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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

27 dezembro, 2005

Tatuagem


Com registro na pré-história, onde já se cobria o corpo com desenhos, conforme atestado pela arte rupestre e mesmo em estatuetas encontradas, indicações da presença de pinturas pelos corpos dos nossos mais longínquos parentes, são evidências da origem da tatuagem. Leia Mais

Enfeitar o corpo é próprio do ser humano, na verdade, criar diferenciais para algumas espécies é mesmo fundamental para atrair membros de outro sexo. Através de simples babados espalhados pela roupa, ou mesmo de um pedaço de pano pendurado por um nó no pescoço, o bicho homem faz a corte, se insinua e se apresenta como belo, forte e atraente aos outros de sua tribo.

A pintura na própria pele através da arte permanente é irreversível e estimulante, destaca seu usuário, fazendo-o diferente e colorido, corajoso e mais atrativo para outros, sendo repudiado somente por convenções sociais.

No Japão por exemplo, a parte do corpo tatuada deve estar coberta ao público, é sinal identificador próprio dos bandidos e mafiosos locais, é imoral a exibição pública de corpos pintados e, um simples banho de mar pode terminar numa delegacia policial. Por outro lado, aqui mesmo no Brasil, proliferam os gabinetes de tatuadores profissionais, que fazem da “arte na pele” mais um componente dessa já misturada cor de pele, própria da miscigenação racial de nosso povo.

Mas parece que nem todos pensam assim no Brasil. Candidato ao cargo de Policial Militar no Estado de São Paulo, André Machado da Silva, foi excluído do concurso de admissão por ser portador de uma tatuagem nas suas costas. Mesmo aprovado em todas as fases do certame, foi impedido de prosseguir além do “exame psicológico”.

Através de Mandado de Segurança André buscou reparo a regra “desajustada” constante do edital do concurso e, poderá continuar no caminho de seu intento independentemente de ter ou não uma pintura no seu corpo. No entender do Judiciário paulista “as regras que vedavam alguns tipos de tatuagem são discriminatórias e inaceitáveis para eliminar o cidadão habilitado a determinado cargo público. Isso porque o fato de uma pessoa ter ou não uma marca no corpo não confirma que ele seja idôneo”.
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4 comentários:

Santa disse...

Querido Ozéas, desculpa se não consigo passar em seu blog diariamente. É que estou de viagem e mal consigo postar. Como neste País, não faltam assuntos e raivas, ....
Agradeço suas visitas (pouquíssimas, ultimamente!!!rssss) ao blog e sobretudo os comentários. Bjs

Serjão disse...

Lembrei de vc hoje quando li a notícia do resgate do bandido na Ilha do Governador. Sou leigo no assunto mas será que não haveria uma maneira mais segura de fazer isso através de uma video conferência? O que falta para o Judiciário conseguir um mínimo de modernidade? Abraços.

Anônimo disse...

Caro Ozeas :

Sempre tive medo de fazer a primeira tatuagem e nunca mais parar, virar gibi, tinha tatuagem de graça para fazer a hora que quisesse, existem tatugens belas e existem verdadeiras obra de mau gosto de qualquer forma não deveriam servir de parametro para definir o carater de uma pessoa, mas infelizmente servem.

Abçs

Elaine disse...

Que maluquice! Como se uma marca pudesse dizer sobre a personalidade de uma pessoa. Os nossos políticos por exemplo tem tatuagem? Garanto que a maioria não e nem por isso deixam de roubar o nosso dinheiro. Idoneidade está na alma e não no corpo.