Relendo o post de onze de setembro de 2.005 verifiquei sua atualidade. Os valores e números referidos não se modificaram, as idéias dominantes permanecem as mesmas e suas conseqüências continuam a dar causa aos resultados. A propósito, também nossas torres continuam as mesmas e nos mesmos lugares, nada foi feito diferente para mudar a realidade.
Republico foto e texto com um ano de diferença, sem que seu “prazo de validade” tenha vencido.
Há quatro anos dois aviões foram lançados contra as torres Gêmeas do Word Trade Center em New York, causando comoção mundial pela barbárie, que atacava e fazia de suas vítimas simples cidadãos americanos, sendo que o verdadeiro alvo era o próprio Estado.
Nos revolta qualquer tipo de terrorismo, nos repugna toda forma de violência contra o homem.
As fronteiras físicas, econômicas e ideológicas terão na história seu derradeiro dia, embora ainda não se demonstrem sinais de quando isso acontecerá, mas a vitória da solidariedade e da fraternidade entre os povos prevalecerá. Temos que crer nisso.
O terrorismo é abominável, os crimes por ele praticados são covardes. Devemos abominar tanto aquele terrorismo praticado por grupos fundamentalistas isolados, quanto o terrorismo praticado pelo Estado. Acredito como verdade que esse último ainda é o pior de todos, numa ilusão de que podemos “graduar e mensurar” o mal.
Quando um Estado se sobrepõe a outros, quer por sua força bélica, econômica e mesmo tecnológica, através das subordinações de soberanias, fica muito clara a separação dos mundos e, mais claras ainda as “razões” de vinganças e ódios.
Nessa lembrança do 11 de setembro americano, publico a foto de nossas "torres" gêmeas terceiromundistas, como demonstração da desigualdade social num país que detém o título de oitava pior distribuição de rendas no mundo.
As nossas "torres" são assim mesmo, obras abandonadas pela falência de construtoras, ocupadas por desabrigados e encravadas no meio de uma favela, em plena área de classe média-alta.
Dificilmente algum idiota tentará lançar um avião sobre elas para suas destruições finais, até porque são símbolos contrapostos do capitalismo selvagem yanque, representam a própria miséria que nosso povo está submetido, decorrente de nossa subordinação ao capital internacional que nos saqueia mês a mês através da agiotagem de Estado.
Em cada cidade brasileira certamente não há uma, mas várias “torres” como a que fotografei na minha cidade de Niterói. Nossa “torres” devem ser lembradas todos os dias 11,12, 13.... de setembro, outubro, novembro... Devemos lamentar o terrorismo que ataca de regra os mais fracos e indefesos, temos nossos Osana Bim Laden que não comandam suicidas fundamentalistas, mas que nos destrói na dignidade e matam nossas esperanças todos os dias.
6 comentários:
Ozéas, curisoso, não? Globalização, comércio, turismo, índices que achávamos que iriam despencar, continuam bem parecidos. O que aumentou bastante (nehuma surpresa) foi o orçamento americano para a defesa (39%).
Em 2001, o Pentágono gastava o mesmo que as 14 maiores potências militares seguintes na lista. Em 2005, ultrapassava este gasto em U$ 116 bilhões.
Nada como uma boa guerra para movimentar dinheiro!
Bjs
Prof. Ozeas,
Perdi seu texto no ano passado mas sua repostagem ficou perfeita, infelizmente seu texto será ainda atual por muitos 11/09...
Um beijo
http://www.youtube.com/watch?v=6owqa6d84WM
Interessante são as várias opíniões.A minha é diferente e tá lá no meu blogue.
Eu não tinha visto este post no ano passaqdo.
Mas estas torres da Foto são figuras de linguagem ou são construções abandonadas mesmo?
Se for não me admira.
O IBGE tem um prédio ao lado da favela da Mangueira. Os Funcionarios, após tantos tiroteios se negaram a trabalhar ali. Os moradores invadiram e depenaram. Agora vai virar centro cultural da própria Mangueira. Se fazem isso com o que é estatal, imagina o que não fazem com o particular. Abraço e e parabéns pelo Post;
É mestre, mas temos que estar atentos... Bin Laden pode estar no Brasil, ou na Venezuela, ou na Bolívia ou em Cuba!!!rsrs :-) Bjs fã
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