Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

28 fevereiro, 2006

Crime ambiental?

O Blog Vox Libre, com link indicado ao lado, publicou ontem (27/02) matéria sob o título O presidente cometeu infração ambiental?

Com os devidos créditos disponibilizo aos leitores o post, é só clicar no título.

25 fevereiro, 2006

Leviandades

“Em março de 1994, a mídia paulistana denunciou seis pessoas por envolvimento no abuso sexual de crianças alunas da Escola Base, no Bairro Aclimação, em São Paulo. Baseou-se em fontes oficiais (polícia e laudos médicos) e em pessoas próximas (pais de alunos). O fato simplesmente não existiu, mas a mídia, em vários momentos e veículos, exagerou e liquidou projetos profissionais e pessoais dos acusados, todos mais tarde inocentados. Houve um jornal que não entrou na cobertura: o Diário Popular. Por isso, recebeu acusações de estar com o "rabo preso" à Escola e aos envolvidos e ocultar informação de interesse público”. Leia Mais
Acusações levianas e descabidas destroem imagens, famílias, patrimônios e não raras vezes, tiram a vida dos inocentes apontados.

Assim foi também com um dos personagem mais polêmicos da música popular brasileira, o cantor Wilson Simonal. Descoberto por um produtor famoso na década de 60, Carlos Imperial, a carreira de Wilson Simonal entrou em declínio a partir de 1972, quando foi acusado de delação e colaboração com o regime militar. Seus discos dessa época ficaram marginalizados, e seu nome passou de ídolo a traidor. A “pilantragem”, que era seu estilo, acabou virando seu maior defeito. O artista sempre negou todas as acusações, morreu negando, mas ninguém acreditava na sua palavra.

O patrulhamento ideológico associado a mentirosas acusações provoca estragos irreparáveis, e caso do Simonal é mais um desses, o verme destruidor da patrulha se encarregou de destruir a carreira e a vida pessoal do artista, que durante todo o “processo” acusatório não tinha outra coisa a fazer senão negar as acusações de seus detratores. Afinal, até mesmo por uma questão lógica, provar que não fizemos alguma coisa é quase impossível, devemos nos defender sempre de acusações concretas e respaldadas em um lastro probatório mínimo, que justifique tal imputação.


A propósito, vítimas das patrulhas esquerdistas nunca faltaram e Simonal foi mais uma num rol incalculável de nomes. Mais recentemente na história ainda podemos lembrar de Marília Pêra e Regina Duarte, que por apoiarem respectivamente as candidaturas de Fernando Collor e José Serra, foram execradas pela classe artística, pela mídia em geral e afastadas dos holofotes globais, o que representou quase a morte das artistas, que sempre viveram dos contratos de exclusividade com aquela emissora, tudo por não concordarem com as idéias dominantes no mundo artístico. Equivocadas ou não em suas posições políticas, não foram respeitadas pelos democratas de ocasião.



Pois bem, hoje lendo o noticiário, descobri que tardou, mas não falhou, a verdade veio à tona mais de trinta anos depois e foi reparado um erro histórico, que marcou a pessoa e a família do cantor Simonal. O Globo publicou na sua versão on line a seguinte matéria:


OAB: Wilson Simonal não era ‘dedo-duro’
Francisco Leali - O Globo
BRASÍLIA - Processo na Ordem dos Advogados do Brasil instaurado em 2002 concluiu que eram descabidas as suspeitas de que o cantor Wilson Simonal, já falecido, era colaborador do regime militar. Segundo nota divulgada neste sábado pela OAB, levantamento nos arquivos do extinto SNI atestaram que Simonal não era "dedo-duro", como o cantor chegou a ser acusado.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da Ordem dos Advogados do Brasil examinou documentos do antigo SNI, da Polícia Federal, recolheu depoimentos de pessoas que conviveram com Simonal e analisou material jornalístico do começo dos anos 70. Em 1972, Wilson Simonal foi acusado de participação em um seqüestro e de ter delatado aos órgãos repressores do governo militar uma série de pessoas ligadas ao meio musical. O cantor sempre negou ser um colaboracionista. Simonal completaria neste domingo 67 anos de idade.
- A Comissão não é um tribunal para decidir sobre a questão formulada, mas proferiu sua conclusão baseada na força moral da OAB, entidade à qual se vincula - explicou o então conselheiro federal Rogério Portanova (SC).

Fica somente uma final pergunta: Quem foram os (ir)responsáveis que destruíram a carreira e a vida de Wilson Simonal?

É carnaval


Não vou viajar, minhas férias acabaram, tenho uma boa porção de coisas para fazer nos próximos dias. Então, por que não começar com um sorriso?

UM DIA DA CAÇA OUTRO DO CAÇADOR.

Toca o telefone...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção TELEMAR linha adicional, onde o Sr. tem direito...
- Desculpe - interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da TELEMAR, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- ... bem, pode.
- De que telefone você fala? meu bina não identificou.
- 0800
- Você trabalha em que área, na TELEMAR?
- Telemarketing Pró Ativo.
- Você tem número de matrícula na TELEMAR?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da TELEMAR.
- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a TELEMAR.
- Ok.... Minha matrícula é 34591212
- Só um momento enquanto verifico.
(Dois minutos)
- Só mais um momento.
(Cinco minutos)
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, por que é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones.
Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (eu sabia que um dia essa droga iria servir para alguma coisa!), depois de tocar a porra toda da musica, minha mulher atende:
- Obrigado por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..
- 0800
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na vóz)
- Qual sua identificação na empresa..
- 34591212 (mais irritada ainda!)
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajuda-la?
- Aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Ah! Claro! Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor...
- ......alô, alô!
(TUTUTUTUTU...)
- Desligou.... nossa que moça impaciente.

24 fevereiro, 2006

Livrando dois corpos de vantagem

Diz uma máxima popular quando se refere a um cavalo favorito no páreo: “só perde se o jóquei pular do cavalo”. O cavalo ganha tão fácil que por menos que se esforce, a vitória é tida como certa.

Muitas vezes os méritos eqüinos não são compatíveis com o propalado favoritismo dos apostadores, só que, quem conhece sabe, apostador de turfe não acredita somente nas patas de “seu” cavalo, mas principalmente, na deficiência dos outros pangarés ambiciosos.

Marmeladas à parte, o que é comum nos páreos, as escolhas dos animais competidores também se da por critérios outros, que passam ao largo dos relacionados à eficiência na arrancada, da sustentação nas curvas e do fôlego na reta final. É comum a vaidade do criador ou mesmo a falta de opções de quadrúpedes mais competitivos, transforma burricos empolados em “pule de 10” e, além de monótona e previsível, a corrida passa a ser verdadeira formalidade no Jóquei Clube.

Outra questão dos criadores é quando o animal contrai grave doença ou deficiência que justifique a manutenção custosa da sua vida. O criador vê-se diante de duas opções: ou sacrifica o animal logo no início e livra-se de um problema que o perseguirá até o falecimento natural do bicho, ou resolve arcar com o ônus elevado de sua manutenção, acreditando que a esperança vencerá seus medos.

Por milagre, também ocorre que o “condenado” animal, doente e debilitado pelos diversos males que o assola, recupera-se e ganha um resto final de energia, habilitando-o para uma última corrida e, com sorte, diante de pangarés que surgem para a disputa de seu último aport, pode até chegar com boa diferença na frente dos sadios mas inferiores e incompetentes competidores. A propósito, maior chance terá o ex-moribundo de ser o vencedor do páreo, se o número de concorrentes também for pequeno e percebe que correrá na raia de grama com somente um ou dois outros adversários.


Tenho que confessar uma coisa, não entendo nada de cavalos, muito menos de suas corridas, mas de burros resistentes estou me tornando especialista.

Números interessantes (ou remédio para desenganados):

Programa Bolsa Escola - 10,7 milhões de crianças inscritas.
Valor das bolsas = 15,00 por criança, sendo o máximo de 3 crianças por família, com idades compreendidas entre 6 a 15 anos.

ProUni - 800 mil alunos inscritos
Valor do auxílio = bolsas integrais para alunos com renda familiar de até 450 reais, bolsas parciais para alunos com renda familiar de até 900 reais.

Programa Bolsa Família - 8, 5 milhões de famílias inscritas no ano de 2.005 e previsão de 11, 5 milhões de famílias para 2.006.
Valor do auxílio = 45 a 95 reais.
Beneficiados = família com renda per capita de até 100 reais.


Fica aqui uma indignada reflexão: de que vale ter a consciência se a caneta e as chaves do cofre estão com elles.

22 fevereiro, 2006

Educação


Volta às aulas

Cristovam Buarque*

Todos os anos, o Brasil retoma o ritmo depois do carnaval. Mas, todos os anos, a história do Brasil recomeça com a volta às aulas. Nesse dia, anualmente, recomeça a construção do futuro do Brasil e das suas crianças, em função da educação que elas receberão. Em janeiro de 2003, logo no início do atual governo, propus ao ministro da Comunicação Social que o presidente Lula aproveitasse a volta às aulas para fazer seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional.
Sugeri que o presidente destacasse a importância daquele dia para o futuro de cada criança, especialmente daquelas que iam à escola pela primeira vez; que elogiasse os professores como os verdadeiros construtores da nação; que lembrasse às famílias que educação não se faz somente na escola, mas também em casa; que solicitasse aos meios de comunicação que se juntassem ao esforço nacional pela educação; e que declarasse que seu governo faria uma revolução no País, começando um grande salto na qualidade da educação básica.
Minha sugestão foi recusada, com o argumento de que não se deveria expor a figura do presidente em função de assuntos menores, para não vulgarizar sua presença na televisão. E não houve transmissão nacional. Posteriormente, presidente e ministros foram à televisão falar de pagamento da dívida ao FMI, operação tapa-buracos, transposição do rio São Francisco, cadastramento de aposentados. Muitos motivos têm justificado o uso da cadeia nacional para falar da coisa séria que é a economia, mas não há justificativa para falar de educação.
Em 2004, já afastado do Ministério da Educação e sem contato direto com o presidente ou seu ministro, repeti minha sugestão. De nada adiantou. Poucas semanas após a volta às aulas, o presidente Lula discursou em um evento organizado pelo Banco Mundial em Xangai, para o qual eu também fora convidado. Ouvi atento o discurso sobre a pobreza no mundo, e notei surpreso que a palavra educação não tinha sido pronunciada uma só vez. Considerando que podia ter estado desatento, pedi uma cópia do texto. Li com cuidado, e confirmei a ausência da palavra educação. O problema da pobreza era tratado como decorrência do protecionismo das nações ricas aos produtores agrícolas, e a solução estava no livre comércio.
Em 2005 voltei a fazer a mesma sugestão, e em 2006 faço-a outra vez. Porque se o dia-a-dia do Brasil começa depois do carnaval, o futuro do Brasil começa na volta às aulas.
Sem criança não há futuro; mas sem educação, o futuro não será satisfatório. Prova disso é que há 500 anos temos promovido a volta às aulas, mas seguimos com um presente insatisfatório em termos de desigualdade, violência, corrupção, falta de instituições políticas sólidas, destruição do meio ambiente, desarticulação das famílias, caos urbano. A forma como a educação de nossas crianças é relegada não é a única causa dos constrangimentos porque passa o Brasil, mas certamente é a principal das causas.
Nestas semanas, 40 milhões de crianças brasileiras deveriam estar voltando às aulas, em horário integral, com professores bem remunerados, bem preparados e dedicados, em escolas bem construídas e bem equipadas, com prefeitos motivados e metas que definissem a responsabilidade de cada um deles na construção do futuro do Brasil.Mas isso não vai acontecer. Parte dessas crianças nem sequer se matricularão, as matriculadas não freqüentarão as aulas com a assiduidade devida, as que freqüentarem encontrarão professores mal remunerados, desmotivados, não contarão com equipamentos necessários, os pais considerarão que a responsabilidade é daescola. Assim, a cada ano, em vez de iniciarmos o futuro do Brasil, faremos de conta que houve uma volta às aulas.
Certamente, o presidente não falará em cadeia nacional. Por isso, continuarei repetindo a sugestão, esperando que um dia um presidente acabe com o faz-de-conta da educação brasileira, passe a considerar a escola como o berço da Nação, vá ao rádio e à televisão falar do assunto e mobilizar o País pela sua construção.

*Cristovam Buarque é Professor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF

21 fevereiro, 2006

Gastronomia eleitoral


Aves raras esses tucanos, de quatro em quatro anos provocam suas revoadas e partem para a viagem das eleições.

O monarca FHC, primeiro e único, sucedido pelo alcaide Serra em sua tentativa, oito anos depois do primeiro império, já tiveram a oportunidade de bater suas asas pelo país e, nessas andanças, desfrutaram não só dos aplausos e vaias populares, como também da gastronomia nacional.

Parece que foi ontem que FHC comia uma buchada de bode no Nordeste, parece que tem horas que o Serra se fartava com um belo pastel numa feira popular.

Hoje vejo a
foto do Bandeirante Alckmin degustando um saboroso picolé de chuchu no popularíssimo programa do Ronnie Von. Pré-requisito ou mesmo predicado, começo a achar que um dos critérios de seleção para participar da revoada eleitoral tucana, é ser bom de boca e não reclamar jamais do prato servido pelo anfitrião. Veja o próprio Serra, no final acabou tendo que engolir um sapo barbudo.

A propósito e não por acaso, o apelido provocador do Bandeirante Alckmin é “picolé de chuchu”, uma alusão ao seu temperamento “sem tempero, incolor e inodoro”.

20 fevereiro, 2006

Negócio da China, ou melhor, do Brasil!


Já tinha ouvido por uma rádio de notícias a matéria, mas após ler no Blog da Vera o post sobre o assunto, resolvi fazer um breve comentário, na verdade, usando da imaginação, já que dinheiro não tenho, criei uma situação que duvido muito, algum “patriota” empresário já não tenha pensado.

Pois bem, se o governo do operário-meu-patrão, através da
MP nº 281/06 resolve isentar investidores internacionais do pagamento de Imposto de Rendas, sempre que os recursos forem aplicados na compra de títulos públicos, fico aqui com meus botões pensando: nada como sonegar internamente e “exportar” o capital pelo sistema bancário, que a propósito está em vias de ser indiciado pela Polícia Federal por remessas irregulares de dinheiro para o exterior (Leia Mais).

O dinheiro sai sem pagar um tostão de imposto, já que foi formado pelo “Caixa Dois” da empresa, voltando para ser remunerado com a maior taxa de juros do mundo, devidamente “lavado” e com sobrenome de investidor internacional.

Para melhorar mais um pouquinho, quando eu, o imaginário empresário, depois de muito tempo de lucro com a desgraça nacional, resolver investir na construção de uma nova empresa no Brasil, repatrio o dinheiro que também chegará livre de impostos, através de uma “empresinha de fachada” ocupante de uma caixa postal no estrangeiro, e ainda ganho isenção fiscal da União, dos Estados e dos Municípios por anos e anos.

Engraçado que pensei isso tudo sozinho e sem dinheiro no bolso, imagina se eu estivesse sendo assessorado por uma equipe de especialistas e ainda contasse, quem sabe, com a colaboração do filho do operário-meu-patrão, que também a propósito, continua recebendo investimentos da TELEMAR.

17 fevereiro, 2006

Sem parar

Estou em falta com meus amigos-leitores, não tenho conseguido tempo nesta semana para postar.

Com o fim das férias, um verdadeiro furacão tem tomado conta dos meus dias e a única coisa que consigo fazer e despachar processos de isenções de disciplinas, transferências, reingressos e como não poderia deixar de fazer, estar presente em sala de aula. Como não tenho o dom da onipresença, o Blog ficou sacrificado.

Espero já na semana que vem retornar ao prazer de escrever e conviver na blogosfera.

Abraços aos amigos


Só pra não perder a viagem...



“Heo, heo, o Rolling Stones é tricolor”.
Leia Mais

12 fevereiro, 2006

Manias

­­­Está rolando nos Blogs uma pesquisa, “Manias, eu ?”, fui escolhido.

Escapei da curiosidade compulsória da Vera, mas não driblei a Star. Menina abusada essa Star, provocando um dos decanos de sua lista.

Como não corro por medo, só por pressa, estão ai as cinco manias:


1. Não abro as correspondências de contas a noite, as que devem ser pagas no dia seguinte só abro na hora de sair de casa.

2. Não vou a enterro de ninguém, costumo dizer que só comparecerei ao meu, assim mesmo carregado;

3. No futebol: Levo meu radinho de pilhas para o Maracanã, mas não ligo nunca, dá azar; Sento na arquibancada sempre na mesma fileira e no mesmo lugar, fila 17 assento 87; Tenho camisas do Fluminense que dão sorte e outras não, assim, tenho duas camisas favoritas para ir ao Maracanã;

4. Não lembro o nome de NINGUÉM; não lembro o telefone de NINGUÉM, nem o meu; não lembro do aniversário de NINGUÉM;

5. Não espero em fila de restaurantes, cinema teatro etc. Se tem fila, vou embora.

Meus escolhidos na corrente:

Alice, Nat, Luma, Jacaré Doido e N. Cotrim

09 fevereiro, 2006

Música para quem tem mãe na zona


Ta certo, vão dizer que a criação está fraca, que perdi a mão, que resolvi esculachar o Blog, mas não poderia deixar de apresentar aos amantes da boa música, um novo sucesso, Eu vou te deletar do meu Okurt, não deixe de ouvir até o final.

*Colaborando com o Blog Paola

“o bicho tá pegando”

A casa do cineastas Zelito Viana foi assaltada nessa madrugada, além dos valores levados pelos assaltantes, incluindo dinheiro e jóias, foi levada também a paz e a tranqüilidade familiar daquela família. Leia Mais

Também estavam na casa a esposa e o filho do cineasta, o ator Marcos Palmeiras acompanhado por sua namorada. A propósito, os bandidos que permaneceram cerca de três horas na casa, fugiram no carro do de Marcos.

Quem não lembra bem do Marcos Palmeiras, deve pelo menos lembrar do papel de “pacifista” desempenhado por ele quando do referendo pelo fim do comercio de armas de fogo no ano passado. Ele um daqueles que juntavam as duas palmas da mãos viradas para dentro e entrelaçava os polegares numa forma de ave, ou com um pouco mais de imaginação, na forma de uma pomba e dizia, “basta, eu quero paz”.

Parece que os bandidos que assaltaram a casa de seu pai, e não é o primeiro assalto, sabem muito bem que naquela casa não há armas de fogo, e que não há quem pense em defender seu patrimônio ou a própria integridade física de seus moradores, afinal em rede nacional foi avisado em alto e bom som algo do tipo, “na minha casa confiamos na polícia, na minha casa não temos armas”.

Realmente não creio também que, se na casa do cineasta houvesse uma arma o desfecho do assalto fosse diferente, afinal para se ter uma arma, tem que haver alguém que saiba manuseá-la e esteja preparado emocionalmente para usá-la, não me parece ser esse o perfil da família assaltada.

Entretanto, o que mais me chama a tenção sobre o assalto são as palavras do ator Marcos Palmeiras ao sair da delegacia de polícia, que faço questão de reproduzir:

“Eles (os assaltantes) faziam aquele jogo de manter a gente na tensão. Tomei uma porrada na cara, meu pai também apanhou”.

“É revoltante a gente ver que se discute a violência sem nenhum projeto social de transformação. É tudo paliativo, invadir morro, trocar tiro e não é isso que resolve. A gente tem o hábito de esperar, de acreditar, de ter fé e esperança, mas está muito difícil”.

“A gente tem que fazer uma coisa. Espero que aproveitando esse ano de eleição todo mundo se preocupe com alguma possibilidade de transformação social. Não dá mais para acreditar em bla-blá-blá, porque não resolve e o bicho tá pegando”.

Pois é Marcos, bem vindo ao mundo dos mortais, nosso mundo, onde diariamente somos atacados por essas bestas-feras, que invadem nossa intimidade e nos roubam os sonhos comprados em carnês de numerosas prestações, que nos humilham perante nossos familiares e agridem mais nossas honras que nossos corpos com suas coronhadas. Bem vindo ao mundo real dos mortais comuns, alcançado através do muro saltado pelos marginais, que não mais respeitam os “limites” dos condomínios de luxo e suas guaritas de vigilância. Bem vindo a vida de verdade que não é a vida sonhada por você e por outros de seus colegas de profissão.

08 fevereiro, 2006

Fidelização II


Voltando de férias, ainda fora do ar, reaprendendo a digitar e a concordar o sujeito com o verbo, aproveito a oportunidade para novamente fidelizar meus amigos-leitores.
Dessa vez vamos fazer um teste de conhecimentos e o vencedor, ou vencedores no caso de empate, ganhará(ão) dois ingressos INTEIRAMENTE GRÁTIS para o show dos Rolling Stones que será realizado no Rio de Janeiro no dia 18/02/06, além de transporte gratuito até o local.
É o Blog do Ozéas retribuindo aos seus leitores com o que há de melhor.
As perguntas e respostas não são inéditas, foram encaminhadas por e-mail já a algum tempo, portanto, todos os leitores são possíveis vencedores.

As perguntas:

1. Por que laranja chama laranja e limão não chama verde?

2. Porque lojas abertas 24 horas possuem fechadura?

3. Porque "separado" se escreve tudo junto e "tudo junto"se escreve separado?

4. Porque os kamikazes usavam capacete?

5. Porque se deve usar agulha esterilizada para injeçãoletal em um condenado a morte?

6. Quando inventaram o relógio, como sabiam que horaseram, para acertá-lo?

7. Como que os cegos sabem quando terminaram de se limpar quando estão no banheiro?

8. Para que serve o bolso em um pijama?

9. Porque os aviões não são fabricados com o mesmo material usado nas suas caixas pretas?

10. Por que o Pato Donald depois do banho sai com uma toalha em volta da cintura, se ele não usa short no desenho?

11. Se o super-homem é tão inteligente, porque usa a cueca por fora da calça?

12. O Pluto e o Pateta são cachorros, certo? Por que o Pateta fala e o Pluto não?

13. Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?

14. Por que os Flintstones comemoravam o Natal se elesviviam numa época antes de Cristo?

15 . Por que os filmes de batalhas espaciais temexplosões tão barulhentas se o som não se propaga no vácuo?

16. Por que aquele filme c/ Kevin Costner se chama "Dançacom Lobos" se só aparece um único lobo durante toda estória?

17. Se o vinho é líquido, como pode ser seco?

18. Como se escreve zero em algarismos romanos?

19. Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca?

20. O instituto que emite os certificados de qualidade ISO9000 tem qualidade certificada por quem?

07 fevereiro, 2006

Vaidoso como pavão

Poucas honrarias são tão significativas quanto àquelas que nos são conferidas pelos nossos alunos. Ser homenageado por uma turma de formandos, é o reconhecimento que mais marca um professor ao término de um curso.
Ser agraciado com uma placa e ter seu nome citado no rol dos homenageados é muito gratificante, mas ser o Patrono de uma turma de Direito é algo para nunca mais esquecermos. No 2º semestre de 2.005, orgulho-me de ser Patrono em duas turmas do Curso de Direito de minha Instituição.
Permito-me em homenagem aos formandos da 1ª turma do 2º semestre de 2.005, do Curso de Direito do UNIPLI, e por pura vaidade, postar o discurso que proferi na solenidade de colação de grau, ocorrida em 04/02.



Senhores presentes etc...

Prometo ser breve, neste momento de alegria, de festa e comemorações.

Inicialmente gostaria de agradecer a honra de ter sido escolhido pela turma Dr. Guilherme Nilo Chaves como Patrono, sei que a partir desse momento, minhas obrigações com vocês se multiplicam, passo a ficar registrado por toda vida na vida de cada um, e me torno responsável por assisti-los de hoje para sempre como verdadeiro guardião de seus ideais de justiça.

A distinção entre todos os professores que passaram e ficaram em seus corações, não me deixa melhor que Narciso diante de seu reflexo descoberto numa fonte d’água, estou vaidoso, vibrante e mais apaixonado por vocês. Obrigado.

Não sei bem se o momento é apropriado para dizer determinadas verdades, que lhes omiti durante todo o tempo que convivemos, mas tenho que fazê-lo, antes que seja tarde demais.

Preocupem-se meus amigos, vocês foram enganados, disseram-lhes que estavam se graduando em uma ciência normativa e dogmática. Acenaram à todos vocês com mais uma profissão de destaque social e repleta de glamour, lhes prometeram um trabalho e uma vaga no mercado. Mentira, foram enganados, não lhes disseram a verdade real, durante todo tempo que passaram no Curso, vocês estavam na verdade em uma academia militar, estavam sendo treinados para guerra, se forjaram soldados e a partir de agora partirão para o campo de batalhas.

Meus amigos, meus afilhados, vocês têm um novo compromisso, o de defender e guardar a Constituição, as Leis e a Justiça.

Graduaram-se diferentemente de outros que graduam-se no terceiro grau, são depositários do Estado Democrático de Direito, são colunas de sustentação da nossa sociedade.

Conheço cada um de vocês pelo nome, sobrenome, pensamentos e idéias. Atrevo-me a fazer parte de seus sonhos, orgulho-me de ter contribuído na formação individual e no inconsciente coletivo que abita o espírito da turma. Sei do potencial coletivo e individual que hoje colocamos a disposição da sociedade. São homens e mulheres de qualidade profissional inquestionável. Parabéns a vocês.

Nesse momento peço a todos como última lição, esqueçam o que sempre lhes ensinei propositadamente: “coloquem a justiça para fora de sala, primeiro vamos aprender o Direito”.

Melhor, tenham o Direito como suas armas para conquistar a Justiça. Partam para a luta e vençam por ela.

Neste novo milênio, recém iniciado, evidencia-se lamentável paradoxo da trajetória humana ao longo da história. Se por um lado, atingiu-se nível de progresso tecnológico e científico jamais visto anteriormente, por outro, assiste-se à exclusão de milhões de seres humanos do processo de evolução social, convertidos em “escravos do mercado”. Tem-se um mundo rico em progresso para alguns e miserável para “milhões. “A vida é bela” para poucos e trágica para os demais. Em síntese, vê-se uma sociedade humana com imensa dose de injustiça social.

As transformações sociais ocorridas a partir do início do último século, surgidas na Europa e difundidas para o mundo, sem dúvida representaram avanços nunca antes vistos, porém bem aquém das transformações necessárias que urgiam àquela época. Foram elaboradas novas leis que se propunham amparar os mais combalidos na sociedade, novas Constituições surgiram e em seus conteúdos, onde antes somente se lia da organização do Poder e seu exercício, com algumas considerações sobre os direitos civis, para alguns poucos, passaram os novos textos a contemplar alterações na ordem econômica e social. A sociedade sabia que precisava se transformar e se tornar mais justa, entretanto, os senhores do Poder não permitiram que esses avanços fossem de tal monta que evitassem nossa herança contemporânea.

Também, nas lições de Roberto Lyra Filho aprendemos que “a lei sempre emana do Estado e permanece, em última análise, ligada à classe dominante, pois o Estado, como sistema de órgãos que regem à classe dominante, pois o Estado, como sistema de órgãos que regem a sociedade politicamente organizada, fica sob o controle daqueles que comandam o processo econômico, na qualidade de proprietários dos meios de produção”.

Assim, se no século passado as intervenções constituintes e legislativas não transformaram a sociedade, a ponto de efetivamente combater a miséria e as desigualdades, hoje também não podemos ambicionar transformações significativas somente através da atividade legiferante.

Símbolo da modernidade, a propalada “globalização” não é nada mais nada menos que um retrocesso político-social, oculto pela máscara do liberalismo e da economia de mercado. Ao contrário de poucos malintencionados, não acreditamos no fim da história.

O mundo não mudou, as relações de poder não mudaram, o Poder pela história sempre esteve e ainda está concentrado nas mãos dos mais ricos e dos mais fortes, o Poder ilegítimo e abusivo é nosso principal inimigo nessa guerra pela justiça.

Vocês meus amigos, também não se formaram para ser legitimadores do Poder que avilta, não se prepararam nos últimos anos para enfeitar gabinetes ou tribunas, vocês meus amigos, muito pelo contrário, se prepararam para lutar pela dignidade do ser humano, pela soberania de seu país, pela cidadania de seus habitantes, pelos valores sociais do trabalho, pela democracia e pela igualdade das pessoas. Seus ideais de Poder são outros, o Poder para os justos é transformador.

Seus compromissos são com uma sociedade livre, justa, solidária, desenvolvimentista, sem preconceitos ou discriminações, que busque erradicar a miséria e a diminuição das desigualdades sociais. Não são minhas essas palavras e vocês já as reconheceram, pertencem aos ideais contidos nos dois primeiros artigos de nossa Constituição Federal.

Esse é o campo de batalhas que vocês encontrarão a partir de hoje, cabe a cada um optar por qual lado e uniforme que usarão. Não tenho dúvidas por conhecer a todos que ficarão ao lado da justiça.

Como afirmei inicialmente, a partir desse momento minhas obrigações se multiplicaram com vocês, mas a recíproca também se torna verdadeira e ficarei em permanente vigília sobre cada um. Terei sempre as portas abertas para meus afilhados, onde encontrarão refúgio, guarita e suprimentos quando estiverem na luta pelo bem, mas serei implacável com qualquer um que fraquejar em seus princípios.

Aproveito ainda a oportunidade para dizer aos novos bacharéis, que o Direito não é para os fracos, o Direito também não é para os que se valem da força, o Direito é para os sábios que buscam o justo.

No Antigo Testamento, no Segundo Livro de Crônicas, Capítulo 1: do verso 7º em diante, recompensado por Deus, Salomão que durante toda sua vida tinha atendido e obedecido ao Grande Arquiteto do Universo, indagado sobre qual riqueza desejaria possuir, qual bem, honraria ou mesmo a própria morte de seus inimigos, Salomão pediu ao Pai, sabedoria para ser justo com seu povo.

Busquem a sabedoria e alcançaram a justiça, tal como o fez Salomão; sábios e justos, encontrarão o verdadeiro caminho para suas realizações. Busquem somente o ouro e a prata, e encontrarão uma vida vazia e sem propósitos.

Meus amigos, prometi ser breve e assim serei, desejo a todos uma vida de lutas, de boas lutas, coroadas por grandes vitórias. Tenho certeza que com os conhecimentos adquiridos e com o espírito da justiça que anima a cada um, encontrarão a felicidade.

Saúdo a todos meus afilhados e que Deus os acompanhe.

Obrigado.

“A ética do PT é roubar”


FHC primeiro e único, Imperador sem terras, protetor perpétuo da fauna brasilis, membro vitalício do Tucanado Geral da República, cunhou a dura frase “A ética do PT é roubar” em entrevista a revista " IstoÉ " Leia Mais

Convidado ao centro da “Roda Viva”, exibido ontem pela TV Cultura, FHC interpretou seu pensamento, explicando que referia-se na verdade a ausência de ética pequeno-burguesa do PT, traduzida pelos membros do coletivo revolucionário, como necessidades ao projeto maior de transformação social, ou no popular, não há ética capitalista que não mereça ser violada, desde que os fins revolucionários justifiquem os meios.

Ricardo Berzoini ofendido pelos pronunciamentos imperiais, contra-ataca reiterando a ameaça de processo criminal contra a ave maior do Tucanado, querendo ao final obter a condenação do detrator, por ter a honra da agremiação que dirige atacada.

FHC Primeiro e Único, já de caso pensado, muito pensado diga-se de passagem, revida às ameaças, e diz que vai usar da oportunidade para argüir dentro do processo criminal a “exceção da verdade”.

Interessante também é o alvo do ataque escolhido por FHC, o Partido dos Trabalhadores, não o operário-meu-patrão, por que? Porque não há possibilidade legal de provar a verdade quando o ofendido é o Presidente da República.

Oficialmente me parece que começou o primeiro turno eleitoral.

Exceção da verdade:

“A calúnia é por definição, imputação falsa. Admite, portanto, a lei penal, em regra a exceptio veritas, isto é, admite que o agente prove que é verdade o que alegou, excluindo assim, o crime. (Heleno Cláudio Fragoso – Lições de Direito Penal)

“A calúnia admite exceção da verdade (art. 141 CP), salvo em três hipóteses: nos crimes de ação privada, quando o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível (§ 3º , III); nos fatos imputados contra o Presidente da República (§ 3º , II); se o ofendido foi absolvido do crime imputado por sentença irrecorrível ( §3º, III)”. (Cezar Roberto Bitencourt – Tratado de Direito Penal)

Volta ao trabalho


As luzes permaneceram acesas pelos amigos e a casa está limpa para os trabalhos.

Vamos em frente, o ano promete.