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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

13 dezembro, 2005

Negligência

Dia 05 de dezembro o menino Delmar de Assunção Pacheco Albuquerque faleceu, conforme atestado de óbito, asfixiado por afogamento, na piscina do Hotel Fazenda Serra Castelhana, localizado na cidade de Saquarema/RJ Veja o Site.

A mãe de Delmar é uma de minhas alunas, Paula Marisa Albuquerque, angolana assim como o pai, sendo que este reside no seu país de origem, enquanto mãe e filho residiam aqui no Brasil, privavam-se do permanente convívio familiar só para uma coisa, estudar.

Delmar de pouco mais de sete anos, foi para o passeio numa excursão patrocinada pelo seu colégio “Escola da Luluzinha”, localizado na cidade de Niterói/RJ, sob a guarda e proteção dos professores e responsáveis pelo local da visita, não foi devidamente guardado ou protegido por quem tinha tal obrigação.

Não havia salva-vidas na piscina, ou como justificado pelo hotel, o mesmo teria saído para almoço; embora tenha sido vestido com sua sunga pelos professores responsáveis, ninguém da escola viu o menino se afogar; Delmar foi retirado da piscina por outro colega de escola de doze anos, único a perceber todo o acontecimento; não havia uma ambulância no hotel ou no mínimo um enfermeiro habilitado para primeiros socorros, o menino foi levado ao hospital da cidade num carro particular, recebendo respiração “boca-a-boca” de uma das professoras, mas já chegou sem vida para o atendimento.

A família está desolada, vários familiares vieram de Angola para acompanhar seus pais em tão difícil hora. Minha aluna no dia dos fatos tinha prova de minha disciplina, faltou para ver o corpo de seu filho negligentemente morto. Hoje fui procurado por Paula que me pedia indicação de advogados, para exigir o que bizarramente podemos chamar de justiça.

Existem certas notícias que não gostamos de postar, mas são necessariamente cruéis.

9 comentários:

Santa disse...

Que tragédia! Daí se vê o valor da vida humana, jogada ao descuido, a irresponsabilidade, a impunidade. Entendo que não deve ser nada fácil pra vc falar e publicar esta notícia...

O abraço de sempre.

Ricardo Rayol disse...

Caraca Ozeas, espero que você tenha abraçado a causa. Nem imagino o que essa mãe deve estar passando. Eu acho que ia pirar. Fogo neles.

Anônimo disse...

Mestre Ozéas: é a pior tragédia que pode acontecer em uma família, quando uma criança está longe de seus pais e sob a guarda de outros; muitas vezes negligentes mesmo. Mais que uma tragédia!

Anônimo disse...

Não deve haver nenhuma dor comparável à da perda de um filho. Nas circunstâncias citadas, então, é revoltante! Não exixte remédio que amenize a dor dessa mãe mas a justiça (dura) já é um bom começo...

Forte abraço!

Serjão disse...

Meu Deus. É por isso que não confio em excursão de colégio. minha solidariedade, amigo

Anônimo disse...

Não consigo nem imaginar a dor dessa mãe. Não tenho filhos, mas tenho sobrinhos e sou capaz de uma loucura se acontecer algo com um deles.

Saramar disse...

Ozeas, que tristeza, meu Deus! Que dor desses pais.
Ponho-me no lugar dessa mãe porque tenho filhos. Que horror!

Neste caso, houve irresponsabilidades de todos os lados, não? Do hotel, dos professores, da escola. Deixar uma criança de 5 anos sozinha na piscina é o cúmulo do descaso.

Anônimo disse...

Caro Ozeas :

Tenho me embrutecido com o tempo, mas notícias como esta que envolvem crianças me dão uma profunda tristeza, o que dizer, o que pode ser falado para uma mãe ou um pai (sou pai de dois)..apenas pedir a clemência de Deus, só isto...

Abçs

Alice disse...

Que tristeza ...