Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

31 julho, 2006

Defesa do Consumidor

Como habitual usuário da telefonia celular, tem uma coisa que sempre me incomodou bastante, a proibição da escolha de nova operadora após a aquisição de meu aparelho, ou por oferta de serviços melhores por parte da concorrência, ou por insatisfação com os serviços que me são fornecidos por aquela que me vendeu o telefone.

Pelas regras vigentes utilizadas pela maioria das empresas, compro um aparelho em determinada companhia e tenho que ficar vinculado a ela por até um ano, quando só a partir de então, posso inserir com sucesso um novo “chip” de outra no meu aparelho, isso após o desbloqueio em uma central autorizada pela companhia.

É certo que tal iniciativa desenvolveu um mercado paralelo facilmente encontrado, especialmente nos grandes centros, onde verificamos através de propagandas em panfletos e cartazes pelas ruas o oferecimento de
“desbloqueio de celular”.

Essa atividade técnico-informal de desbloqueio, de regra é feita em “bocas de celulares”, quem se atreve a fazer a operação não autorizada, por vezes tem até sua linha “
clonada”, isso para não dizer da enorme quantidade de aparelhos que são diariamente furtados e roubados, que são “transformados” em livres pelas máfias instaladas nesse negócio lucrativo, para poucos. Verdadeiro caso de polícia tolerado pelas autoridades competentes, que por interesses escusos, ou por total vício de Macunaíma não combatem tal prática.

Por outro lado, as operadoras de telefonia celular, ao arrepio do Código de Defesa do Consumidor (
Art. 39, I), realizam suas vendas casadas, ou seja, fornecem seus aparelhos por preços carterizados e os vinculam a obrigações de serviços aos seus usuários, que na prática, nem desistir dos mesmos podem, vez que são sancionados com multas rescisória não raramente de valores superiores aos próprios aparelhos.

Diante desse quadro de arrepio às leis, o consumidor/usuário pouco pode fazer, senão ingressar com medidas judiciais para ver seus direitos resguardados, e após pacientemente esperar alguns meses, que o Poder Judiciário o socorra com a devolução do seu sagrado direito de escolha. Nada certo entretanto, até porque como diz o dito popular, “da cabeça de juiz e da bunda de criança” ninguém sabe o que sai.

Como alternativa ao quadro descrito, tramita na Câmara o Projeto de Lei nº
6837/06, do Deputado Pastor Francisco Olímpio (PSB-PE), que proíbe as operadoras de celular de bloquearem os aparelhos para habilitação em outras companhias. O projeto permite ao usuário habilitar seu celular na operadora que quiser, bastando, para isso, apresentar a nota fiscal de compra do telefone. O Deputado justifica sua proposta sob a alegação de que a prática bloqueadora caracteriza monopólio, pois vincula o consumidor à operadora.

Com tramitação em caráter conclusivo, o PL será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Embora o titular desse Blog não acredite que a solução dos principais problemas de cidadania sejam resolvidos pela simples edição de leis, vê com bons olhos a iniciativa do Deputado Francisco Olímpio, que servirá para defenestrar mais um abuso do poder econômico e, por via transversa, acabar com mais uma das “caixinhas” de tolerância, enraizadas na polícia brasileira.

29 julho, 2006

O fenômeno Heloisa Helena

O crescimento da candidatura da HH não pode ser encarado como algo tão inofensivo como aparentemente se posta. Não se pode descartar no processo eleitoral, isso é perfeitamente possível, um eventual segundo turno com a participação da candidata do PSOL e do candidato do PT. A possibilidade da derrota de uma alternativa democrática no pleito de outubro pode jogar o país no gueto esquerdista, com conseqüências inimagináveis.

Com sua candidatura apoiada pelos PCB e PSTU, HH é fruto do Partido dos Trabalhadores, foi lá que obteve seu espaço político e a possibilidade de uma legenda para disputar o Senado, foi lá no PT, onde se filiou em 1985, que esteve abrigada na sua “tendência”, tida internamente pelo próprio partido como radical, a “Democracia Socialista”. Na sua vida orgânica partidária no PT, HH disputou por anos no “coletivo” a hegemonia política do partido, sendo finalmente derrotada e expulsa do PT por sua “coerência moral”, ou seja, o que tem a HH de diferente do operário-meu-patrão é sua posição lógica e respeitosa ao seu ideário de origem. HH não mudou, apenas “avançou” na busca de seu espaço “puro sangue”.

A propósito, a própria legenda registrada junto ao TSE da candidata, o PSOL, é o resultado do estreitamento ético-político por que passaram algumas “tendências” do PT, destacando-se o Movimento Esquerda Socialista (MES), a Ação Popular Socialista (APS), a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST) e a própria Democracia Socialista (DS) da Senadora, entre outras. O Grupo que constituiu o PSOL não é composto de revisores do socialismo, muito pelo contrário, são fundamentalistas insatisfeitos com a “traição” cometida pelo PT à classe operária.

HH não é a Madre Tereza, como também não é simplesmente uma mulher honesta e crédula na “democracia burguesa”. HH quer “avançar” no processo revolucionário, quer a sociedade “se transformando” de maneira bastante radical, quer a “virada da mesa”, onde “a força do trabalho seja superior ao do capital” e que inexista a propriedade privada. HH que o fim da democracia participativa e a implantação do regime do partido único, instrumento principal para se estabelecer a sociedade imaginada pelos seus ideólogos de cabeceira.

Hoje HH é importante no tabuleiro político montado, até porque desgasta o adversário principal dizendo com todas as letras que “o rei está nu”. Do alto dos palanques em praças públicas, HH direciona sua metralhadora moral para todos os lados, com um discurso inflamado e “coerente”, concentrando no apedeuta maior seu estoque de munição, sabe que é dessa estratégia que podem sair os votos necessários para o êxito de sua candidatura, mas poucos conhecem verdadeiramente que sociedade a HH quer para o Brasil, isso ela não revela, teme a rejeição do eleitor que a escolheu como protesto ao atual estado de desmoralização política por que passa o país.

Honestidade e coerência não são os principais atributos que deveriam servir à escolha de um candidato, tais adjetivos deveriam ser considerados como presente e não como achados raros nesse ou naquele pretendente, mas infelizmente assim não é. Diante da crise moral por que passa nossa democracia, estamos novamente jogando para segundo plano as questões principais, que servirão para definir o futuro político, social e econômico da nação. Desgraçadamente o eleitor está mais atento aos argumentos próprios das delegacias de costumes ou defraudações, infelizmente se tornou presa fácil para os escamoteadores e oportunistas.

Nada impede que o eleitorado em reação a bandalha política que fomos colocados, reaja votando no novo “Macaco Tião”, ou no rinoceronte “Cacareco”, afinal, até o Enéas teve seu momento de glória. Antigamente, quando os votos eram escritos, era comum a manifestação anárquica ou descontente através de piadas de questionável gosto, mas uma coisa era certa, eram inofensivos protestos que geravam no máximo a anulação daqueles votos. Hoje com o sistema informatizado a coisa mudou, hoje a piada, o protesto e a ignorância política comprometem a própria segurança da democracia.

Quantos conhecem as idéias do PSOL e de suas tendências internas? Quantos sabem o que representa essa inofensiva sopa de letrinhas que disputa a hegemonia interna desse simpático partido? Quantos conhecem HH além de suas bravatas morais? Que tal uma visita mais atenta ao site do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL
(Para o passeio clique aqui)

Para concluir, imagine-se um eventual 2º turno entre o operário-meu-patrão e HH, o que nos restaria?

25 julho, 2006

Cara-de-pau

O Blog do Ozéas fez lá suas considerações quanto a renúncia do Sr. Wellington Moreira Franco em concorrer a reeleição para Câmara dos Deputados, não acreditava como ainda não acredita em valores morais tão elevados vindo de onde vem. Para quem não leu é só clicar aqui.

Agora vem a tona através do
Blog do Pero Vaz de Caminha, uma reunião da bancada do PMDB do Rio de Janeiro com seu presidente, o Sr. Anthony William Matheus de Oliveira, mais conhecido pelo vulgo adotado de “garotinho”.

Na reunião revelada pelo escrivão da armada, ficou demonstrado o verdadeiro motivo da “renúncia moral” de Moreira, que conforme desconfiança inicial do titular deste Blog, mais parecia sufocamento eleitoral por parte do novo coronelato peemedebista fluminense, que as razões de um probo homem público.

Direito de expressão

Do o Irã até as Maldivas, de Cuba até o Vietnã, os governos reprimem as pessoas que usam a Internet para comunicar suas opiniões e negam a seus cidadãos o acesso a abundância de informação da rede. Usuários da rede são encarcerados, lan houses fechados, a polícia vigia os chat rooms, e blogs são apagados. Sites são bloqueados, notícias do exterior são proibidas, e os motores de busca filtram os resultados sobre matérias politicamente delicadas” (leia o texto na integra)

A propósito da luta pela liberdade de expressão, a Anistia Internacional lançou uma campanha global contra a repressão na internet, pedindo aos usuários de todo o mundo que assinem um “compromisso que pede a todos os governos e empresas que respeitem a liberdade na Internet” (
assine aqui)

Em tempos de atenção redobrada, já que os maiores violadores dos direitos fundamentais, são justamente aqueles que se autoproclamam libertadores dos povos, toda ação que vise garantir a livre manifestação do pensamento e de expressão é importante.

Não por acaso chamo a atenção para o tema, até porque ainda a pouco, li que o Sr. Geraldo disparou mais onze pontos na pesquisa IBOPE, que será divulgada no Jornal Nacional hoje, totalizando agora 30% da preferência do eleitorado decidido e, a HH alcançou a marca de 10%, provocando em conseqüência, o segundo turno com o operário-meu-patrão, que despencou oito pontos, caindo para 41% dos eleitores com candidatos escolhidos. (
veja os números)

Com o recuo da vitória anunciada é de se esperar que a “guerra suja” comece agora, não será surpresa que eles tentem medidas coibidoras de manifestação na rede. A internet já se mostrou instrumento eficaz no combate a reeleição do apedeuta. A verdade e a opinião serão duramente combatidas nessa campanha, não se pode duvidar que todas as armas serão usadas para se garantir o mais intenso silêncio.

23 julho, 2006

Fora de jurisdição

A propósito da consulta que está sendo realizada junto ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE, por parte do expressivo e consagrado Partido Social Liberal - PSL, se os blogs poderão divulgar suas opiniões sobre os candidatos na próxima eleição (leia mais aqui), bem como, de olho nas declarações de Valter Pomar, que quer patrulhar a internet naquilo que ele chama de “guerra suja” (leia mais aqui), alguns blogs estão começando a se proteger contra a ameaça autoritária que se avista no horizonte.

Um dos blogs referência na blogosfera nacional, o
Vox Libre, já anunciou que tem domicílio alternativo na România, lá mesmo, na terra do Blog do Pero Vaz de Caminha, caso venha a ter que manter suas publicações livres da censura e da polícia ideológica do regime que tenta se impor.

Daquelas coincidências que pouco se explica, no mesmo sábado e com diferença de horas, surgiu também um clone do Blog do Ozéas, sem que nenhum acerto tenha havido por parte de seus titulares. Pura coincidência e oportunidade, por parte do titular do Vox Libre e de algum fã anônimo do Blog do Ozéas, que resolveu deixar pronta uma alternativa, caso os agentes da Gestapo que começam a botar as manguinhas para fora, resolvam atacar.

O Vox Libre (alternativo) está no endereço
http://voxlibre.wordpress.com

O Blog do Ozéas (fora de jurisdição) está em
http://ozeas.wordpress.com

22 julho, 2006

"Calado é um poeta"

Lá com sua vaidade megalômana de inventor do Brasil e de líder mundial dos “em desenvolvimento”, que aqui para nós é sinônimo de países pobres mesmo, o operário-meu-patrão desde o início de sue estágio remunerado no Palácio do Planalto, tem querido uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
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O Conselho de Segurança é um órgão político, permanente e que sua principal finalidade é de manter a paz e a segurança internacionais do planeta, sendo que de acordo com a própria Carta Constitutiva da ONU, os membros da organização deverão sempre acatar as decisões do Conselho, sob pena de intervenção internacional em sua soberania.
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Acontece que fica difícil defender a tese da representação brasileira naquele colegiado internacional, no mínimo por duas questões.
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Quem se assenta no Conselho de Segurança tem responsabilidades, que pode implicar inclusive no deslocamento de forças de paz para qualquer lugar do planeta, com custos para nós insuportáveis. A permanência de forças de paz brasileira no Haiti é a demonstração de nossas dificuldades em gerir, pelo menos no momento, a máquina da paz mundial.
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A outra questão fundamental, para ser membro do CS o país representante deve demonstrar efetivo conhecimento da realidade internacional e suas forças antagônicas, o que conforme declaração do nosso apedeuta maior, descredencia o Brasil.
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Conforme notícias do Ex-Blog do César Maia: “Em Córdoba, na Argentina, o presidente Lula disse que está preocupado com a situação e que os dois lados estão sendo irresponsáveis. 'Acho que a única coisa que podemos fazer, primeiro, é tirar nossa gente; segundo, é chamar a atenção tanto do Líbano quanto de Israel de que foguete não resolve o problema de ninguém a não ser da empresa que produz'".
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A observação descredencia qualquer indicação por parte do operário-meu-patrão, afinal o Líbano não está em guerra com Israel. É o Hezbollah !

20 julho, 2006

Sem gosto e sem cheiro

Acabo de sair do Blog da Santa, mesmo sem tempo para comentar nos Blogs amigos não os deixo de ler diariamente, todos. Considero muitas pessoas merecedoras de respeito na rede, portanto, acompanho e indico suas pautas regulares.

Leio e pondero sobre as considerações e artigos transcritos por meus amigos “resistentes”, verdadeiros companheiros de batalha, que já me convenceram merecedores de apreço. Admiro suas posições corajosas, são amigos voluntariosos e patriotas, preocupados com a honra e a dignidade.

Hoje no Blog da Santa li o texto do Diogo Mainardi, “voto de nariz tapado”, publicado na Veja, Edição 1965, julho 2006, não o tinha lido ainda, confesso que fui sacudido. Encontrei lá o seguinte e muito mais:

“... Eu sei que me arrependerei deste artigo. Ele me perseguirá pelo resto da carreira. Ficará grudado em mim como uma alface no dente da frente, avacalhando minha imagem, cobrindo-me de vergonha. Geraldo Alckmin é um mau candidato, tem um mau partido e, se eleito, será um mau presidente... Em tempos normais, eu argumentaria que é melhor se abster do que votar. É melhor ir à praia do que votar. É melhor ficar cochilando no sofá do que votar. Só que este é um momento particular. Os petistas precisam ser punidos pelo mensalão... Todos os mecanismos democráticos falharam, e restou somente essa saída plebiscitária, essa saída bolivariana, essa saída bananeira... Meu primeiro compromisso como cabo eleitoral de Geraldo Alckmin é ignorá-lo até outubro. Vou parar de ler seus discursos na imprensa. Vou parar de ver seus programas na TV. Quero simplesmente tapar o nariz e votar...”
(Leia na integra, clique aqui)

Não é de hoje que defendo a candidatura do engenheiro-economista-educador-senador-e-digno CRISTOVAM BUARQUE. Tenho uma dezena de razões para acreditar que entre os oferecidos ao sufrágio em outubro, CRISTOVAM é o melhor candidato, mas o que fazer, se seu único ponto percentual na corrida eleitoral insiste em manter-se estável. Num Brasil escravizado pela ignorância, seria muito difícil mesmo esperar uma candidatura viável com alicerceis fundados na educação. Mas não vou lamentar, simplesmente também vou tapar meu nariz e vou mudar.

Aceito os argumentos e me rendo à realidade, vou votar pela democracia, para que no futuro me reste a oportunidade de uma escolha melhor. Virei a casaca sim, mudei de lado, vou trair minhas convicções, mentirei para minha consciência.

Também vou votar no Sr. Geraldo Alckmin. Sei que por baixo de todo esgoto corre água limpa, vou me enfrentar, ou como diria um amigo meu, “chegou a hora de botar a mão na merda”.

19 julho, 2006

Camaleões

A pouco mais de um ano o Brasil estava em plena campanha eleitoral, certamente que todos se recordam do referendo pela aprovação do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), destacando-se a parte da lei que proibia a comercialização de armas de fogo e munições.

A sociedade brasileira dividiu-se em "prós" e "contras", os que se intitulavam “da paz” enfrentaram os “da guerra”, esses últimos na verdade, como ao final ficou demonstrado com o resultado das urnas, revelaram-se defensores do inalienável direito a legitima defesa pessoal, defensores dos seus direitos a escolher ou não quanto a autotutela em momentos de verdadeiro risco, protetores de suas vidas, de terceiros ou mesmo de seus patrimônios.

Durante os debates, desgastante e inoportuno serem lembrados todos, alguns segmentos da sociedade e particularmente os parlamentares, se posicionaram perante a questão posta. O país ficou dividido em igual tempo de propaganda e, em não tão equânime participação nos recursos para difusão de suas idéias. O povo foi às urnas e escolheu, disse NÃO ao desarmamento da sociedade, disse NÃO a proteção exclusiva do Estado, disse NÃO a um soberano inconteste.

O resultado do referendo foi significante, agora destaco a participação do povo do Estado do Rio Grande do Sul, que com expressivo percentual de 86,83 repeliu a proposta desarmamentista.

Um dos defensores do SIM, que significava a proibição da comercialização de armas e munições, em destaque, foi o Deputado Federal Paulo Pimenta (PT – RS), que a propósito, no seu site pessoal publicou um artigo com o seguinte conteúdo:

“A partir do momento em que o país iniciou o debate sobre o desarmamento, setores menos informados da sociedade passaram a atacar este projeto como se seu principal objetivo fosse coibir a criminalidade e a violência. Ledo engano. A campanha de desarmamento dirige-se aos cidadãos de bem e pretende, reduzindo o número de armas “informais” em circulação na sociedade, reduzir os milhares de acidentes envolvendo crianças, adolescentes, homens e mulheres que por um motivo qualquer são vítimas. Os acidentes são comuns também nos casos de suicídio, facilitados pela existência de uma arma à disposição”.
(“Bandido não precisa de campanha de desarmamento” – 14/04/05 – Dep. Paulo Pimenta (PT- RS)

Com posição firmada e ao que se lê refletida, o Deputado Paulo Pimenta combateu a venda de armas e por via de conseqüência, o próprio porte, vez que, se não há venda de armas, não há possibilidade de seu porte, que a propósito, essa parte do Estatuto foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Executivo, sem a participação popular. Bizantino o prosseguimento dessa discussão, superado pelas limitações da lei e até pela resposta da sociedade naquilo que foi consultada.

O Deputado Paulo Pimenta, que segundo alguns analistas pós-referendo foi “humilhado” com o resultado, sentiu o amargo da derrota mesmo em sua terra natal e base eleitoral, Santa Maria, RS, onde já foi vice-prefeito. Para se visualizar a dimensão da derrota sofrida pelo parlamentar, o NÃO teve 86,9% dos votos e o SIM 13,1%.

Ocorre que, acompanhando a tramitação de alguns Projetos de Lei na Câmara dos Deputados, verifico o de nº
6.762/06, que para minha surpresa, é de autoria do já referido Deputado. Preceitua a ementa do Projeto:

“Acrescenta inciso ao art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, incluindo os motoristas de táxi entre os beneficiários do porte de arma de fogo, renumera seus parágrafos e altera o § 2º”.

O Estatuto, atualmente, garante porte de arma de fogo para os seguintes grupos: integrantes das Forças Armadas; policiais; guardas municipais de estados e municípios com mais de 500 mil habitantes; agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Segurança Institucional da Presidência da República; guardas prisionais e portuários; empresas de segurança privada e de transporte de valores; praticantes de tiro esportivo; e auditores e técnicos da Receita Federal.

Se aprovada a modificação proposta por Paulo Pimenta, os taxistas com cinco anos de profissão comprovada, sem antecedentes criminais e que tenham capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, passarão a ter garantido sua utilização. Justifica a proposição o autor do Projeto, ipsis literis: . "Ao se conceder o porte de arma aos taxistas, de forma genérica, espera-se que seus potenciais agressores desistam da empreitada, por saberem que a vítima pode estar armada e reagir com sucesso ao assalto".

Apropriando-se de razões combatidas por ele mesmo, o parlamentar tenta se confundir com a paisagem, muda de cor conforme sua conveniência, salta de galho na busca daqueles que sucumbirão diante de sua nova camuflagem. Seria de se esperar que o Deputado empunhasse agora a bandeira da coerência, abraçando-se as idéias defendidas há tão pouco tempo, mas não há como se exigir coerência dos oportunistas e malandros.
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Esses são os verdadeiros camaleões.

18 julho, 2006

Epitáfio?

Através de uma carta dirigida aos seus eleitores, Wellington Moreira Franco, justifica porque desistiu de concorrer à reeleição no próximo pleito. Moreira Franco que foi governador do Rio de Janeiro, prefeito de Niterói e deputado federal por três mandatos, abriu mão de sua vaga no PMDB, deixando assim de participar como candidato a Deputado Federal nas próximas eleições.

Na carta de Moreira Franco são apontados dois motivos para sua desistência: sua constatação de que a Câmara está afundada no descrédito e na inoperância, tornando-se incapaz de articular qualquer processo de reforma política e moral; e o oportunismo do PMDB, que não lançou candidatura própria à Presidência com objetivo facilitador de negociações, diante da necessidade de sustentação política do próximo presidente no Congresso.

Em tom indignado Moreira Franco afirma que: "A legislatura que se encerra me obrigou a conviver com os piores momentos da vida parlamentar brasileira" e que, “O Legislativo tornou-se um apêndice do Executivo”.

Em outro momento da carta Moreira co-responsabilizou o Parlamento dizendo que: "Pouco se realizou e quase nada se avançou nas reformas que poderiam criar condições para a geração de mais empregos e renda".

É com surpresa e desconfiança que leio a notícia da desistência, até porque atitudes tão nobres nunca foram o forte do Deputado.

No passado, ainda sob o regime militar, Moreira trocou o PMDB pelo PDS, apoiando abertamente o status quo. Recordo-me bem daquela época, momento que se lutava pela redemocratização do país, quando Moreira levou pessoalmente o Gen. João Batista Figueiredo ao seu palanque na Quinta da Boa Vista, onde receberam a maior vaia que se tem notícia na história política do Rio de Janeiro. Registram-se assim os acontecimentos do dia no "Os 35 anos do Jornal Nacional - Pllogdopaulohenrique":

“Depois de freqüentes chamadas na TV Globo, que burlam a legislação eleitoral, o presidente João Figueiredo é o astro principal da Festa da Abertura, no domingo, 14 de novembro, em um parque próximo ao Maracanã, na Quinta da Boa Vista. Reparte o palco com Alcione, The Fevers, a bateria da Portela, a Orquestra Sinfônica Brasileira e muita queima de fogos.
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É o encerramento da campanha do PDS disfarçada. Dona Dulce, a primeira-dama, é apresentada pelo por Sérgio Mallandro, como uma tremenda gatinha. É vaiada no palco, às seis e meia da tarde. Figueiredo discursa, ganha alguns aplausos, mas interrompe a fala quando a multidão começa a gritar Brizola, Brizola!. Ele não consegue retomar a palavra e Moreira Franco assume o microfone, diante de vaias ensurdecedoras. De lá, Figueiredo segue para a Gávea Pequena com seus ministros, com os quais comenta 'Foi fogo'
. (Em Veja de 17/11/1982, O choque da vaia na festa do Rio de Janeiro)".

A questão é que o povo já não aceitava o regime militar e que estava lá para ouvir música, tocada pela Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Isaac Karabtchevsky ou para dançar ao som de seus artistas mais conhecidos. Foi um daqueles casos de oportunismo que não dão certo.

Em novo deslize na mesma eleição, Moreira Franco se envolveu em outro escândalo político, esse de proporções internacionais. O caso “Proconsult” , como ficou conhecido, puxou Moreira para dentro do caldeirão da fraude eleitoral, quando ele candidato tentou, ou pelo menos aceitou, que fossem modificados os resultados na escolha do então governador Leonel Brizola em 1982 em seu favor, uma vergonhosa armação que terminou por desqualifica-lo política e moralmente. Ainda lembro do episódio com muita clareza, apesar de na ocasião apoiar o candidato do PMDB ao governo estadual, Miro Teixeira, que a propósito, com suas declarações públicas, afirmando a vitória de Brizola, contribuiu para a garantia daquelas eleições.
(sobre o Proconsult leia mais aqui)

Brizola precede Moreira que precede Brizola. De 1987 a 1991 Moreira Franco foi governador do Rio de Janeiro, desta vez como candidato pelo PMDB, Moreira sucedeu a Leonel Brizola, que teve como principal alvo de críticas na sua gestão a segurança pública. Moreira Franco durante a campanha explorou como poucos a questão da violência urbana, prometendo “acabar com a violência em seis meses”. A violência não acabou, muito pelo contrário, os índices de final de governo indicaram um crescimento significativo e, conseqüentemente, Moreira não fez seu sucessor. Com a derrota política de Moreira Franco, voltou a residir no Palácio das Laranjeiras Leonel Brizola, eleito governador do Estado do Rio de Janeiro pela segunda vez.

Na minha cidade, Moreira Franco foi Prefeito no ano de 1977/1981, ainda pelo então MDB, onde deixou sua marca pessoal com inaugurações de obras já construídas e de outras de qualidade questionável. Junto com essas obras Niterói ganhou sua primeira dívida municipal externa, que é paga até hoje e se constitui no maior vazadouro de recursos públicos da cidade.

Moreira Franco parecia não desistir fácil de Niterói, tanto é que nas últimas eleições municipais voltou a concorrer a Prefeito, tendo chegado ao segundo turno das eleições, mas desistiu de concorrer na segunda etapa, proclamando a vitória de Godofredo Pinto, candidato do PT que tinha 48% dos votos. Com o abandono de Moreira, foi chamado o terceiro colocado para ser devidamente surrado nas urnas.

Agora Moreira Franco desiste de ser candidato novamente, desta feita deixa de concorrer à vaga na Câmara dos Deputados. Nas suas palavras finais diz que: "Tem sido só um sentimento de orgulho pessoal não ter o nome envolvido nos escândalos já que o plenário da Casa, ignorando evidências, deu cobertura e justificativa política aos desvios de comportamento investigados".

Poderia concluir o post acreditando que as razões indicadas por Moreira Franco são as reais e aceitar toda sua indignação como aval de sua atitude, mas infelizmente, como não acredito em Papai Noel, nem no Coelhinho da Páscoa, não posso acreditar em espasmos morais de última hora.

Pessoalmente acredito muito mais num sufocamento eleitoral, produzido pelo casal Garotinho em acordo com Sérgio Cabral, que poderia deixar Moreira Franco em delicada situação dentro do PMDB caso viesse a perder as eleições. É do interesse do casal bem como do Sérgio Cabral a destruição da liderança “moreirista” no interior do Rio de Janeiro, que ainda detém a herança política do Senador Amaral Peixoto, seu sogro e padrinho político.

Desconfio dessas tomadas súbitas de consciência, desconfio da moral pasteurizada e embalada para presente, até porque na carta de desistência, consta lá uma frase, que para mim tem jeito de ato falho detectado: “Os desvios de conduta ultrapassaram em muito os limites de tolerância”. Aqui para nós Deputado, diante dos desvios de conduta, não há “limites” de tolerância a serem ultrapassados, mas somente um limite.

13 julho, 2006

Filho de Deus


Até segunda-feira o Blog estará fora do ar para folga de seu titular.
Quem passar por aqui pode deixar a luz acesa, volto logo.

12 julho, 2006

Ele está de volta

O Blog do Pero Vaz de Caminha voltou, desta vez hospedado num site na România.

Acho que o candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Senador Sérgio Cabral, desta vez vai ter um pouco mais de trabalho para tirá-lo do ar.

Quer o endereço?
http://perovaz.wordpress.com/

11 julho, 2006

O inimigo é bem maior

Conforme notícia publicada hoje pelo Portal Terra, “mais da metade dos eleitores brasileiros não chegou a terminar o ciclo fundamental de oito anos de ensino, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Destaca a notícia que “dessa maioria, 6,5% são analfabetos, quase 17% sabem ler e escrever e 34% têm primeiro grau incompleto”.

Ainda, segundo os dados do TSE, que podem estar desatualizados, em razão das informações terem sido colhidas no momento em que o eleitor foi retirar seu título junto ao Cartório Eleitoral, somente “um terço dos votantes 28% está cursando ou terminou o segundo grau” e, apenas “um em cada vinte eleitores 5,65% dos eleitores cursa ou terminou o ensino superior”.

Admitidos como imprecisos os dados informados, mas que não devem estar afastados absalmente da realidade, esse é o desenho cultural do nosso eleitor.

Raciocinando pela simples ótica que existe atrás de cada “Blog Recomendado” (ali ao lado), um eleitor, chegamos a triste conclusão que diante de duas dezenas de pessoas um pouco mais esclarecidas, surgem outros 5.000 (isso mesmo, cinco mil!) eleitores, que correm sério risco de não compreender integralmente tudo que é postado, o número é ainda mais significativo, porque nessas contas foram desprezados aqueles que absolutamente desconhecem as palavras.

Como falta de escola é sinônimo de pouco dinheiro no bolso e o analfabetismo confunde-se com a miséria, estão mais que explicadas as razões da opção populista do operário-meu-patrão: enquanto distribui “bolsa-esmola”, não tira do gueto seus agradecidos eleitores; enquanto faz caridade e não trabalha para alterar a realidade educacional, mantém seu feudo eleitoral para se perpetuar no poder.

Só para confirmar as linhas mestras de mais essa opção pela miséria, quem ainda não sabe, tramita no Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional, determinando que sejam OBRIGATORIAMENTE investidos na educação superior, 75% do orçamento da educação federal, ou seja, restando somente 25% dirigidos para o ensino fundamental, que deverão ser distribuídos entre os Estados e Municípios, vez que o primeiro grau é municipal e o segundo estadual.

Esse é nosso universo e perfil eleitoral a ser enfrentado em outubro, não bastaram nossos Blogs de padrão cultural e econômico médio/alto para vencer o apedeuta maior, elle tem a máquina, o dinheiro e a miséria ao seu favor, o negócio então, é arregaçar as mangas e sair às ruas.

09 julho, 2006

"Vale a pena ver de novo"

Domingo é dia de macarronada, futebol, short largo e havainas nos pés.

O Blog do Ozéas para não ficar parado, disponibiliza aos visitantes antiga entrevista que o Carlos Vereza deu no Programa do Jô.

07 julho, 2006

Está satisfeito ou vai amarelar?

Sobre as declarações dadas em entrevistas durante sua viagem à Áustria, pesava contra o operário-meu-patrão uma interpelação judicial, que pedia esclarecimento sobre as mesmas, vez que o Apedeuta afirmou que, “não sei se o jornalista que escreve uma matéria daquelas tem a dignidade de dizer que é jornalista. Poderia dizer que é bandido, mau caráter, malfeitor, mentiroso”, referindo-se a um jornalista da Revista Veja.

Para quem não se lembra, a matéria atacada versava sobre suposta movimentação financeira do Presidente da República no exterior.

Diogo Mainardi, conhecido colunista daquele periódico, na “dúvida” se as palavras proferidas em algum momento se referiam a sua pessoa, não se fez de rogado, valendo-se da Lei de Imprensa (art. 25 da Lei 5250/67), e do Código Penal (art. 144), interpelou judicialmente seu autor para “explicar a que jornalista da revista Veja, especificamente, se referiu... posto que da matéria participaram o Requerente e o jornalista Marcio Aith

Por força de foro de prerrogativa de função, nos moldes constitucionais (art. 102, I, b), foi competente o Supremo Tribunal Federal para processar e julgar a ação. O Ministro Gilmar Ferreira Mendes, ao receber a inicial, mandou notificar pessoalmente o operário-meu-patrão, para que depois de lido e assinado (“X” ou Polegar, tanto servia um pelo outro), se assim achasse conveniente desse as devidas explicações, o que foi feito através do advogado-geral da União, justificando que o Apedeuta, “apenas se referiu ao conteúdo ‘delituoso’ da matéria contra o qual reagiu”, não contra qualquer um dos jornalistas, buscando retirar a tipicidade da conduta praticada, ou seja, a ofensa moral pessoal propriamente dita, não teria existido, o que houve foi uma reação contra a matéria publicada.

Quem é do ramo sabe que a interpelação foi uma medida cautelar preparatória para ação criminal, assim, após receber as “explicações”, cabe ao lesado ingressar ou não com a ação penal, vez que pode se dar por satisfeito com as justificativas ou não, vindo portanto, querendo, a requerer por via própria não só a condenação penal, como possível indenização por dano moral no campo cível.

Encerrado o primeiro round. Dadas as “explicações” requeridas, o Ministro Gilmar Mendes determinou “a entrega dos autos ao requerente (Diogo Mainardi), independentemente de traslado, declarando extinto o presente feito, em virtude do exaurimento de sua finalidade”, ou seja, ao que cabia ao STF foi feito, agora a bola foi devolvida para o jornalista.

Resta saber se Diogo Mainardi está satisfeito ou vai amarelar?

04 julho, 2006

“50 maiores pérolas do Galvão Bueno”

Essas foram publicadas no Blog dos Irmãos, para quem não leu, reparto com vocês. Os comentários também são ótimos.
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FUTEBOL
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1. Bem amigos da Rede Globo. Estamos aqui em BUENOS AIRES, no EQUADOR...(Onde?)
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2. O estádio tem esse nome (Zerão) porque fica situado bem no TRÓPICO DE CÂNCER, que divide o Hemisfério Sul do Hemisfério Norte. Onde será que foi o gol? Na parte sul ou na parte norte? (Sim Galvão... então a LINHA DO EQUADOR divide o Equador em leste e oeste, né?)
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3. Vai ser o primeiro torneio oficialmente oficializado pela FIFA. (Ah, bom. Então assim, sim)
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4. O POTENCIAL ENERGÉTICO do Palestra Itália está reduzido a sua metade (Que será que ele quis dizer?)
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5. Alô Maceió!!!... Ou qualquer outra cidade, tirando São Paulo. (Não precisa tentar ser simpático, narra o jogo e pronto. Ou melhor: pára de narrar jogo!)
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6. Nessa tarde de Fla-Flu, Flamengo e Fluminense estarão entrando em campo daqui a pouco...(Ufa! E o cara da portaria ainda tentou me enganar, dizendo que esse Fla-Flu era entre Santos e Cruzeiro)
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7. São as duas maiores torcidas do mundo (Flamengo e Corinthians). E digo mais, no Rio, poucos podem se orgulhar de ter uma torcida tão grande quando a do Flamengo (É...! Acho que a torcida da Tabajara deve ser maior no Rio...)
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8. Foi pro chão e caiu! (Ir para o chão e depois cair, só se for em um bueiro)
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9. Ah! Eles estão grampeando a cabeça dele. Tomara que seja algum tipo de grampo cirúrgico... (Depende, se for o Valdir Papel, pode ser grampo normal mesmo)
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10. O time catarinense tem que vencer, pra lutar pela sul-americana, ja que o jogo é la em FIGUEIRENSE (O time que ele se refere deve ser o Florianópolis)
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11. É meu amigo, Brasil e Argentina é sempre Brasil e Argentina (Mentira! Semana passada eu vi um Brasil e Argentina contra o Japão)
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12. Brasil tá meio mal no jogo, mas eles estão jogando pra fazer gol! (Ainda bem! Pensei que eles estivessem querendo fazer "cesta")
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13. Os Chineses agora estão todos torcendo contra o Brasil (Não acho. Só pq a seleção deles está jogando contra a nossa. Isso é preconceito)
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14. Agora o Brasil tem que correr atrás do PREJUÍZO (No prejuízo já tá, tem que correr atrás do lucro, ô boçal!)
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15. Há 40 anos o Santos não faz gols no Corinthians em finais de Campeonatos Paulistas, jogando no Pacaembu, com o Corinthians saindo ganhando. (Se analisar direitinho, deve fazer 40 anos que essa combinação não acontece)
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16. Se o Brasil acertar todos os ataques e ficar bem na defesa, ele ganha. (Por que ele não virou técnico ainda?)
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17. Agora tem que colocar o coração na ponta da chuteira! (Se depois de um chute der um ataque cardíaco, eu não me responsabilizo)
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18. Sinceramente, temo pelo final desse jogo (Então desce lá e rouba o apito do juiz)
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19. O juiz vai dar 3 minutos mais de jogo, vamos aos 49... (Esse fugiu da escola)
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20. Nós estamos muito preocupados, mas é preciso ficar bem claro para o espectador da Rede Globo que se a bola não entrar, não é gol. (Será que existe no mundo um único pé de alface que já não saiba disso?)
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21. O jogo só acaba quando termina (Sim, Galvão... Esse mesmo jogo que começou no início!)
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22. Depois da derrota, o pior resultado é o empate. (E depois do empate, o pior é a vitória, certo?)
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23. Mas esses dois times são muito fortes. São Paulo e Tigres é um clássico. (É, eu lembro que na última vez que eles se enfrentaram... Ih! eles nunca se enfrentaram antes)
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24. O gol saiu na hora certa! (Sim, Galvão... Foi DURANTE o jogo)
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25. O Dida gosta de pegar pênalti. (Gosta nada... Olha a cara dele, nem comemora...)
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26. Não dá para fazer 2 gols ao mesmo tempo (Gênio!)
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27. O Santos perdeu DAQUI A POUCO na Arena da Baixada! (Vidente!)
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28. Adriano e Sorin vão na mesma bola! (Os outros 20 jogadores devem estar com uma bola cada um)
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29. O Adriano tá com uma disposição, correndo o campo todo, parece um LEÃO ENJAULADO. (Hã?)
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30. Chutou com a perna que não era a dele. (Devolve agora...)
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31. O juiz mora aqui do lado, no Uruguai. Se ele apitar mal, vai todo mundo ligar pra casa dele. (Isso, passa o número agora)
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32. Quando eu falar Rodrigo, interpretem Roger (É código?)
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33. Esse Gonzales tem idade pra ser pai do Robinho. Tá com 32 anos e o Robinho tem (a partir daqui ele começa a falar mais devagar, meio pensando na besteira que está dizendo) vinte e um...
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34. É duro pro goleiro jogar com o campo molhado, porque a bola quando bate na água ganha velocidade! (Sim, Galvão... Se você chutar uma bola na praia de copacabana, elavai parar na áfrica)
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35. O Brasil correu o risco de sofrer NOVAMENTE o segundo gol. (Aí não tem problema... o problema é se fosse o terceiro)
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36. GOOOOOL! Éééééééé do SÃO CAETANOOOOOO! (Final da Copa do Brasil 2004, no Maracanã, primeiro gol do SANTO ANDRÉ sobre o Flamengo)
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37. Olha lá o Péricles Chamusca orientando o time. (O Chamusca tava suspenso e era o auxiliar que estava no banco)
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38. O juiz marca falta dentro da área... será que foi pênalti, Arnaldo? (Não, foi tiro livre direto, sem barreira, daquela marquinha redonda, na grande área)
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39. E André Heller Afasta o perigo (O nome do zagueiro do Flamengo é Fabiano Eller, e o André Heller joga Vôlei.)
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40. Graaande zagueiro esse Ayala!- Ele só tem 1,77m, Galvão...
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41. Qual o STATUS do jogo, Falcão?- É, Galvão, o Brasil precisa tomar muito cuidado porque o Peru tá crescendo e começando a entrar pelas costas da defesa.(Santa boiolice!)
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VÔLEI
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42. A Seleção de Cuba gosta de jogar na frente no placar (Por que será?)
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43. E Gustavo sobe sozinho para o bloqueio individual! (Onde estavam os outros pra ajudá-lo no bloqueio individual?)
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44. Uma bela paralela cruzada (O QUÊ???)
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45. E os jogadores estão entrando em CAMPO. (Mostra o campo então, não a QUADRA)
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FÓRMULA 1
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46. Na Hungria, quando tem nuvem assim no céu, é sinal que vai chover (No resto do planeta também!)
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47. Luz vermelha, lá vem a verde! (Que verde? Na Fórmula 1, para largar, as luzes vermelhas se apagam, e eles partem!)
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48. Rapaz, o Montoya passou a menos de 0,5 cm do carro do Shumacher... se é que existe menos de 0,5 cm. (Dêem uma régua para ele)
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49. Amigo, aqui não está só chovendo, está caindo água! (UAU! Que coisa impressionante!)
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E FINALMENTE A MELHOR DE TODAS!THE BEST OF THE BEST!
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50. E depois do jogo, assistam a mais um capítulo inédito de "VALE A PENA VER DE NOVO".

03 julho, 2006

Um ano


Como passa rápido quando estamos entre amigos, todo dia visitamos e somos visitados, aprendemos a debater sem perder a ternura jamais, lutamos juntos, gritamos e nos fazemos maior que as adversidades.

No seu primeiro ano de vida o Blog do Ozéas já passa da casa de 14.000 visitas, não percebemos o quanto caminhamos quando estamos bem acompanhados.

Obrigado a vocês que todos os dias se fazem presentes na construção desse espaço. Não vou citar nomes, seria indelicado e injusto com os anônimos que se fazem presentes e desnecessário aos que chamamos carinhosamente de amigos com links.

O Blog comemora, agradece e reparte seu primeiro aniversário com a lembrança do Salmo 133:

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, que desce sobre a gola das suas vestes; como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre”.

01 julho, 2006

Pequenos detalhes

A população de Portugal é pouco mais de 10 milhões de habitantes, a população brasileira é superior a 180 milhões; mais de 50 % dos jogadores de futebol em Portugal são “estrangeiros”, ou seja, Portugal é importador de “tecnologia da bola”, já no Brasil é incalculável o número de jogadores profissionais de futebol, somo o maior exportador de jogadores do mundo; o técnico da seleção de Portugal é brasileiro, mas faz questão de levar a mão ao peito e cantar o hino português antes do início da partida, o técnico da seleção brasileira é brasileiro e mal abria a boca para cantar o hino do seu país antes dos jogos; o técnico de Portugal de tanto entusiasmo e participação durante o jogo, só falta ser expulso de campo pelo árbitro, enquanto o técnico brasileiro se saísse do banco de reservas, corria o risco de ninguém perceber; em Portugal o técnico foi acusado de mudar do estilo de jogo da seleção ao goleiro, não teve medo de ousar e mudar quando preciso, no Brasil o técnico foi permanentemente acusado de ser “cabeça-dura” e não trocar os “medalhões” do time; em Portugal o técnico da seleção não faz propaganda de cigarros, bebidas ou jogos de azar, no Brasil o técnico faz “dobradinha” com seu protegido, que a propósito está um pouco fora de forma, em anuncio de cerveja, quem sabe tinha ai um bônus extra para cada vez que o “craque” fosse escalado a entrar em campo, na mesma hora que a propaganda aparecesse na televisão?

Como diz o ditado “há males que vem para o bem”, perdemos um técnico campeão para outra seleção que ainda está na disputa; perdemos o campeonato mas renovamos antes do início da Copa, até o ano de 2018, com o patrocinador de uma famosa marca esportiva o contrato de publicidade que vai render 12 milhões de dólares por ano a CBF, a propósito, mesmo patrocinador particular daquele “craque”, que continua um pouco fora de forma; perdemos a Copa do Mundo, mas junto se vai uma “escola de futebol” que afogou Telê Santana em magoas e dores no coração, quando perdeu também sua Copa, só que com uma das mais belas seleções que já se viu jogar; perdemos o campeonato mas em compensação não teremos que ouvir os “sábios” comentários do Galvão Bueno e seus convidados especialistas (Ana Maria Braga, Ivete Sangalo etc); perdemos a Copa mas também não teremos o “aerolulla” desembarcando em triunfo no Planalto um time de idosos e sonolentos, provando que o importante não é jogar bonito e fazer as coisas com garra e raça, mas burocraticamente; perdemos o campeonato mas voltamos a nossa realidade, que embora dura é para ser vivida, combatida e modificada, ainda esse ano.

Mas não há porque se lamentar, afinal, “Felipão é nosso” e a zebra pode pintar; a Argentina também foi embora, não podem nos gozar; o Fluminense ainda é o quarto e quem sabe pode ganhar; o Sr. Geraldo não é o ideal, mas pode virar.