Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

18 janeiro, 2006

Dois posts, três temas, uma idéia.


O ótimo post escrito por Serjão no seu Blog sobre o Haiti, me desassossegou bastante, me fez pensar um bocado. Na verdade o texto do nosso amigo que “escreve do além” é exatamente a matéria que gostaria de ter escrito, mas me faltou a capacidade de seu subscritor, fazer o que, enquanto eu divagava na pompa fúnebre do general suicida e não conseguia escrever uma linha sequer, o Serjão foi no ponto, desnudou nossa magalomana aventura soberânica, de ter um “banquinho” para sentar ao lado dos verdadeiros “senhores da guerra” nas Nações Unidas.

Ontem encontrei no Blog da Luma outra pepita preciosa
. Acostumada a escrever sobre o sol e a lua, amores e desencantos, indicações literárias e o trivial com classe, a Luna nos presenteou com valiosas linhas sobre o terrorismo de Estado praticado nas prisões especiais da CIA que estão espalhadas pelo mundo, particularmente, dedicou um bom espaço de suas considerações à prisão de Guantanamo na ilha de Fidel. Um texto consistente, que vai além das grades ou de práticas de torturas, Luma encontrou as portas de entrada e saída para muitos dos problemas que se meteram os “donos do mundo” e, de tabela, nos arrastam diariamente para legitimação de seus atos.

São dois temas que aparentemente não possuem um elo de ligação, para quem quiser ver dessa forma, são duas tragédias da modernidade no nosso mundo. Acontece que não consegui desassociar as duas idéias na minha cabeça e ainda, lembrei de outra matéria publicada em 19/09/2001 sobre as torres Gêmeas destruídas em 11 de setembro de 2001. Sob o título
“Quem cria lobos...”, Fritz Utzeri escreveu sobre as mazelas dos miseráveis e esquecidos globais, sobre a própria existência de uma lei material de retorno e sobre os desiguais nesse planeta. A “globalização”, palavra que não ouço a muito, talvez por estar saindo de moda, é desnudada no comentário de Utzeri, quando o mundo ainda em “choque” pelo atentado ao World Trade Center, tentava entender e se perguntava, por que?

Não vou além, poupo meus amigos-leitores de divagações, até porque os três temas indicados são as evidências necessárias às conclusões. A mim bastará a unificação das questões levantadas através da poesia materialista de Albert Einstein, oferecendo à leitura aquilo que acredito seja uma só idéia.


A vida é como jogar uma bola na parede;
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma que você não esteja pronto a recebe-la. A vida não dá nem empresta. Não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

Albert Einstein

8 comentários:

Elaine disse...

Perfeito!
Sds...Elaine

Anônimo disse...

Caro Ozeas:

Boa reflexão, gostei muito deste texto, faz pensar, mesmo que você nos queira poupar das divagações elas são inevitáveis...

Abçs

Marcos
www.gotasdefel.blig.ig.com.br
www.vinhoto.blig.ig.com.br

Maria Oliveira disse...

Querido Ozéas. Tomei vergonha e estou com minha casa arrumada!!!! Faça uma visita e verá!!!!:)))))

Ricardo Rayol disse...

Belo texto de einstein. o cara não era só maluco, era um maluco beleza. []'s

Anônimo disse...

Ozéas, você é professor. E eu sou sua aluna mais aplicada. Hoje, sua lição foi magistral, como se diz daquelas aulas perfeitas.

Quando o ser humano aprenderá?

Cuba Livre! disse...

Ozeas, o mundo virtual está ficando pequeno, entramos num e conhecemos um monte, muito legais seus posts. abraços!

Serjão disse...

Ozéas, Primeiro obrigado pelos elogios. Creia-me, são imerecidos. O que eu escrevi sobre o Haiti só foi possível por que tive uma certa experiência pessoal. Foi meio que fácil tirar algumas deduções e não foi por que sou algum gato mestre, pelo contrário. Se alguém tem o dom da palavra esse alguém é vc, Jamais teria a capacidade de embalar tudo ao som de Albert Einstein. Um abraço. Não consegui abrir o Link sobre o artigo da Luna

Luma Rosa disse...

Obrigada Ozeas!! Só escreveu o nome do blogue errado! (rs*) Beijus