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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

29 outubro, 2010

Renato Gaúcho, o eterno falastrão

Tá bom, devemos um campeonato sobre nosso arqui-rival no Rio de Janeiro por uma barrigada (sem trocadilho, por favor) do seu Portaluppi, bem como, na condição de técnico uma Copa Brasil; também vamos ser justos, aquela Libertadores perdidas nos pênaltis, fica registrada como uma das maiores injustiças (se existe no futebol) que já vimos acontecer, mas daí pra frente, como técnico Renato foi uma tragédia, não só no Fluminense, mas por outros times ai a fora.

O rebaixamento na vida de Renato, o fanfarrão, se tornou aquela nuvenzinha de desenho animado, que acompanha o personagem azarado para onde quer que vá.

Agora no Grêmio, depois de amargar as sandálias da humildade como técnico desempregado e de segunda divisão, de verdade, acertou o time gaúcho, cumprindo só agora o que prometeu no passado, lá no Fluminense, “vamos passear no brasileirao”.

O Grêmio hoje muito parece Flamengo de 2009, destruído e destroçado, semi-rebaixado no primeiro turno, que embalou e faz a melhor campanha do segundo, esse meteoro com cauda de minuano, até que vinha bem, calando com resultados as bocas coloradas (cada um tem o Lex Luthor que merece), provando que se jornalista entendesse tanto assim de futebol, todos estariam ricos com a Loteria Esportiva.

Acontece que ontem, o que seu Renato Portaluppi não esperava, ou não lembrava é que enfrentaria um clube de futebol de verdade, uma tradição em superações, um clube que conhece o céu (campeão mundial de 52) e o inferno (terceira divisão em 99), um clube que tem times onde se forjam guerreiros e uma torcida que está se impondo por sua condição e responsabilidade, convencida que é ela a principal responsável por qualquer vitória ou título.

Renato Gaúcho ontem foi surpreendido, esperava jogar contra um time desfalcado e desfigurado, onde seu artilheiro e único atacante em condição de jogo, não marca um gol a uma dezena de jogos, pior, quando o faz é contra sua própria meta.

Renato esqueceu que o Fluminense joga esse campeonato com 13 jogadores, os 11 inscritos regularmente, a torcida e o Conca, que vale por dois craques de qualquer time.

Renato falastrão, cometido em suas palavras esse ano, veio ao Rio e Janeiro para voltar o Sul com as palavras de falsa humildades prontas a serem ditas na entrevista coletiva após o jogo, imagino como seria: “O Grêmio vem conseguindo se superar e agora podemos sonhar com o título, por que não?”. Não queimou sua língua porque o Fluminense não deixou, mas queimou seus pensamentos e o resultado foi a desdenha e parlapatice própria dos arrogantes derrotados, “ser campeão assim é mole” (http://bit.ly/amMkgm).

Ser campeão contra a vontade de uma CBF, que quer por que quer o Corinthians com o título, não é mole não Renato, ainda mais depois da humilhação que seu não menos arrogante Presidente Ricardo Teixeira passou, ao anunciar o que não tinha para entregar, o Muricy Ramalho na sua seleção; Ser campeão com um time que aprende a jogar a cada partida, porque não consegue formas cabeça, tronco e membros (defesa, meio e ataque) iguais em seqüência mínima de dois jogos, não é mole não Renato; Ser campeão quando não se joga mais uma partida como mandante depois do arbitrário fechamento do Maracanã, não é mole não Renato.

Pois é ontem o Fluminense mais uma vez superou todas as expectativas e calou as vozes agourentas e invejosas, fez mais, devolveu para o Sul o Renato Falastrão, com a cabeça inchada e uma puta dor e cotovelo.

2 comentários:

Ricardo Rayol disse...

Isso que eu chamo acertar em cheio no saco.

Camarada Arcanjo disse...

O Renato já aprontou contra o Botafogo. Um traidor!