Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

08 janeiro, 2006

Meia volta


No tema desarmamento, da forma como foi realizado o referendo em outubro passado, restou uma interrogação para a sociedade brasileira: A população é contra ou a favor que o cidadão tenha uma arma de fogo?

Perguntar “você é contra ou a favor da venda de armas e munições”, foi uma articulada pergunta dos que acreditavam numa resposta positiva, ou seja, os defensores do “sim” antecipavam-se a resposta do eleitor, acreditavam numa vitória esmagadora de suas propostas, o que inviabilizaria por questão lógica a pergunta que ora é posta.

Derrotado o “não”, estaria proibido o comercio de armas, sendo imaginável como passo seguinte medidas para o desarmamento completo da sociedade, através de indenizações compulsórias num primeiro momento ou mesmo através de compulsória devolução ao mais resistentes num estágio final.

Tudo combinado, ajustado e pensado nos detalhes, só esqueceram de acertar com o povo, que em manifestação impar através do referendo, rechaçou a proposta desarmamentista e defenestrou os planos dos “pacifistas” de ocasião.

E agora, a população é contra ou a favor que o cidadão tenha uma arma de fogo? Essa pergunta será respondida pelo Congresso Nacional, que através da discussão de projeto de lei de autoria do Deputado Alceu Collares, poderá revogar o atual Estatuto do Desarmamento.

Projeto de lei pretende revogar Estatuto do Desarmamento

O Projeto de Lei 6107/05, do deputado Alceu Collares (PDT-RS), se aprovado, irá revogar integralmente o Estatuto do Desarmamento (Lei 10826/03). O projeto foi apresentado depois que a maioria da população brasileira rejeitou, no referendo de 23 de outubro do ano passado, a proposta de proibição do comércio de armas de fogo e munição.
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9 comentários:

Ricardo Rayol disse...

Nada como pegar carona em um fiasco para aparecer.

Toque das ruas disse...

Vi seu comentário no Blog da Santa e passei aqui para desejar um bom domingo!

Anônimo disse...

Incrível como gostam de "coçar o saco" e inventam os meios...rsrs. Tanto para ser discutido e tão pouco na prática. Bjs e bom domingo!

Anônimo disse...

Caro Ozeas:

Gastaram milhões só para nos aporrinhar um pouco e mais e fazer no fim o que eles querem mesmo, democracia assim é fácil, nem para Inglês ver é....

Abçs

Serjão disse...

Colares é gaúcho. Talvez na terra dele seja possível ter um armamento e andar na rua. Onde eu moro isso só causaria problemas. Temos um país continental e qualquer proposta sobre desarmamento deve levar em conta as diversidades regionais. Um abraço

Anônimo disse...

Caro Ozeas :

Os "quitutes" mencionados lá no gotas são todos tentadores, mas em alguma ocasião da minha vida, por mau uso ou excesso me viraram do avesso, no caso do pudim fui enganado, mas o sentido da coisa é rir mesmo, e acabei rindo do seu comentário....

Abçs

Marcos
www.gotasdefel.blig.ig.com.br

Elaine disse...

Eu já esperava algum projeto nesse sentido, mas me reservo o direito de não concordar com idade de 21 anos para adquirir um porte de arma.(nunca concordei com essa idade)
Segundo a filosofia que sigo, na verdade começamos a amadurecer aos 28 anos de idade. E, por experiência própria e até por uma pequena pesquisa particular, acredito que e dessa idade para frente que começam as nossas maiores conquistas justamente, porque tomamos decisões mais amadurecidas e acertadas. Por isso, penso que a idade de 28 anos seria ideal para o porte de arma. Por outro lado, vale comentar que estamos em eterno amadurecimento e evolução, e que na verdade, não é a idade em si que vai dizer que a aquele(a) que tenha porte de arma será responsável o suficiente para portá-la, mas sim sua capacidade de entender os riscos e as responsabilidades que ele passará a carregar sobre sua vida e a dos outros também. Ainda assim, por diversas leituras encontradas "na literatura jurídica" podemos entender e acreditar que boa parte ou a maior parte dos jovens de 21 anos, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo, não tem ainda como perceber o peso que realmente existe ao adquirir um porte de arma.
É um pouco antipático de minha parte, e talvez, até preconceituoso não dar crédito a um jovem de 21 anos, mas esse é o meu pensamento.
Sendo assim, sou contra que seja concedido porte de arma para os cidadãos com idade inferior a 28 anos
Ressalvo apenas nesse caso, os profissionais das instituições policiais.

Santa disse...

Ozéas, confesso que ainda não assimilei de todo a Lei e as implicações....

Bjs

Anônimo disse...

Ozéas, boa tarde.
Estou na mesma situação que a Santa.
Porém, fico imaginando como o povo brasileiro sofre com a incompetência ou a omissão desses parlamentares. Lembra-se quantas sessões foram necessárias para aprovar o estatuto? E depois essa vergonha que foram os gastos com o tal do referendo.
E agora, você nos dá essa noticia que tudo será revogado.
Esse congresso pode ser considerado sério?