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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

16 abril, 2006

A bomba d'agua


Nesse dia de Páscoa visitando os amigos, dei uma passada no Outras Letras do Alexandre, onde achei o belo texto a seguir publicado. Não poderia deixar de repartir com todos a bela estória “A bomba d’agua”.

Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Eis que ele chegou a uma cabana velha, quase caindo aos pedaços. Encontrou uma sombra onde se acomodou, fugindo do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada. Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar. Nada aconteceu.
Desapontado, caiu prostrado, para trás.
Logo notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. E, na garrafa tinha um recado que dizia: "Meu amigo, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois, faça o favor de encher a garrafa outra vez, para o próximo viajante."
O homem arrancou a rolha da garrafa e constatou que ela estava quase cheia!
De repente, o dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas, se despejasse a água na velha bomba enferrujada e ela não funcionasse morreria de sede. O que fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem?
Com relutância, o homem resolveu despejar toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear e a bombear. A velha bomba d’água pôs-se a ranger e a chiar sem fim. De repente, surgiu um fiozinho de água, depois um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância!
O homem, aliviado, matou a sede com água fresca e cristalina e depois voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu a garrafa até o gargalo, arrolhou e acrescentou a nota: "Creia, funciona. Você precisa dar toda a água antes de ter de volta."
Nós podemos extrair várias lições desta história.
Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto, pois este demandará um enorme investimento de tempo, recursos, preparo e conhecimento?
Quem teme o desconhecido, ou se sentiu inseguro na hora da decisão?
Quantos ficam parados satisfazendo-se com pequenos resultados, quando poderiam conquistar significativas vitórias?
Quantos se satisfazem com a esmola, ao invés de buscarem a fonte de renda?
Quantos esperam receber o peixe e nunca tentaram ou foram estimulados a pescar?
Aproveitando o tema predileto do Presidente da República: num estádio de futebol quantos são aqueles que apenas VÊEM as coisas acontecerem e quantos são aqueles que FAZEM as coisas acontecerem?
E você? De qual lado está?
O que falta para despejar esta garrafa de água velha que você guarda e está prestes a beber e trocá-la pela possibilidade de conseguir água fresca em abundância de uma nova fonte?

4 comentários:

Ricardo Rayol disse...

Bela estória e interessante lição

Walter Carrilho disse...

O que falta? Bom, falta o pessoal parar de ficar contente em receber camiseta e abracinho de político e usar os neurônios, né? Só isso...

Alexandre, The Great disse...

Aqui posso comentar:
aqueles que fazem algo diferente da "massa ignara" pode, as vezes, parecer "esquisito" ou "diferente", mas se analisarmos friamente veremos que só os corajosos e decididos tem SUCESSO na vida, a grande maioria dos indecisos e "vacas de presépio" ficam apenas na arquibancada - VENDO as coisas acontecerem!

Obrigado, professor!

Anônimo disse...

Falta educação! A maioria não terminou o quarto ano do primário, e nem tem noção real dos fatos.O que podemos esperar de um povo ignorante e que tem fome? De tudo!