Minhas opiniões e publicações, expostas neste espaço, são reflexões acadêmicas de um cidadão-eleitor, publicadas ao abrigo do direito constitucional da liberdade de expressão

"Por favor, leia devagar." (Ferreira Gullar)

23 setembro, 2005

Isso é coisa que botaram na sua cabeça!

A dúvida! Cruel e imaginária, ou como dizem por ai, “isso é coisa que botaram na sua cabeça” (trocadilho infeliz), faz com que os relacionamentos sejam abalados pelo disse-que-me-disse, que surjam as desconfianças e abalem os relacionamentos.
Resolvi postar essas linhas em solidariedade àqueles que duvidam, e acreditam que a própria sombra abusa da mão quando seus olhos estão voltados ao sol. A propósito, circula pela na internet um e-mail que identifica o remetente como “um amigo”, quando se abre a parte inicial do texto, sem acessar o arquivo que vem anexado, sob o título “fotos de sua mulher” (tá na cara que é vírus), na mensagem inicial diz assim: “Não tenho coragem de falar com você, mas como te prezo muito, as fotos que lhe envio serão reveladoras desculpe, mas não tinha outro caminho”.
Maldade pura maldade, ainda mais quando encontra um “corno” de plantão, só esperando para “confirmar” suas dúvidas e ser contaminado com um vírus qualquer ao custo de sua curiosidade mórbida.
Ser “corno” como diz a voz popular é um estado de espírito, o “corno” é “corno” e ponto, independentemente de haver ou não a maldita traição.
Àqueles que acreditam que a desconfiança e mesmo a própria traição é coisa de sul-americanos, povo latino e passional por cultura, reproduzo agora matéria publicada na “folha on line”:
“Cerca de dois terços dos suecos adultos lêem as mensagens de texto (torpedos) arquivadas nos celulares de seus parceiros. A informação tem como base uma pesquisa realizada pela operadora sueca de telefonia móvel TeliaSonera.
De acordo com o site "The Register", que divulgou a notícia, 64% dos entrevistados assumiram já ter bisbilhotado dessa forma. A maioria deles diz ler os torpedos quando o parceiro está no banheiro ou no chuveiro”.
A origem da expressão “corno” é medieval, vem do latim curnus (chifres), e em algumas regiões da Europa onde o marido enganado flagrava sua esposa com o “outro”, era obrigado a honrar seu nome com a morte do cúmplice no adultério. Preferindo ser um “corno manso” como popularmente se diz hoje, os moradores colocavam em achincalhe na sua cabeça uma espécie de chapéu com dois enormes chifres, e o infeliz era levado às ruas empurrado pela população como forma de degradar mais ainda sua moral, ou seja, além de traído era exposto a humilhação pública, um duplo castigo.
Em Portugal, no ano de 1715, o rei Dom José baixou uma lei destinada a proteger os casados do hábito então freqüente, de se colocar chifres nas portas das casas onde acontecia uma traição. Quando os “amigos” não tinham coragem de contar o ocorrido ao suposto "corno", usavam deste artifício para alertá-lo do fato.
O rei Dom José tinha que conviver com um grave problema em razão dessa tradição, posto que alguns maledicentes ou brincalhões aproveitavam-se das dúvidas emocionais dos inimigos e colocavam chifres em qualquer porta, a torto e a direito, dá para imaginar a confusão que isso causava.
Blog também é cultura e, como diz na minha apresentação, não é nada não é nada... não é nada mesmo!
Bom fim de semana para todos.

5 comentários:

Elaine disse...

Um cara que abre um e-mail desse, além de corno é burro!
Como vc disse: não é nada, não é nada, não é nada mesmo!
Bom final de semana!

Luma Rosa disse...

A confiança é a base de qualquer relacionamento. Não teria paciência para ver para crer> Bom fim de semana < Beijus

Anônimo disse...

rsrs...


As pessoas precisam parar de se preocupar com coisas banais.
Acho a fidelidade uma coisa dispensável.

O amor, a docura de gestos, o bem querer está tão acima disso.

´Ponto de vista. Só isso.

Beijão...

Alice disse...

Mais que leso ,abrir um mail desse e qto a ser corno, tem gosto prá td nessa vida ,rsrs
deixando claro não faço parte dos que gostam :( misericórdia rs

Anônimo disse...

Dá para ver o carater das pessoas quando o assunto é honestidade e fidelidade. Esse é o tipo de pessoa dispensável.