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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

24 fevereiro, 2006

Livrando dois corpos de vantagem

Diz uma máxima popular quando se refere a um cavalo favorito no páreo: “só perde se o jóquei pular do cavalo”. O cavalo ganha tão fácil que por menos que se esforce, a vitória é tida como certa.

Muitas vezes os méritos eqüinos não são compatíveis com o propalado favoritismo dos apostadores, só que, quem conhece sabe, apostador de turfe não acredita somente nas patas de “seu” cavalo, mas principalmente, na deficiência dos outros pangarés ambiciosos.

Marmeladas à parte, o que é comum nos páreos, as escolhas dos animais competidores também se da por critérios outros, que passam ao largo dos relacionados à eficiência na arrancada, da sustentação nas curvas e do fôlego na reta final. É comum a vaidade do criador ou mesmo a falta de opções de quadrúpedes mais competitivos, transforma burricos empolados em “pule de 10” e, além de monótona e previsível, a corrida passa a ser verdadeira formalidade no Jóquei Clube.

Outra questão dos criadores é quando o animal contrai grave doença ou deficiência que justifique a manutenção custosa da sua vida. O criador vê-se diante de duas opções: ou sacrifica o animal logo no início e livra-se de um problema que o perseguirá até o falecimento natural do bicho, ou resolve arcar com o ônus elevado de sua manutenção, acreditando que a esperança vencerá seus medos.

Por milagre, também ocorre que o “condenado” animal, doente e debilitado pelos diversos males que o assola, recupera-se e ganha um resto final de energia, habilitando-o para uma última corrida e, com sorte, diante de pangarés que surgem para a disputa de seu último aport, pode até chegar com boa diferença na frente dos sadios mas inferiores e incompetentes competidores. A propósito, maior chance terá o ex-moribundo de ser o vencedor do páreo, se o número de concorrentes também for pequeno e percebe que correrá na raia de grama com somente um ou dois outros adversários.


Tenho que confessar uma coisa, não entendo nada de cavalos, muito menos de suas corridas, mas de burros resistentes estou me tornando especialista.

Números interessantes (ou remédio para desenganados):

Programa Bolsa Escola - 10,7 milhões de crianças inscritas.
Valor das bolsas = 15,00 por criança, sendo o máximo de 3 crianças por família, com idades compreendidas entre 6 a 15 anos.

ProUni - 800 mil alunos inscritos
Valor do auxílio = bolsas integrais para alunos com renda familiar de até 450 reais, bolsas parciais para alunos com renda familiar de até 900 reais.

Programa Bolsa Família - 8, 5 milhões de famílias inscritas no ano de 2.005 e previsão de 11, 5 milhões de famílias para 2.006.
Valor do auxílio = 45 a 95 reais.
Beneficiados = família com renda per capita de até 100 reais.


Fica aqui uma indignada reflexão: de que vale ter a consciência se a caneta e as chaves do cofre estão com elles.

3 comentários:

Anônimo disse...

Querido mestre: as chaves do cofre estão com elles! Mas até quando? Se as CPI's não virarem uma grande pizza carbonizada, a candidatura delle deverá ser impugnada...Estarei errada? rsrs. Beijos carnavalescos!!!!! Eh!!!

Anônimo disse...

Caro Ozeas:
TEm sido assim sempre, não vejo como mudar...pelo menos não a curto prazo, quanto aos cavalos, tenho a impressão que e~stão todos condenados e o pior chegará.

Abçs

Marcos
www.gotasdefel.blig.ig.com.br

Serjão disse...

Pois é Ozeas. Eles têm a máquina mas FHC também tinha e não elegeu o sucessor. Alguma coisa está desconexa. No show do U2 o retrato de Lula foi muito vaiado, refletindo uma coisa que se vê nas ruas. Mas ele reage nas pesquisas e alcança uma popularidade que tinha antes dos escandalos. Não dá para entender