a qualquer preço e da vantagem em curtíssimo prazo.
É mais fácil a Capitu dos “laços de família” ser prostituta que vendedora ou estagiária a preço vil.
É mais vantajoso ser filho de pai rico e bandido que de pai pobre honesto.
Cito agora versos de Petrônio que questionava valores de época em Satiricon, já no primeiro século da era cristã, que de tão atuais ainda nos colocam envergonhados:

Quem confia no acaso do mar amontoa lucro imenso;
Quem segue as armas e a guerra pode cingir-se de ouro;
O adulador barato deita-se bêbedo em leito púrpura;
O devasso ganha dinheiro com o adultério.
Só a eloqüência trema esfarrapada no inverno,
E desvalida invoca as artes desprezadas.

Tocando a fanfarra

- O Marcos Valério emprestava dinheiro para o Partido Trapalhão;
- O Marcos Valério saldava dívidas de campanha do Partido Trapalhão;
- O Marcos Valério pagava ao publicitário-rinheiro Duda Mendonça despesas de campanhas eleitorais do Partido Trapalhão;
- O Marcos Valério ajudava aos partidos da base aliada a quitarem dívidas de campanha;
- O Marcos Valério distribuía no varejo, através das contas de suas empresas, valores a políticos do Partido Trapalhão;
- O Marcos Valério pagava contas de campanhas de partidos não aliados do Governo Federal;
- O Marcos Valério pagava contas de campanhas de políticos (individualmente) de partidos não aliados do Governo Federal;
- O Marcos Valério agenciava emprego para a mulher do José Dirceu;
- O Marcos Valério se reunia regularmente no 4º andar do Palácio do Planalto com o Chefe da Casa Civil da Presidência;
- O Marcos Valério era o encarregados de contas publicitárias de empresas de porte do Governo Federal;
- O Marcos Valério através do seu relacionamento com a Secretaria de Comunicações do Governo (Luiz Gushiken), alterou regras de concorrência para um contrato de publicidade estatal;
- O Marcos Valério tinha através José Dirceu e de Silvio Pereira o operador da mesada parlamentar, acesso a nomeações a cargos públicos;
- O Marcos Valério transferia dinheiro para Glênio Guedes que funcionava no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro, órgão do Ministério da Fazenda, encarregado de pareceres sobre recursos de instituições financeiras contra punições impostas pelo Banco Central pela Comissão de Valores Imobiliários ou pela Secretaria de Comércio Exterior;
- O Marcos Valério se reuniu com executivos do Banco Rural e com o José Dirceu num hotel em Minas Gerais para tratar de assuntos “diversos” e não revelados até agora;
- O Marcos Valério mantinha contato com Teles internacionais e aproximava empresários da Presidência;
- O Marcos Valério pagava ao Ex-Procurador da República Aristides Junqueira para defender a imagem do Partido Trapalhão no episódio do seqüestro e morte do Prefeito de Santo André/SP.


Será que esse multifacetado homem chamado Marcos Valério conseguiu agir com tantas funções e tanta proximidade do Governo Federal e sem ser percebido?
Será que o Marcos Valério conseguia agir de maneira tão ágil somente em razão de sua
relação com a executiva do Partido Trapalhão?

Será que o operário-meu-patrão nunca percebeu o barulho que esse homem-banda causava quando tocava seus instrumentos no 4º andar do Palácio do Planalto?