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"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

04 novembro, 2008

Torcendo pelo inimigo

Pois é, vários integrantes da mídia resolveram nos últimos meses pesquisar sobre a preferência dos brasileiros nas eleições americanas.

Começamos “escolhendo" entre os candidatos democratas e republicanos que disputavam ainda as prévias nos seus partidos. Hillary ou Obama, McCain ou Huckabee? A preferência nacional acompanhava o ritmo ditado pelo diapasão da nova Roma. Quem você escolhe para imperador mundial?

Agora na reta final, chegados os “Dias Dês”, já que até nisso a eleição por lá é diferente, estão postas as duas candidaturas principais, vencedoras da primeira etapa da disputa. Obama ou McCain, eis a questão?

Votar em McCain é votar no liberal conservador americano, numa política internacional mais dura nas relações com o terrorismo. McCain aposta no fortalecimento das indústrias petrolíferas e de armamentos, é contra o aborto, e a favor da pena de morte, é o candidato da continuidade da política interna e externa americana, fracassada pela incompetência de Busch.


Votar em Obama é eleger a “modernidade”, é votar na interação racial, na prevalência dos direitos civis. Obama é contra a guerra no Iraque, é favor na aproximação ao diálogo com Cuba, se bobear, não está nem ai para Chávez, Evo e Cia.ltda., em campanha já avisou que pretende mais impostos e que vai custear subsídios na agricultura...

A propósito, Obama já declarou, vai subsidiar o etanol via milho e atacar as importações do Brasil, enquanto McCain vai deixar que o mercado dite as regras e importar o nosso produto. Bom para o Brasil, mais divisas que entram, mais empregos e plantio para o país.

Entretanto, Obama é vencedor em todas as pesquisas, não oficiais, patrocinadas pelos órgãos de comunicação no Brasil. Até nessas horas o nosso povo vota mal.

Tadinho, Obama é negro, e daí? Quantos negros existem pelo mundo capazes e incapazes, assim também como são os brancos, os amarelos, os vermelhos, os azuis.... Votar na cor da pele do Obama é aceitar a verdadeira discriminação, acreditando que a cor de sua pele lhe dá qualidades que não possui. É por essa e outras que tem emplacado no Brasil a destinação de quotas, tão criticadas inclusive por nossa massa “intelectual”, mas que agora se aloja nas trincheiras defensoras dos excluídos americanos.

Não devemos nos iludir, lá por “Roma” não há defensores dos fracos e oprimidos terceiro-mundistas, o que há é uma forma diferente de fazer política para cada partido, mas ambos acreditam somente numa coisa, na propriedade.

Enquanto isso continuamos sorrindo e simulando nossas intenções de votos, indicando o pior para nós.

3 comentários:

Unknown disse...

Ozeas venceu Obama, para nós nada muda, como não mudou com Clinton e acho que eles estão certos, eles devem defender a América, seu povo e seus interesses, nossos governantes é que estão sempre errados querendo "defender" os fracos e oprimidos. Ninguém é bom com o vizinho em prejuízo da própria casa

Anônimo disse...

Dois babacas...

Ricardo Rayol disse...

é, a coisa está preta