O Exército Republicano Irlandês – IRA anunciou através de seu porta-voz que está renunciando a luta armada após mais de 30 anos de resistência. Fez a opção pela via política, pelo diálogo e pelo embate democrático.
Haverá o questionamento que na verdade o IRA estaria ficando sem patrocinadores dispostos a custear uma guerra sem previsão de término; poderá se questionar que o embate pela via da guerrilha não é mais o conveniente nesse início de século, quando o ocidente condena qualquer representação da barbárie; poderá também ser objeto de questionamento que cada tiro dado pelo IRA na verdade estaria saindo pela culatra, ou cada bomba atirada estaria destruindo os próprios ideais libertários da Irlanda do Norte, tudo isso e qualquer coisa mais que se diga, não importa.
Quando os homens buscam no confronto das idéias e não dos seus corpos suas vitórias, todos saem vencedores, alguns momentaneamente aparentam sair mais fortalecido nessa hora, entretanto, com o tempo perderão espaços ilegítimos à verdade.
Imagino quantas negociações, quantos acordos ainda desconhecidos, quantos trabalhos de bastidores foram desenvolvidos por anos, mas afinal quem disse que a paz é acomodada?
3 comentários:
Falta de grana é um problema. Mas se eles forem resolver por vias políticas, isto é, aumentando a representatividade na câmara dos comuns, o dinheiro a ser gasto não seria maior? (estou tomando como exemplo o que se gasta aqui pra ser eleito).
Pode até ser Ricardo, mas o Ira há muito já vinha perdendo força dentro do seu próprio terreno. Bem, tarde ou não, sempre é um bom começo.
Ai falei besteira. Eu quis dizer que nunca é tarde para se encontrar um equilíbrio e um novo caminho.
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